DOUTRINAS BÍBLICAS PREFIGURADAS

DOUTRINAS BÍBLICAS PREFIGURADAS

Doutrinas Bíblicas Prefiguradas

 

TIPOLOGIA E TABERNÁCULO

 

“... tudo que dantes foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.” (Rm 15.4)

 

 

Texto Bíblico: (1 Co 10.1-13 – Bíblia Viva)

 

1 - NUNCA DEVEMOS esquecer amados irmãos, aquilo que aconteceu ao nosso povo no deserto, há muito tempo. Deus o guiou enviando uma nuvem que se movia à frente deles. Assim, Ele os levou a todos em segurança através das águas do Mar Vermelho.

2 - Isso poderia ser chamado seu "batismo" - batizados tanto no mar como na nuvem! - como seguidores de Moisés - sua submissão a ele como seu líder.

3,4 - E, por um milagre, Deus lhes enviou alimento para comerem e para beberem lá no deserto; eles beberam da água que Cristo lhes deu. Ele estava lá com eles, como uma podero­sa rocha de refrigério espiritual.

5 - Entretanto depois de tudo isso, a maior parte deles não obedeceu a Deus, e Ele os destruiu no deserto.

6 - Com esta lição somos advertidos de que não devemos desejar coisas más, como eles fizeram,

7 - nem adorar ídolos, como eles adoraram. (As Escrituras nos dizem que "o povo se sentou para comer e beber e depois se levantou para dançar" em adoração ao bezerro de ouro.)

8 - Outra lição para nós foi o que sucedeu quando alguns deles pecaram com as esposas de outros homens, e 23.000 caíram mortos num só dia.

9 - E não ponham à prova a paciência do Senhor - eles fizeram, e morreram de picadas de cobras.

10 - Não murmurem contra Deus e sua maneira de tratar vocês, tal como fizeram alguns deles; porque foi por isso que Deus enviou seu Anjo para destruí-los.

11 - Todas essas coisas sucederam a eles, como exemplos, como lições objetivas para nós, a fim de advertir-nos contra a pratica das mesmas coisas; foram escritas para que pudéssemos ler a respeito delas e delas aprender nestes últimos dias enquanto o mundo se aproxima do fim.

12 - Portanto, tenham cuidado. Se você está pensando: "Eu nunca faria uma coisa dessas" que isso lhe sirva de advertência. Porque você também pode cair em pecado.

13 - Lembrem-se, porém disso ­ os maus desejos que penetram na vida de vocês não têm nada de novo nem de diferente. Muitos outros enfrentaram exatamente os mesmos problemas antes de você. E nenhuma tentação é irresistível. Vocês podem confiar Que Deus impedirá a tentação se torne tão forte que não as possam enfrentar, visto que Ele assim prometeu e cumprirá o que diz. Eles lhes mostrará como fugir do poder da tentação, para que vocês possam agüenta-la com paciência.

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

  1. 1.                          Um tipo é uma ilustração divinamente proposta de alguma verdade. Pode ser.

(1)   Uma pessoa (Rm 5.14).

(2)   Um acontecimento (1Co 10.11)

(3)   Uma coisa (Hb 10.20)

(4)   Uma instituição (Hb 9.11)

(5)   Uma cerimônia (1 Co 5.7)

  1. 2.                          Os tipos se encontram mais freqüentemente no Pentateuco, mas podem ser achados em outras partes da Bíblia.
  2. 3.                          O antítipo ou cumprimento se encontra no Novo Testamento.
  3. 4.                          Todo o sistema mosaico foi como um jardim de infância no qual o povo de Deus foi educado nas coisas divinas e ensinado a ver assim a realidade das coisas futuras.

 

 

TIPOLOGIA

 

  1.                                      I.      LINGUAGEM FIGURADA

"Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei" (SI 119.18)

Na exposição da mensagem de Deus, a Bíblia usa linguagem figurada ou simbólica, que pode ser entendida pelo contexto ou pela comparação doutras passagens no mesmo assunto.

Muitas figuras de retórica estão no texto bíblico, tornando a idéia enfática, mantendo sempre a clareza do pensamento. A Bíblia é assim um livro de metáforas, símiles, alegorias, tipos, símbolos, etc.

  1. Metáfora – É uma figura de retórica pela qual se transporta a significação própria de um vocábulo para outra significação. Um objeto tomado por outro - "O Cordeiro de Deus". Outro exemplo: “São lobos devoradores”
  2. Fábula.  É uma narração em que seres irracionais, e mesmo objetos inanimados, são apresentados como falando compaixões humanas, para ensinar lições espirituais. É uma narração imaginária. Transmite idéias terrenas. (Jz 8;9)
  3. Símile- Comparação- "Sou como o pelicano no deserto" (SI 102.6a). “como ovelha para o meio de lobos”
  4. Metonímia - Uma coisa tomada por outra, com relação de:

(1)   Causa pelo efeito - "Têm Moisés e os profetas" (Lc 16.29b).

(2)   Efeito pela causa - "Duas nações há no teu ventre" (Gn 25.23a).

  1. Hipérbole - Aumento ou diminuição exagerada da realidade das coisas, “... faço nadar o meu leito... com as minhas lágrimas" (SI 6.6).
  2. Ironia - Pensamento com sentido oposto ao significado literal, “... o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal" (Gn 3.22b).
  3. Antropomorfismo - Atribuição a Deus das faculdades hu­manas: "O Senhor cheirou o suave cheiro" (Gn 8.21a).
  4. Tipo - Alguma pessoa, coisa ou cerimônia que se refere a eventos futuros.
  5. Símbolo - Algum objeto material representando verdades espirituais.
  6. Alegoria - Aplicação alegórica de histórias verídicas ou exposição dum pensamento sob forma figurada. A alegoria é uma narração simbólica em que todos os detalhes têm significação simbólica. “O Peregrino” é uma alegoria.

Exemplos de alegorias:

  • No primeiro caso, está a história dos dois filhos de Abraão, Ismael e Isaque, como os dois concertos da lei e da graça (Gl 4.22,23).
  • No segundo caso, vem a história da vinha que foi trazida do Egito (SI 80.8-10); e a das duas águias e a videira (Ez 17.3-10). Há várias outras nos profetas.
  • O livro de Cantares é uma alegoria representando o amor de Cristo para a sua igreja.
  1. Parábola – (Gr parabole). Uma comparação, um paralelo. Uma narração para ensinar uma verdade moral ou espiritual. Uma narrativa em que as pessoas e fatos corres­pondem às verdades morais e espirituais.

 

 

  1.                                   II.      O QUE É TIPOLOGIA
    1. Tipos.

(1)   Definição:

  • Tipos são “sombras”, ou seja, representações da realidade. Em Hb 10.1 lemos “... tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas...”
  • “Na ciência teológica significa estri­tamente a relação representativa preordenada que certas pessoas, acon­tecimentos e instituições do Antigo Testamento têm com pessoas, acon­tecimentos e instituições correspondentes do Novo” –  Terry
  • A definição que proponho para a palavra "tipo" em seu sentido teológico é a seguinte: Tipo é uma instituição, acontecimento ou pessoa histórica, ordenada por Deus, que prefigura inequivocamente algumas verdades ligadas ao cristianismo [...] Fritsch
  • O Tipo Bíblico é uma representação pré-ordenada, pela qual pessoas, eventos e instituições do Antigo Testamento prefiguram pessoas, eventos e instituições do Novo Testamento.
  • Símbolo, Fato ou personagem do Antigo Testamento considerado como símbolos dos fatos ou personagens do Novo Testamento (Rm 5.14; 1 Co 10.6; Hb 10.1)
  • São figuras, ou lições, pelas quais Deus tem ensinado a seu povo o seu plano redentor e seus elevados propósitos para a vida cristã. São uma mostra de coisas vindouras e não a verdadeira imagem dessas coisas

(2)   Termos relacionados aos Tipos Bíblicos:

  • Sinal (Jo 20.25)
  • Figura (At 7.43; Rm 5.14; 1 Co 10.11)
  • Forma (Rm 6.17)
  • Parábola, alegoria (Hb 9.9)
  • Modelo (At 7.44; Hb 8.4,5)
  • Sombra (Cl 2.14; Hb 8.5)
  • Exemplo (Fp 3.1; 1 Tm 4.12; 1 Pe 5.3; 2 Pe 2.6)

(3)   Alguns dos nomes para os antítipos:

  • Verdadeira figura (1 Pe 3.21)
  • Mesma imagem (Hb 10.1)
  • Coisas celestiais (Hb 9.23)
  • Verdadeiro (Hb 9.24)
  • Espírito (2 Co 3.6)

(4)   A Relação entre o Tipo e o Antítipo:

  • O tipo é o objeto da lição, a revelação temporária de uma pessoas, um acontecimento ou uma instituição vindoura. O antítipo é o cumprimento daquilo que havia sido predito.
  • São necessários um ou mais pontos de afinidade entre tipo e o antítipo (Cl 2.14-17; Hb 10.1)
  • O tipo precisa ser profético em todos os pontos de semelhança com o antítipo, e precisa verdadeiramente prefigurar as coisas vindouras (Jo 3.14; Rm 5.14; Hb 8.5; 9.23, 24; 1 Pe 3.21)
  • O tipo é sempre terrestre, enquanto o antítipo pode ser tanto terrestre como celestial (Hb 8.5; 9.24; 1 Pe3. 21)
  • Desde que tipo e antítipo, ou seja, figura e cumprimento necessitem ser pré-ordenados como parte de um mesmo plano divino, eles não podem ser escolhidos pelo homem (2 Tm 3.16). Por isso, a autoridade dos tipos e sua aplicação provém unicamente da Bíblia, que exige o endosso de pelo menos três testemunhos para confirmar uma verdade (2Co 13.1)

 

  1. 2.      Símbolos.

O que é um símbolo?
Alguém disse: “as palavras são veículos inadequados para transmitir a verdade. Quando muito, apenas revelam a metade das profundidades do pensamento” Deus achou por bem ilustrar com símbolos o que de outra maneira, devido à pobreza de linguagem humana, nunca poderíamos saber.
O símbolo é uma espécie de tipo pelo qual se representa alguma coisa ou algum fato por meio de outra coisa ou fato familiar que se considera a propósito para servir de semelhança ou representação.
Exemplos: O leão é considerado o rei dos animais do bosque; assim é que achamos nas Escrituras a majestade real simbolizada pelo leão. Do mesmo modo se representa a força pelo cavalo e a astúcia pela serpente. (Apoc. 5:5; 6:2; Mat. 10:16.) Considerando a grande importância que sempre tiveram as chaves e seu uso, nada há de estranho que viessem a simbolizar autoridade (Mat. 16:19).
Recordando que as portas dos povoados antigamente serviam como uma espécie de fortaleza, compreendemos por que, em linguagem simbólica, venha a representar força e domínio. (Mat. 16:18).
Tão numeroso é este tipo de símbolos que cremos conveniente colocar os mais comuns em seção à parte.
Quanto a fatos simbólicos, para representar a morte do pecador para o mundo e sua entrada numa vida nova pela ressurreição espiritual, temos a imersão e saída da água, no batismo. Representa-se também, como sabemos, a comunhão espiritual com Jesus e a participação de seu sacrifício na celebração da Ceia do Senhor. (Rom. 6:3,4; 1 Cor. 11:23-26.)

 

 

(1) Revelação profética por meio de símbolos. Há seis tipos de símbo­los de caráter profético:

  • pessoas,
  •  instituições,
  •  ofícios,
  • aconte­cimentos,
  • ações e
  • coisas. (Bernard Ramm, Protestant biblical interpretation, p. 147)

(2)    Alguns símbolos da Bíblia.

  • Alabastro. Símbolo de fragrância do quebrantamento e Sacrifício de Cristo. Vaso de Perfume. “Pedra Branca”.Mar 14.3; Mat 26.7; Luc 7.37.
  • Argila. Símbolo de fraqueza da carne humana, fraqueza da humanidade.Is 64.8; Jó 13.12; 10.9; Dn 2.33-45.
  • Babilônia. Símbolo de confusão do pecado, apostasia.Gen 11; Ap 17, 18; 14.3. Confusão.
  • Balança. Símbolo de honestidade e justo juízo. Um par de balanças. (Pv 11.1; 16.11; Jó 31.6; Dn 5.27.)
  • Cinza. Símbolo de completa destruição, desolação, lamentação, tristeza. (Ez 28.18; 2 Ped 2.6; Jó 2.8; Is 58.5; Ml 4.3; Mat 11.21.)
  • Dança. Símbolo de alegria, regozijo, rodopio.(Sal 30.11; Jó 21.11; Sal 149.3; Ec 3.4; Jer 31.13; Lm 5.15.)
  • Ênxofre.Símbolo de punição, tormento.(Ap 20.10; Dt 29.23; Jó 18.15; Pv 11.16; Is 30.33; Luc 17.29; Ap 9.17.)
  • Formiga.Símbolo de diligência, produção, sabedoria na preparação. (Pv 30.25; 6.6.)
  • Gafanhoto. Símbolo de força e ação. Símbolo de poderes destrutivos..  (Ap 9.3; 9.7;  Na 3.17; Isa 33.4    Jl 1.4; 2.25; Am 4.9.)
  • Harpa. Símbolo de louvor, adoração a Deus. “Som agudo”.(Sal 150.3; 33.2; 43.4; 71.22; 147.7; Apoc 14.2-3; 15.2.)
  • Incenso. Símbolo de fragrância, orações, intercessão. “Branco”.(Lev 2.1-2; Num 5.5; Ct 3.6; Ex 30.34; Ap 18.13; Mat 2.11.)
  • Jóias.Símbolo de tesouros especiais, o povo de Deus. Povo peculiar (Ml 3.17; 1 Cor 3.12; Ex 19.5; Dt 14.2; Sal 135.4; 1 Pd 2.9; Tt 2.14.)
  • Latão. Símbolo de julgamento contra o pecado de desobediência, força, Sofrimento.(Jó 40.18; Dn 7.19; Nm 21.5-10; Dt 33.25; Ap 1.15; Lv 26.19; Dt 28.23.)
  • Machado. Símbolo de julgamento, da guerra. “Cortar”. (Luc 3.9; Jer 51.20; Ez 26.9; Mat 3.10.)
  • Nuvem e coluna de fogo            Símbolo de cobertura divina, direção, controle, provisão. (Ex 13.21-22; Sl 18.11; 104.3; Is 19.1; Ez 1.4; Mt 24.30; Ap 1.7; 1 Ts 4.17.)
  • Oriente. Símbolo do nascer do sol, luz de Deus e a origem da glória.(Sal 103.12; Ap 7.21; Gen 3.24; Ap 16.12; Ez 43.1-2.)
  • Oriente. Símbolo do nascer do sol, luz de Deus e a origem da glória.(Sal 103.12; Ap 7.21; Gen 3.24; Ap 16.12; Ez 43.1-2.)
  • Pulseira. Símbolo da promessa de casamento, um penhor. (Gen 24.22, 30, 37; 38.18; Is 3.19; Ez 16.11)
  • Ramos (Palmeira). Símbolo de vitória, regozijo.(Lev 23.40; Ne 8.15; Jo 12.13; Sal 7.8. Festa dos Tabernáculos.)
  • Sangue. Símbolo da vida de toda a carne. (Lev 17.11; Gen 9.5; 49.11; Heb 2.12; Is 34.3; Mat 27.25.)
  • Trapo. Símbolo de pobreza. (Is 64.6; Pv 23.21; Jer 38.11-12.)
  • Veneno. Símbolo de mestres maus. (Sal 140.3; Dt 32.33; Jó 20.16; Sal 58.4; Rom 3.13; Tg 3.8.)

(3)   Símbolos da Bíblia.

  • Uma Luz: «Uma luz para o meu caminho» (Sal. 119:105). A mente e o coração do homem vivem em trevas, portanto, o homem natural não pode conhecer as coisas de Deus, «porque elas se discernem espiritualmente» (I Cor. 2:14). Eis a necessidade da luz.
  • Um Espelho: Em Tiago 1:23, a palavra é comparada a um espelho: «Quem ouve a palavra e não a pratica, é semelhante a um homem que mira no espelho o seu rosto.» Ela nos mostra o que somos.
  • Uma Pia: «Purificando-a com a lavagem da água pela palavra» (Ef. 5:26). A figura é da pia em que os sacerdotes se lavam antes de entrar no santuário para servirem a Deus. Neste sentido nos mostra como podemos ser limpos de nosso pecado. «Já estais limpos pela palavra» (João 15:3).
  • Uma Porção de Alimento: «As palavras da sua boca prezei mais do que meu alimento» (Jó 23:12). Sabemos que há diversas qualidades de alimentos. A Bíblia trata das qualidades necessá­rias para os crentes: (1) Leite para as crianças (I Cor. 3:2); (2) Pão para os famintos (Deut. 8:3); (3) Alimento forte para os homens (Heb. 5:12, 14); (4) Mais doces do que o mel (Sal. 19:10).
  • Ouro Fino: «Mais desejáveis são do que o ouro fino» (Sal. 19:10).
  • Fogo: «Não é a minha palavra como o fogo, diz o Senhor...» (Jer. 23:29).
  • Um martelo: «... e como um martelo que esmiúça a penha?» (Jer. 23:29).
  • Uma Espada: «A espada do espírito, que é a Palavra de Deus» (Ef. 6:17).

 

 

(4)   Símbolos da Igreja:

  • Edifício. ( 1 Co 3.9)
  • Um CorpoVivo (1 Co 12.27)
  • Um rebanho (Lc 13.32)
  • Uma Esposa (Ap 21.2)
  • Tesouros especiais (Ml 3.17)
  • Ramos de videira (Jo 15.2)
  • Um Templo (1 Co 3.16)

 

 

(5)   Símbolos do Espírito Santo.

 

  • Pomba. Por que uma pomba? Ela é cândida, pacífica e simples. Não nos esqueçamos de que foi uma pomba que trouxe a boa nova a Noé de que a terra já havia sido restaurada do dilúvio (Gn 8.6-12). Uma tradução judaica traduz Gn 1.2 da seguinte forma: “O Espírito de Deus como pomba pousava sobre as águas.”

“O Espírito Santo é como a pomba: manso, delicado, inocente, perdoador”.”
“Viu o Espírito de Deus, descendo  como pomba e vindo sobre ele” (Mt 3.16). A simplicidade das pombas ilustra a beleza espiritual e delicadeza do Espírito Santo, "...sede símplices como as pombas" (Mt 10.16b). Onde Ele domina, desaparece toda a malícia. Quando o aspecto da terra era um caos, sem forma e vazia (Gn 1.2), "...O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" (v. 2b). O sentido desta frase "sem forma e vazia" é assolação. Naquele ambiente, o Espírito estava como uma ave sobre os ovos, chocando ou incubando, dando vida ao mundo. O Espírito produz vida. Foi assim com os ossos secos da visão de Ezequiel (Ez 37.10) e será assim com os corpos das duas testemunhas (Ap 11.11). Deus nos deu o seu Espírito para termos conhecimento e vida espiritual com abundância de poder (1 Jo 3.24; 4.3). O crente guiado pelo Espírito Santo tem a simplicidade das pombas, não procura salientar sua pessoa ou sua habilidade, dá toda honra e toda glória a Deus, que nos dá tudo.
Água. Já que sem água não podemos viver, de igual modo é nos impossível a existência sem o Espírito Santo. Ele é o divino Consolador. Se por um lado dessedenta-nos a lancinante sede que temos do Deus Vivo, por outro purifica-nos através da Palavra de Deus.
“O Espírito Santo é como a água: purificador, refrescante, farto e gratuito.”

  • Vento. Jesus falou do vento como símbolo do Espírito Santo. O vento apesar de invisível, é real. Não podemos tocá-lo nem compreendê-lo, mas o sentimos. A sua ação independe do querer ou não do homem. Isto fala da ação soberana do Espírito Santo.
    • O vento fala de força impulsora, como nas velas dos barcos, nos moinhos, etc.
    • O vento separa a palha do grão. (Sl 1.4; Mt 3.12); o leve do pesado.
    • O vento move e movimenta água, árvores. O seu movimento é contínuo (Ec 1.6; Gn 1.2) e infalivelmente sentido, notado.
    • O vento fertiliza, levando o pólen, a vida (Cl 4.16; Jo 3.5,8)
    • O vento limpa árvores, campos, etc.
    • O vento não tem cor: favoritismo, individualismo, discriminação.
    • O vento não pertence a uma clima; é universal.
    • O vento não tem cheiro, mas espalha perfume; aqui é importante refletir sobre o papel do Altar do Incenso, no Tabernáculo. (2 Co 2.14,15)
    • O vento refresca e suaviza no calor.
    • O vento – o ar – alimenta e vivifica (pulmões, a vida orgânica). Em Ezequiel 37.8-10, naquela visão que Deus deu ao profeta sobre um vale de ossos, vemos nos corpos: ossos, carne, pele, mas não vida, até que o Espírito assoprou sobre eles. Há muitos crentes pro aí que têm de sobra “ossos, nervos, carne e pele”, porém falta-lhes a vida abundante do Espírito.
    • O vento é misterioso (Jo 3.8). Cabe aqui um aviso: devemos ter cuidado com as falsificações, isto é, os ventos nocivos, que não provém do Espírito de Deus (Mt 7.25; Ef 4.14)
    “Ele assopra-nos o vento da vida abundante e do reviçamento espiritual.”
    “O Espírito Santo é como o vento: independente, poderoso, observável em seus efeitos, vivificante.”

    "O Espírito Santo não deixa pegadas na areia." Es¬sas palavras são de Abraham Kuyper, em sua obra clássi¬ca sobre o Espírito Santo. Jesus deixou pegadas na areia. Ele era o Deus em carne, Deus dotado de natureza huma¬na. Quando os discípulos de Jesus andavam com ele, po¬diam ouvir a sua voz, tocar em suas mãos e observar a areia respingando sobre os seus pés, enquanto ele percor¬ria as praias do mar da Galiléia.
    Mas o Espírito Santo é como o vento. Disse Jesus: "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai" (João 3.8).
  •  Fogo.
    • O fogo alastra-se, comunica-se. (Ez 10.2)
    • O fogo purifica. Contra a impureza espiritual, a principal força é o Espírito Santo. São vários os rituais de purificação descritos em Levítico e Número. Podem ser divididos em duas categorias: (1) rituais para coisas que podem ser purificadas e (2) rituais para coisas que não podem ser purificadas. Todos os rituais da primeira categoria envolvem a água [...] A segunda categoria dos rituais de purificação destinava se a coisas cuja limpeza não era possível. Eram vários os materiais: vestes e couros com qualquer tipo de bolor destrutivo (Lv 13.47-59) ou uma casa da qual não fosse possível remover o bolor (Lv 14.33-53). Geralmente, tais coisas deviam ser destruídas (Lv 11.33,35; 14.40,41,45), freqüentemente pelo fogo (Lv 13.52,55,57).
    • O fogo ilumina. É o saber; o conhecimento das coisas de Deus.
    • O fogo aquece. A igreja é o corpo de Cristo. Todo corpo vivo é quente.
    • O fogo, para queimar bem, depende muito da madeira; se é boa ou ruim.
    • O fogo tanto estira o ferro duro, como a roupa macia.

    “O Espírito Santo é como fogo: purificador, iluminante, esquadrinhador.”

    “Quem nasce sob o fogo não esmorece sob o sol.”
  • Azeite.
    (1) A Utilidade do azeite:
    • Era usado na alimentação (I Rs 17.12)
    • Era utilizado na indústria dos cosméticos e na medicina (Sl 104.15; Lc 10.34)
    • Servia para a iluminação (Mt 25.4)
    • Era utilizado para a unção de reis, sacerdotes profetas e objetos sagrados (1 Sm 10.0; 1 Rs 19.15; Êx 28.4; 30.22-33)
    • No Novo Testamento, o azeite era empregado para ungir enfermos (Tg 5.14) e hóspedes (Lc 7.46)
    “O Espírito Santo é como azeite: próprio para curar, confortador, iluminante, consagrador.”

    O azeite, além de símbolo do Espírito Santo (Zc 4.3-6), é o ponto de contato para estimular a fé do doente. Mas o recebimento da cura não está relacionado com a unção, e sim com a oração da fé, em nome do Senhor: "E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará" (Tg 5.15).

 

  • Selo. O Selo era usado para designar a posse de uma pessoa sobre algum objeto ou coisa por ela selada. Por conseguinte, indicava propriedade particular, segurança e garantia. O selo é prova de propriedade, legitimidade, autoridade, segurança ou preservação. Estas palavras expressam a situação daqueles que foram selados pelo Espírito Santo. Este selo, portanto, não é o batismo com o Espírito Santo, mas a habitação do Espírito no crente, como prova de que o mesmo é propriedade particular de Deus.
    “O Espírito Santo é como o selo: imprime, assegura e comunica.”
  •  Roupa. Quando Adão pecou, descobriu que estava nu, e procurou fazer uma roupa para cobrir sua nudez. Para isso preparou uma faixa de folhas de figueira. Ouvindo a voz de Deus, escondeu-se entre as árvores, porque teve vergonha de aparecer. A roupa que ele fez não servia. Uma roupa digna do ambiente do céu só o próprio Deus pode conceder. A nossa justificação pela graça de Deus é comparada à roupa (SI 132.9; Ez 16.10; Ap 19.8).Jesus disse aos discípulos,falando do Espírito Santo, que seriam "revestidos de poder" (Lc 24.49b). Gideão teve de enfrentar inimigos mais fortes do que ele, e para isto "O espírito do Senhor revestiu a Gideão..." (Jz 6.34a). Revestido do Espírito é quem está de acordo com a vontade de Deus. "Se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus" (2 Co 5.3). Alguém pode se envaidecer com seu programa de trabalho, suas opiniões e seu relatório de atividades e não estar de acordo com o Espírito Santo. Os crentes de Laodicéia pensavam que não lhes faltava nada, mas Deus reprovou aquela Igreja e disse "Aconselho-te que de mim compres ...vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez..." (Ap 3.18a).
  • Penhor. O penhor era o primeiro pagamento efetuado na aquisição de uma propriedade. Mediante esse “depósito”, a pessoa assegurava o objeto como sua propriedade exclusiva. Assim, o Senhor deu-nos o Espírito Santo como garantia de que somos sua propriedade exclusiva e intransferível. O Senhor Jesus “investiu” em nós imensuráveis riquezas do Espírito como penhor ou garantia de que muito em breve Ele virá para levar para Si sua propriedade peculiar, a Igreja de Deus (Tt 2.14).
    “O Espírito Santo é como o penhor: é a nossa garantia dos bens vindouros que nos esperam.”

 

  1. 3.      Numerologia Bíblica:

 

Texto Bíblico:

(Gênesis 41.49): “Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que cessou de contar; porquanto não havia numeração”

(Salmo 40.5,12): “Muitas são, Senhor, Deus meu, as maravilhas que tens operado e os teus pensamentos para conosco; ninguém há que se possa comparar a ti; eu quisera anunciá-los, e manifestá-los, mas são mais do que se podem contar. Pois males sem número me têm rodeado; as minhas iniqüidades me têm alcançado, de modo que não posso ver; são mais numerosas do que os cabelos da minha cabeça, pelo que desfalece o meu coração.”

(Apoacalipse 7.9): “Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos;”

 

 

(1)   Definição - Numerologia Bíblica. O que ela não é?

  • A Numerologia Bíblica não tem nada haver com a numerologia ligada ao ocultismo:
  • A Numerologia e o Ocultismo: É um sistema Ocultista que atribui valores específicos e significados aos números para se determinar ou futuro ou conhecer os mistérios do universo físico. Letras específicas do alfabeto também recebem valores numéricos. Os analistas então determinam o número das coisas, como nível intelectual, estabilidade emocional e características físicas da pessoa que é examinada. A Numerologia tem uma longa história tanto na filosofia como no Ocultismo. O Filósofo Pitágoras influenciou profundamente o cabalista Cornelius Agrippa (1486-1535).

(2)   O que é gematria? É o sistema criptográfico que consiste em atribuir valor numérico às letras.

(3)   A Numerologia Bíblica:

1-      Os semitas, antigamente, escreviam os números como eram pronunciados; em geral usavam sinais especiais para designá-los.

2-      A maneira mais usada para indicar os números eram as letras do alfabeto; essa notação também era antiga em Israel.

3-      Parece ainda que os antigos hebreus utilizaram o sistema decimal dos egípcios (Gn 18.26-32; Nm 11.19) e o sistema sexagesimal dos mesopotâmicos (Mt 13.8)

4-      Na Bíblia, os números apresentam seu valor aritmético exato ou aproximado e também simbólico.

Vejamos alguns exemplos:

 

      • Um. Símbolo de começo, Deus, a origem de todos, unidade da Existência de Deus, soberania divina. (Jo 8.41, 50; 10.16; 18.13; +Dt 6.4; Sal 71.22; Is 60.9.)
  • “Uma mesma linguagem” (Gn 11.5)
  • “Uma única bênção” (Gn 27.38)
  • “Uma coisa peço ao Senhor” (Sl 27.4)
  • “Eu o Pai somos um” (Jo 10.30)
  • “Era um o coração e a alma dos que criam” (At 4.32)
  • “De um só fez toda a raça” (At 17.26)
  • “Somo um só corpo” (Rm 12.5)
  • Há um só Deus... um só Senhor (1 Co8. 6)
  • Há somente um só Espírito... um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus (Ef 4.4-6)

 

      • Dois: Companheirismo,
  • “Dois de cada espécie” (Gn 6.19)
  • Significa “alguns poucos” (Nm 9.22; Dt 32.30)
  • O Dobro é sinônimo de bastante ou mais do que suficiente (Is 40.2; 61.7; Jr 16.18; Zc 9.12; Ap 18.6)
  • “Melhor é serem dois do que um” (Ec 4.9)
  • “Os dois resistirão” (Ec 4.12)
  • Testemunho verdadeiro (Nm 35.20)
  • “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo” (Am3. 3)
  • “Então dois estarão no campo” (Mt 24.40)
  • “Depositou duas pequenas moedas” (Mc 12.42)
  • “Serão os dois uma só carne” (1Co 6.16)
  • Haverá duas testemunhas nos tempos do fim pregando aqui na terra (Ap 11.3-13)

 

      • Três:
  • É o número da Trindade. (Is 6.3; Ap 4.8)
  • Corresponde às três principais divisões do Tabernáculo: o pátio, o Santuário e o Santo dos Santos.
  • Indica perfeição e completação divina.
  • Significa “Ressurreição”, pois foi no terceiro dia que a terra surgiu do abismo, e que os frutos surgiram na face da terra. Por isso, também, Jesus ressurgiu no terceiro dia.
  • A vida de Pedro está repleta do número três:

1-      Pedro fazia parte de uma sociedade de três amigos na pescaria.

2-      Pedro fazia parte do círculo de amigos íntimo de Jesus composto por três apóstolos (Pedro, Tiago e João - Mt 17.1)

3-      O Núcleo da Igreja Primitiva era composto por três apóstolos (Pedro, Tiago e João – Gl 2.9)

4-      No Novo Testamento ele é chamado de Pedro, Cefas, e Simão (At 10.5)

5-      Pedro negou a Jesus três vezes.

6-      Pedro declarou seu amor a Jesus três vezes (Jo 21.15-17)

7-      Em seu sermão pentecostal, Pedro ganhou de uma só vez “quase 3 mil almas” (At 2.41)

8-      Pedro foi ao templo às três horas da tarde para orar (At 3.1)

9-      Pedro foi orar ao meio dia (At 10.9) (12= 4x3)

10-  Ele teve uma visão que se repetiu 3 vezes (At 10.16)

 

      • Três anos e meio:
  • Foi o tempo de seca na época de Elias.
  • Três anos e meio será o tempo da Grande tribulação propriamente dito, outras expressões que indicam esse período são: “Quarenta e dois meses”, “1260 dias” (Ap 13.5), “um tempo, dois tempos, e metade dum tempo” (Dn 7.24)

 

      • Quatro: É o número humano, o número do mundo, da totalidade cósmica.
  • Havia quatro letras em YHWH (Jeová), Expressão conhecida como “Tetragrama”
  • Esse número relaciona-se a terra e denota criação material no que diz respeito à terra. Ele significa as coisas que estão debaixo do sol.
  • Quatro braços do rio do Éden (Gn 2.10)
  • Está presente nas colunas da entrada do Tabernáculo, no número de cores do Tabernáculo.
  • O cordeiro da Páscoa tinha de ser sem mancha, e para verificar isto havia de ser guardado por quatro dias.
  • Quatro Reinos Mundiais do profeta Daniel.
  • Quatro Evangelhos. E quatro revelações de Jesus. Escrito para quatro tipos de povos.  Quatro animais que representam a Jesus. (Ap 4.8) Quatro cores:

1-      Mateus. Jesus é Rei. Foi Escrito para os judeus. Jesus é simbolizado pelo Leão. Cor: Púrpura (realeza)

2-      Marcos. Jesus é o Servo de Deus. Escrito para os Romanos. Jesus é simbolizado pelo Novilho. Cor: Carmesim (sangue, sacrifício)

3-      Lucas. Jesus é o Homem Perfeito. Escrito para os Gregos. Jesus é simbolizado pelo Homem. Cor: Linho fino (Perfeição e Justiça)

4-      João. Jesus é o Filho de Deus. Escrito para a Igreja. Jesus é simbolizado pela Águia. Cor: Azul (Céus, Divindade)

  • “Os quatro cantos da terra”
  • “Restituir quatro vezes” (Êx 22.1; 2 Sm 12.6; Lc 19.8)

 

      • Cinco:
  • Este número está presente nas medidas do Tabernáculo (50 côvados de frente por 100 de fundo, números que são múltiplos de cinco). Nas colunas revestidas de ouro na entrada do Lugar Santo.
  • Ele indica sempre a graça divina, como nas virgens prudentes (Mt 25.2), nos irmãos (Lc 16.28), nos maridos (Jo 4.18) e nas palavras (1 Co 14.19)

 

      • Seis:
  • É o número do homem. Esse número aponta sempre para o homem, que tem os seus dias e horas sempre divididos em seis.
  • Aparece nas fileiras de pães, no número de hastes que ladeiam a haste central do candelabro e, também, como múltiplo no número de tábuas do Tabernáculo (48 ou 6x8) e no número das colunas do Tabernáculo, que eram 60.
  • Atália usurpou o trono de Judá seis anos.
  • Os grandes homens que se têm levantado contra Deus, como Golias, Nabucodonosor e, futuramente, o Anticristo são enfaticamente marcados por esse número.

                      

      • Sete:
  • Aponta para a perfeição espiritual ou plenitude espiritual.
  • É o número que marca todas as obras do Espírito Santo. Como autor da Palavra de Deus, o Espírito Santo estampou essa marca através das páginas da Bíblia, como um fabricante estampa a sua marca de água num papel que não pode ser falsificado.
  • Ainda mais: o Espírito Santo é o doador da vida, e sete é o número que regula cada período de incubação e gestação em insetos, aves, animais.
  • Caim seria castigado 7 vezes e Lameque70 x 7 (Gn 4.15,24; Pv 24.16; Mt 18.21,22)
  • No Tabernáculo, esse é o número das peças principais, e é também o número de lâmpadas do candelabro.
  • Sete dias da semana.
  • Sete caminhos (Dt 28.25)
  • Aparece com freqüência em rituais (Lv 4.6-17)
  • Sete altares que Balaão pediu para Balaque edificar (Nm 23.1)
  • O Sétimo dia.
  • O verbo hebraico para jurar “nis ’ ba” significa “Pronunciar uma invocação sétupla, Istoé, invocar os sete poderes do céu e da terra como testemunhas (Sl 50.2; Is 1.2)
  • Sete é um número freqüente nas visões dos profetas (Is 4.1; Jr 15.9; Ez 39.9; Zc 4.2; Ap 3.1)
  • O Ano Sabático.
  • Sete semanas de anos (Gn 2.2,3; Êx 23.10,11; Lv 25.8)
  • Jeremias falou da salvação de Israel depois de 70anos (10x7).
  • Sete diáconos (At 6)
  • O inimigo usa o número 7 para enganar – Maria Madalena tinha 7 demônios.
  • O Apocalipse foi escrito em setenários:

1-      Sete Estrelas.

2-      Sete candeeiros.

3-      Sete igrejas.

4-      Sete Espíritos de Deus.

5-      Sete Anjos.

6-      Sete Selos.

7-      Sete Trombetas.

8-      Sete taças.

 

      • Oito: Dá a idéia de perfeição super-abundante.
  • Esse número denota ressurreição, regeneração, novo começo ou princípio. Jesus ressurgiu no oitavo dia, fazendo dele um novo dia.
  • O valor numérico do nome Jesus na língua grega é 888, e esse número, ou seus múltiplos, aparece sempre em conexão com os títulos, o povo e as obras de Jesus.
  • Esse número está presente no Tabernáculo como múltiplo das tábuas (8x6)
  • Oito salvos na arca.
  • Oito bem aventuranças (Mt 5)

 

 

      • Dez: É o número das possibilidades humanas.
  • A Base do sistema decimal e do dízimo. (Dt 14.22)
  •  Indica ordem perfeita e responsabilidade pessoal, como nos Dez Mandamentos.
  • Dízimo.
  • Dez Pragas.
  • Merecer 10 vezes o salário (Gn 31.7)
  • Provocar 10 vezes (Nm 14.22)
  • Insultar 10 vezes (Jó 19.3)
  • Dez Virgens.
  • Dez Dracmas.
  • No Tabernáculo aparece no comprimento das tábuas, no número de cortinas.
  • Aparece como múltiplo de 60 = 6x10 (sessenta colunas); 50 = 5 x 10 (cinqüenta côvados de largura); e 100 = 10 x10 (cem côvados de comprimento).
  • Haverá uma confederação de dez nações na Grande Tribulação (Dn7. 24). A área geográfica desses reinos é a mesma do antigo Império Romano.

 

      • Onze:
  • É o número das cortinas de pêlos de cabra (Êx 26.7-9), e representa fidelidade.
  • Após a traição de Judas Iscariotes, os remanescentes onze apóstolos permaneceram fiéis.
  • É também o número da lealdade, conforme Atos 2.14, quando os onze apóstolos (incluindo Matias) se levantaram em apoio a Pedro.
  • Finalmente, onze é a junção do cinco com o seis, conforme Êxodo 26.9

 

      • Doze:
  • O número doze sugere o perfeito viver, como número do povo de Deus: doze tribos de Israel e doze apóstolos do Cordeiro, e o seu múltiplo, 48, indica que o Tabernáculo representa todo o povo de Deus, incluindo tanto o do Antigo como o do Novo Testamento.
  • Aparece no número de pães e, como múltiplo, nas tábuas do Tabernáculo (vinte tábuas do lado sul, vinte do norte, seis do ocidente, e mais uma em cada canto ocidental da Tenda Ada Congregação, perfazendo 48 tábuas.)

 

      • Vinte e Quatro: Os vinte e quatro anciãos em Apocalipse 4.4: Não são anjos, pois cantam o cântico da redenção, como participantes dela (Ap 5.8-10). Eram santos já coroados. Coroa e trono são prometidos aos salvos; nunca a anjos (Mt 19.28.)

 

      • Quarenta:
  • 40 dias de chuvas provocou o Dilúvio.
  • O número de anos que Moisés passou no Egito+ 40 anos pastoreando em Mídiã + 40 anos com Israel no deserto.
  • 40 anos Israel peregrinou no deserto.
  • 40 dias foi o tempo que Deus ordenou para o povo de Nínive se arrepender, para não sofrer o castigo.
  • 40 dias durou a viagem de Elias para escapar de Jezabel.
  • Três homens jejuaram 40dias e 40noites: Moisés, Elias e Jesus.

 

      • Quarenta e Oito: O número 48, como 4 x 12, relaciona o povo de Deus como a plenitude da terra. Assim todo o povo de Deus, de toda a terra, está representado no Tabernáculo.

 

      • Setenta:
  • O Número dos anciãos de Israel (Êx 24.1)
  • O Número do cativeiro na Babilônia (Jr 25.11)
  • O Número dos discípulos de Cristo (Lc 10.1)
  • “Setenta vezes” (Gn 4.24; Mt 18.22)

 

      • Seiscentos e sessenta e seis: É número de homem ou humano. O homem foi criado no sexto dia. Ao homem foi determinado que trabalhe seis dias na semana. O escravo hebreu servia seis dias na semana. O homem cultivava a terra por seis anos. Encontramos o número 666 no Antigo Testamento, mas sem qualquer relacionamento com o da Besta (1 Rs 10.14; 2 Cr 9.13). É a identidade da besta. É nome de homem ou, possivelmente, um grupo de homens, ou uma instituição, chefiada por um homem ou grupo de homens. É um nome cujas letras consideradas como número, dão o valor numérico, dão o total de 666.
  • Em hebraico, o valor numérico das letras de “Nero Caesar”, quando somadas, é de 666.
  • Em hebraico Rômulo é “Rumith”, que soma 666.
  • Em grego, as letras de “Lateinos” dão o total de 666, Lateinos significa “O reino latino”
  • Na época de Moisés, surgiu um homem chamado Setur (Nm 13.13) que sublevou o povo a revolta e incredulidade, Setur tem valor numérico de 666.

 

      • Mil. Milênio é um período de mil anos em que Cristo reinará neste mundo com sua igreja, conforme as profecias do Antigo e do Novo Testamento.

 

      • 144 mil. Trata-se de um grupo de judeus, salvos e preservados na terra durante a Grande Tribulação para testemunharem de Cristo no lugar da Igreja. Certamente é o cumprimento de Is 66.19

 

 

  1.                                III.      A IMPORTÂNCIA DA TIPOLOGIA
    1. É importante para nosso ensino (Rm 15.4)
    2. É importante para nossa advertência.
    3. É importante para nossa esperança.

 

 

 

  1.                                IV.      CUIDADOS NO ESTUDO E USO DA TIPOLOGIA

 

  1. Nada pode ser dogmaticamente chamado um tipo sem que haja expressa autoridade para isso no Novo Testamento.
  2. Os tipos, em certos casos, aparecem associados aos eventos relacionados com o povo de Deus, como, por exemplo, a passagem de Israel pelo mar Vermelho (1 Co 10.1)
  3. Alguns objetos servem de tipo ou “sombra” daquilo que é real, permanente e de valor eterno, como por exemplo, o tabernáculo no deserto, o templo de Salomão, e o visto por Ezequiel nos capítulos 40-43 de sua profecia, simbolizam a Igreja (Ef 2.22). O Tabernáculo também representa, por tipos, a realidade suprema do Céu (Hb 9.24)
  4. Todos os tipos que carecem dessa autoridade devem ser reconhecidos como tendo apenas a autoridade de uma analogia.
  5. O que é simbolizado — o "antítipo"— é a realidade ideal ou espiritual, que corresponde ao tipo e ao mesmo tempo o transcende.
  6. O tipo pode ter seu próprio lugar e significado, independentemen­te daquilo que prefigura. Dessa forma a serpente de bronze trazia cura aos israelitas, mesmo à parte da libertação maior que ela simbolizava.
  7. Segue-se, logicamente, que naquela ocasião o tipo pode não ter sido entendido em seu caráter ou implicação maior.
  8. Em relação aos símbolos em geral, a essência de um tipo deve ser distinguida de seus acessórios.
  9. A única autoridade segura para a aplicação de um tipo deve ser encontrada nas Escrituras. A mera percepção de uma analogia não será suficiente. Os expositores muitas vezes imaginam correspondência onde nada de fato existe e, mesmo que existisse, nada haveria para provar uma intenção divina especial [...]
  10. Nas palavras do bispo Marsh: "Para estabelecer uma coisa como tipo da outra, no Sentido em que o termo é geralmente entendido com referência às Escrituras, é preciso algo mais que mera semelhança. O an­terior não deve apenas assemelhar-se ao posterior, mas deve ter sido pro­jetado para assemelhar-se ao posterior. Deve ter sido projetado na sua ins­tituição original. Deve ter sido projetado como uma preparação para o pos­terior. O tipo, assim como o antítipo, deve ter sido preordenado, e ambos devem ter sido preordenados como componentes de um mesmo plano da Providência Divina. Esse projeto prévio e essa conexão preordenada consti­tuem a relação do tipo com o antítipo". (Angus & Green, op. cit, p. 225-6.)

 

  1.                                   V.      TIPOS
    1. 1.      Tipos Humanos de Jesus.

(4)   Adão (Rm 5.14).

  • Adão, filho de Deus por criação (Lc 3.38) – Jesus, Filho de Deus por geração (Jo 1.14)
  • Adão recebeu o domínio de toda a criação (Gn 1.28) – Jesus recebeu todo poder no céu e na terra (Mt 28.18)
  • Adão era filho de Deus, mas era homem – Jesus é Filho de Deus, é homem e é Deus.
  • Adão é criatura - Jesus é Criador.
  • Adão, enquanto dormia, recebeu uma companheira: Eva (Gn 2.21-25) – Com a morte de Jesus, surge a Igreja, sua noiva (Ef 5.31,32)
  • Adão foi tentado no jardim e caiu em pecado (Gn 3) – Jesus foi tentado no deserto e venceu a tentação (Mt 4)
  • Em Adão, todos morrem – Em Cristo, todos podem ser vivificados (1 Co 15.22)
  • O primeiro homem: Adão foi feito alma vivente – O Último Homem: Jesus é espírito vivificante (1 Co 15.45)
  • Adão é da terra – Jesus é do Céu (1 Co 15.47)
  • O homem natural é a imagem de Adão – Os homens espirituais são a imagem de Cristo (1 Co 15.48,49)
  • O império da morte começou a partir de Adão (Rm 5.14,17) – Jesus venceu o Império da morte (Hb 2.15)
  • Pela ofensa de Adão muitos morreram (Rm 5.15) – Pelo dom de Cristo – muitos são vivificados (Rm 5.15)
  • Por uma só ofensa (de Adão) veio o juízo sobre toda a humanidade (Rm 5.18) – Por um só ato de justiça (de Jesus Cristo) veio a graça sobre todos (Rm 5.19)
  • Pela desobediência de Adão, todos se tornaram pecadores – pela Obediência de Cristo,muitos serão justificados (Rm 5.18)

(5)   Isaque:

1)      Abraão oferece Isaque (Gn 22)

  • Isaque era o único filho de Abraão (2) – Jesus, o Unigênito de Deus (Jo 3.16)
  • Isaque era o filho amado de Abraão (2) – Deus disse a respeito de Jesus: “Este é o meu Filho Amado” (Mt 3.17)
  • Isaque seria oferecido na terra de Moriá (2). Moriá significa “ordenado/considerado por Deus” É a mesma região do Calvário onde Jesus, por ordenação divina foi crucificado.
  • Em um trecho do caminho estavam apenas Abraão e Isaque (5). Jesus também foi abandonado pelos seus discípulos, só o Pai esteve com ele.
  • Isaque foi obediente a Abraão – Jesus foi obediente ao Pai, Obediente até a morte. (Fp 2.8; Mc 14.35,36)
  • Isaque elevou sobre si a lenha do holocausto (6) Jesus levou sobre si a cruz (Jo 19.17) Ele levou sobre si muito mais do que a cruz, levou “as nossas enfermidades”, “as nossas dores”, “o castigo que nos traz a paz”, “a iniqüidade de nós todos” (Is 53.4-11)
  • Isaque foi colocado em cima do altar (9).Jesus foi crucificado.
  • Para Isaque havia um carneiro substituto (13) – Mas para Jesus não havia substituto – Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29)
  • Isaque morreu e ressurgiu em figura – Jesus morreu e ressuscitou em realidade. (Hb 11.18,19)

2)      O Casamento de Isaque (Gn 23-24).

  • Abraão representa Deus, Sara havia morrido, ela representa Israel afastado de Deus –
  • Neste momento Abraão incumbe a Eliézer que vá a sua terra em busca de uma noiva para Isaque – Deus enviou o Espírito Santo para preparar a noiva de Cristo – a Igreja “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27).
  • Ele não foi de mãos vazias trouxe muitos presentes para rebeca – O Espírito Santo trouxe muito presentes espirituais para a igreja. 
  • Eliézer na viagem tomou dez camelos cheios de presentes, vasos de prata e vasos de ouro. Na Bíblia, o número dez significa perfeita ordem divina, onde nada falta. “De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7).
  • Vasos de prata – simbolizam redenção (Êx 30.12-16; Lv 5.15;Tt 3.5; 1 Jo 1.7)
  • Vasos de Ouro – O ouro indica a glória de Deus (2 Co 318)
  • Vestidos – A Igreja jamais poderá ser apresentada ao seu Noivo trajada dos trapos imundos da sua própria justiça. Por isso o Espírito santo dá-lhe vestidos apropriados – vestidos de salvação e vestidos de louvor (Is 61.3,10).
  • Rebeca deixou tudo para se casar com Isaque, a Igreja deixou tudo para se casar com Cristo.
  • O encontro de Isaque e Rebeca se deu ainda no caminho – Jesus se encontrará com a igreja, nos ares, Isaque conduziu Rebeca à sua casa – Jesus conduzirá a Igreja ao Céu.
  • Após o casamento de Isaque, Abraão casou-se com Quetura - Depois que Jesus receber a Igreja,Israel será restaurado por Deus (Rm 9-11)

 

(6)   José do Egito – o Mais Perfeito Tipo de Jesus.

 

  • José, O amado do pai : “Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos” (Gn 37.3). Deus disse acerca de Jesus: “este é o meu Filho Amado” (Mt 3.17)
  • O melhor dos irmãos. Sobre Jesus lemos: “Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade: por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros” (Hb 1.9)
  • O mais odiado e rejeitado pelos seus “aborreceram-no, e não podiam falar com ele pacificamente” (Gn 37.4,5). Uma profecia sobre Jesus: “odiaram-me sem motivo” (Jo 15.25). Em Isaías lemos: “Era desprezado e o mais rejeitado” (Is 53.3
  • Não suportavam as suas palavras (Gn 37.8). Disseram sobre a mensagem de Cristo: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (Jo 6.60)
  • Jacó enviou José para ver como estavam seus irmãos, porém eles não o receberam bem (Gn 39.12-17). Jesus veio para o que era seu, e os seus não o receberam (Jo 1.11)
  • Conspiraram para matá-lo “Conspiraram contra ele, para o matarem” (Gn 37.18) – O mesmo aconteceu com Jesus: “e deliberaram prender Jesus, à traição, e matá-lo” (Mt 26.4)
  • Arrancaram-lhe a túnica (Gn 39.23). Os soldados também se apoderaram da túnica de Jesus
  • Foi vendido por 20 moedas de prata. (Gn 39.28) – Jesus foi traído pelo preço de 30 moedas de prata (Mt 26.15)
  • Quem deu a ideia de vender José foi Judá (Gn 39.26), que traiu a Jesus foi Judas (Mt 26.14) – O Nome Judá é a forma hebraica e corresponde ao nome Judas no grego.
  • José sofreu grande tentação, sem pecar (Gn 39.7-19) – Jesus em tudo foi tentado mas nunca pecou (Hb 2.18;4.15)
  • Foi rebaixado e acusado falsamente. (Gn 39.19,20) – Jesus foi acusado falsamente – mesmo assim foi condenado.
  • José foi exaltado no cárcere (Gn 39.21-23) – Jesus triunfou na cruz (Cl 2.14,15)
  • José esteve entre dois presos, um foi perdoado pelo Faraó e o outro foi condenado (Gn 40.1-23) – Jesus foi crucificado ao lado de dois malfeitores, um foi perdoado por Deus e o outro morreu sem salvação (Lc 23.39-43)
  • José saiu do cárcere para ocupar o trono de governador do Egito – Jesus saiu da cruz e foi exaltado ao lado de Deus, e a partir deste momento Jesus será exaltado cada vez mais! (1 Co 15.24-28)
  • José predisse um tempo de grande fome que duraria 7 anos (Gn 41.1-37) – Jesus predisse um tempo de muitas aflições, conhecido como a Grande Tribulação (Ap 3.10)
  • Antes do início dos 7anos de fome, José se casou com uma estrangeira (Gn 41.45) Antes da Grande tribulação Jesus arrebatará a sua noiva, composta de judeus e gentios.
  • Através dos sofrimentos os irmãos de José se aproximaram dele e foram perdoados (Gn 42-50) – Após a Grande tribulação os judeus receberão a Jesus como o Messias e serão protegidos de uma grande destruição – A batalha do Armagedom. (Ap 19)
  • O lugar de destaque que ele ocupava fora determinado pelo rei (41.41) Como o domínio de Cristo foi determinado pelo Pai (At 5.31)
  • Fez provisão para o povo para uma necessidade imprevista. Uma provisão suficiente pata “todas as terras” (41.57) – Porém José não sofreu ao fazê-la. Jesus é o Pão da Vida (Jo 6)
  • Foi uma bênção para as nações, foi chamado de “O salvador do Mundo” - Tradução do nome Zafnate-Panéa.(Gn41,45). Jesus é o Salvador do Mundo!
  • A palavra então era “ide a José! Fazei tudo o que José vos disser!” e Hoje é “Vinde a Jesus! Ele é o único recurso”

 

(7)   Moisés.

Algumas semelhanças entre Moisés e Cristo.

  • Libertador (Is 61.1; Lc 4.18)
  • Divinamente escolhido (Êx 3.7-10; Jo 3.16)
  • Rejeitado por Israel, ele se volta para os gentios (Êx 2.11-15)
  • Durante a sua rejeição ele ganha uma noiva gentílica (Êx 2.16-21; 2 Co 11.2)
  • Mais tarde ele reaparece como o libertador de Israel, e é aceito (Êx 4.29-31; At 15.14-17)
  • Profeta (At 3.22,23)
  • Advogado (Êx 32.31-35; 1 Jo 2.1,2)
  • Intercessor (Êx 17.61; Hb 7.25)
  • Guia e rei (Dt 33.4,5; Is 55.4; Hb 2.10)
  • Moisés enviou 12 espias, Jesus enviou doze Apóstolos.
  • Moisés tinha 70 ajudantes, Jesus escolheu 70 discípulos.
  • Moisés Libertou Israel da escravidão do Egito e do domínio do Faraó, Jesus libertou a igreja do mundo e do domínio do diabo.
  • Moisés foi perseguido na infância por faraó, Jesus foi perseguido na infância por Herodes,
  • Moisés jejuou 40 dias e 40 noites – Jesus jejuou 40 dias e 40 noites.
  • Moisés deu o maná... Jesus é o Verdadeiro Pão do céu.
  • Moisés deu água extraída da rocha, Jesus é a Rocha, que ferida na cruz pela vara da Lei, tornou-se a nossa eterna fonte de salvação.
  • Moisés deu a Lei – Jesus estabeleceu a Graça!!!!
  • Moisés era pecador – Jesus é Santo!
  • Moisés era servo – Jesus é Senhor dos Senhores.
  • Moisés era mortal – Jesus venceu a morte pelo seu próprio poder!
  • Moisés fundou o tabernáculo – Jesus fundou a sua Igreja!!!
  • Moisés era criatura – Jesus é Criador!!!
  • Moisés era homem – Jesus é Homem e é Deus!!!
  • Moisés era adorador- Jesus é Adorado!!!

 

(8)   Aarão. O sumo sacerdote era uma figura de Cristo, nosso Sumo Sacerdote (Hb 7.26-28). Suas vestiduras falam-nos do seu caráter e sua obra.

 

  1. 2.      Tipos não-humanos de Jesus:

(1)   A Arca de Noé:

  • Assim como a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, assim também hoje Deus não quer que alguns se percam (2 Pe 3.9)
  • Assim como só havia uma arca, e esta só possuía uma porta, assim também só há uma arca de salvação hoje. Ela foi terminada no Calvário, e sua única Porta, Jesus Cristo, ainda está aberta a todos que queiram abrigar-se do juízo divino (Jo 10.9)

(2)   A Páscoa (Êx 12): A Páscoa é um tipo de Cristo, nosso redentor (Êx 12.1-28; Jo 1.29; 1Co 5.6,7;1 Pe 1.18,19)

  • O cordeiro tinha de ser sem mancha, e para verificar isto havia de ser guardado quatro dias (Êx 12.5,6) – Assim a vida pública de nosso Senhor sob a observação hostil dos adversários foi a experiência que provou a sua santidade (Lc 11.53,53; Jo 8.46)
  • O cordeiro, assim provado, havia de ser morto (Êx 12.6;Jo 12.24; Hb 9.22)
  • O sangue havia de ser aplicado (Êx 12.7). Isto corresponde à fé individual, e nega o universalismo (Jo 3.36)
  • O sangue assim aplicado, por si mesmo, sem acrescentar nada, constituía uma perfeita proteção do julgamento (Êx 12.13; Hb 10.10,14; 1 Jo 1.7)
  • A festa tipificava Cristo, o pão da vida, relacionando-se com a Santa Ceia (Mt 26.26-28; 1 Co 9.23-26)

(3)   A Rocha ferida (1 Co 10.4):

  • A Rocha ferida fornece a água desejada – Cristo ferido satisfaz a nossa sede espiritual (Jo 7.37)
  • A Rocha ferida fala também do derramamento do Espírito Santo como conseqüência da redenção consumada, e não se ocupa com nossa culpa.

(4)   A Vara de Aarão floresce (Nm 17). O sumo sacerdote, reprovado pelo povo insensato, é manifestamente aprovado por Deus, mediante um sinal milagroso. Isto faz-nos pensar em Cristo, nosso Sumo Sacerdote, reprovado pelos homens descrentes, mas elevado por Deus ao supremo lugar. Os expositores percebem na vara de Aarão um tipo de ressurreição – evidência de vida numa vara seca e aparentemente morta. Cristo nosso Sumo Sacerdote vive para sempre.

(5)   A Serpente de Bronze (Nm 21.6-9; Jo 3.14) A serpente de metal é um tipo de Cristo “feito pecado por nós” (Jo 3.14,15; 2 Co 5.20) e levando ao juízo que nós merecíamos.

(6)   As Cidades de refúgio (Nm 35. Hb 6.18) As cidades de refúgio são tipos de Cristo como abrigo do pecador do juízo vindouro (Êx 21.13; Dt 19.2-13; Sl 46.1; 142.5; Is 4.6; Rm 8.1, 33,34; Fp3.9; Hb 6.18,19). O refúgio era para o homicida involuntário, não para o homicida.

 

  1. 3.      Exemplos de Tipologia no Antigo Testamento:

(1)   Tipologia em Gênesis:

  • A Criação e reconstrução da terra (1.1)- Tipificam a história do homem, criado perfeito; arruinado e restaurado.
    • Inocência (1.1,27)
    • Ruína (1.2a)
    • Restauração (1.2b)
    • Iluminação (1.3-5)
    • Separação (1.6-8)
    • Libertação (1.9,10)
    • Fruto (1.11-13)
    • Testemunho (1.14-19)
    • O primeiro Adão é tipo de Jesus Cristo, o Último Adão (cap.2 e Rm 5.12-21)
    • O sacrifício de Gn 3.21, tipo do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
    • Caim e Abel, tipos das duas naturezas.
    • Abel e Sete, tipos da morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus (cap.5 e Hb 12.24)
    • Enoque, tipo da Igreja arrebatada, antes do Dilúvio, é tipo do dia da tribulação de Jacó (cap. 5 a 8.14)
    • Noé, tipo de Cristo.
    • A arca, tipo do meio de salvação e libertação na hora do juízo que virá sobre a terra.
    • Os oito salvos na arca são tipo do Restante de Israel que será salvo através da Tribulação.
    • Ismael e Isaque, tipos das dispensações da lei e Graça.
    • Abraão e Ló, tipos dos dois princípios da vida: fé e vista.

 

(2)   A Peregrinação de Israel como um Tipo da Vida Cristã: (1 Co 10.1-11

  • A Escravidão no Egito: Um tipo da escravidão do pecado.
  • Moisés como Libertador: Um tipo de Cristo.
  • O Êxodo. Um tipo do abandono da vida de pecado.
  • O Cordeiro da Páscoa. Um tipo de Cristo, o cordeiro de Deus.
  • A Perseguição de Israel por parte de Faraó (Êx 14.8,9). Um tipo das forças do mal que perseguem aos crentes.
  • A Divisão do Mar Vermelho (Êx 14.21). Parte dos impedimentos é removida.
  • A Coluna de nuvem e fogo (Êx 14.19,20). Um tipo da presença divina com os crentes.
  • O Cântico de Moisés (Êx 15.1-19). Um tipo dos cânticos de vitória espiritual.
  • A multidão mista (Êx 12.38). Um tipo da gente mundana na igreja. Corresponde aos membros não-convertidos na igreja, era um elemento de fraqueza e divisão, então, como agora (Nm 11.4-6). Manifestara-se o poder divino, e muitos foram atraídos sem haver qualquer mudança nos seus corações.
  • Mara e Elim (Êx 15.23-27). Um tipo das experiências amargas e doces da vida espiritual.
  • As Panelas de Carne (Êx 16.3).Um tipo dos prazeres sensuais da vida passada.
  • O Maná (Êx 16.4). Um tipo de Cristo, o Pão da Vida (Jo 6)
    • O Pão do Céu é uma coisa que podemos no princípio estranhar (Êx 16.15), um gosto carnal pode não querer (Nm 21.5). Mas quanto mais nos alimentamos de Cristo, mais satisfação achamos nele.
    • O Maná estava no deserto, mas não era do deserto. Era “pão “do céu”.Seu sabor não era terrestre. Era uma figura de Cristo na sua humilhação aqui no mundo.
    • O trigo era “da terra” (Js 5.12). Seu sabor era do lugar onde se encontrava. Era uma figura de Cristo exaltado na glória.
    • A Água da Rocha (Êx 17.6). Um tipo de Cristo, a Água da Vida (1 Co 10.4).
    • Amaleque (Êx 17.) Amaleque, neto de Esaú (Gn 36.12), que “nasceu segundo a carne” (Gl 4.22-29), é progenitor dos amalequitas, inimigos constantes de Israel, e é um tipo da carne no crente.Quando livre do Egito (o mundo), mas não no pleno gozo da terra Prometida (as nossas bênçãos espirituais em Cristo Ef 1.3), o inimigo que assalta o cristão é a carne.
    • Sustentar erguidas as mãos de Moisés (Êx 17.12). Um tipo da necessidade da cooperação entre os líderes.
    • Na estrutura do Tabernáculo – seus utensílios, suas ordenanças, as vestes sacerdotais, a arca da aliança,etc – estão muitos tipos de Cristo e da igreja. O Tabernáculo havia de ser em todas as suas partes um tipo de Cristo, que era “o verdadeiro tabernáculo que o Senhor armou, e não o homem” (Hb 8.2) Cristo veio “por meio do maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos de homens” (Hb 9.11)

 

(3)   Tipologia Extraída do Livro de Josué:

 

  • A Travessia do Jordão: representa a morte.
  • Canaã: Um tipo da vida cristã mais elevada, que deve ser ganha através da luta espiritual. Simboliza também o Céu.
  • Os cananeus: Um tipo de nossos inimigos espirituais (Ef 6.12)
  • A luta de Israel: Um tipo da luta da fé (1 Tm 6.12)
  • O Descanso de Israel após a conquista (Js 11.23). Um tipo do descanso da alma (Hb 4.9).
  • Os cananeus parcialmente subjugados, um tipo dos pecados persistentes ainda não conquistados (Hb 12.1)

 

(4)   Tipologia Extraída do Livro de Neemias:

A reconstrução dos muros de Jerusalém considerada como um tipo do crescimento do reino de Deus na terra.

  • Os Muros Derrubados (1.3) Podem tipificar as defesas debilitadas do reino de Deus.
  • A temporada preliminar de jejum e oração (1.4-11) pode ser tipo da atitude mental que deve precedera todos os grandes empreendimentos espirituais.
  • O sacrifício de Neemias de um importante posto pelo bem da causa (2.5) pode ser um tipo do serviço sacrificial sempre necessário quando se leva a cabo uma grande obra.
  • A inspeção da cidade à noite (2.15-16) pode tipificar a necessidade de enfrentar os fatos antes de começar o trabalho construtivo.
  • A busca de cooperação (2.17-18). Pode ser tipo de um elemento essencial em toda obra bem sucedida.
  • O recrutamento de todas as classes (cap.3). Pode ser tipo da importância de uma organização completa.

 

TABERNÁCULO

 

INTRODUÇÃO.

  1. 1.                          O Tabernáculo e todos os seus pertences agora se fabricam, exatamente conforme as especificações dadas nos capítulos 25 a 31 de Êxodo.
  2. 2.                          Uma Visão Panorâmica do Tabernáculo:

(1)   Medidas: 15 metros de comprimento por 5 de largura e 5 de altura.

(2)   As Tábuas: Era feito de tábuas perpendiculares e coberto de cortinas.

(3)   Posição: Tinha a frente para o Ocidente.

(4)   As tábuas, de 20 de cada lado norte e sul, 6 na extremidade ocidental, mediam de comprimento 5 m  e quase 1 m de largura. Eram madeira dura de acácia, de fibra compacta, e cobertas de ouro. Tinham cada uma 2 espigas para se ajustarem entre si,levantadas sobre 2 bases de prata; e presas com 5 barras que passavam por argolas de ouro nas tábuas.

(5)   Cortinas: As cortinas,eram número de 10, cada uma 14 metros de comprimento por 2 de largura, eram feitas de linho finíssimo, azul,púrpura e escarlate, com querubins primorosamente trabalhados nelas; eram ajuntadas aos pares com colchetes de ouro em laçadas de azul para formarem um só cortinado. Estes cortinado, assim constituído de 10 cortinas, media 20 m ao leste e ao oeste, 14 m ao norte e ao sul, caindo os 5m excedentes sobra a parte posterior do Tabernáculo. Este cortinado estendia-se sobre o espaço delimitado pelas tábuas de ouro, formando o Tabernáculo propriamente dito.

(6)   A Tenda: A tenda cobria o Tabernáculo. Era feita de tecido de pêlos de cabras: 11 cortinas, cada uma de 15 m de comprimento por 2 de largura:ajustadas com grampos de bronze, todo o conjunto medindo 22m ao leste e ao oeste, 15 m, ao norte e ao sul. Sobre isto havia uma coberta de peles vermelhas de carneiros. E por cima, uma terceira coberta de peles de animais marinhos (focas? Ou toninhas?). A tenda tríplice, de tecidos de pêlos de cabras, peles vermelhas e peles de animais marinhos era provavelmente sustentado por um pau de cumieira, com os lados em declive.

(7)   O Lugar Santíssimo ou Santo dos Santos: Eram os 5 m ocidentais, um cubo perfeito, este representava o lugar da habitação de Deus. Continha apenas a arca. Nele só entrava o Sumo sacerdote uma vez por ano. Era a “figura do céu” (Hb 9.24)

  1. 3.                          Estatísticas sobre O Tabernáculo: 50 capítulos na Bíblia contêm instruções ou informações sobre o Tabernáculo: 13 em Êxodo, 18 em Levíticos, 13 em Números, 2 em Deuteronômio e 4 em Hebreus. O Tabernáculo era o local onde Deus se encontrava com seu povo (cf. 25.8; 29.45), e prefigurava a perfeita aproximação de Deus pelo sangue de Jesus Cristo, que “tabernaculou” entre os homens (Jo 1.14; Hb 10.19-20).
  2. 4.                          Outras Informações:

 

  1.                                      I.      LUGARES DE ADORAÇÃO RELIGIOSA.
    1. O Altar. Era uma estrutura elevada sobre a qual o adorador oferecia sacrifícios ou queimava incenso. Esta era a forma mais simples e mais antiga de expressar a fé em Deus, o desejo de adorá-lo, e a necessidade de um sacrifício pelo pecado

(1)   Imediatamente após deixar a arca, Noé erigiu um altar e ofereceu sacrifícios ao Senhor. Deus aceitou este ato e, como resultado, abençoou o mundo com uma bênção que perdura para todos os tempos. Desde os tempos de Noé, pessoas piedosas continuaram edificando altares de adoração.

(2)   Abraão erigia altares nos diferentes lugares onde permanecia (Gn 12.7-8.13,18)

(3)   Jacó foi um edificador de altares (Gn 33.20; 35.7)

(4)   Moisés, Josué, Samuel, Davi e outros crentes da antiguidade edificaram altares de sacrifícios em comemoração a grandes eventos.

 

  1. O Tabernáculo. Era uma tenda sagrada com diversos utensílios, tudo feito de acordo com o plano divino dado a Moisés (Hb 8.5).
  • O altar aprovado pela revelação divina deveria satisfazer as necessidades da nação para o sacrifício e a adoração.
  • O Tabernáculo propriamente dito estava dividido em duas partes: o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.
  • O Lugar Santo media vinte côvados (9,15m) de comprimento por dez (4,57m) de largura. Continha a mesa para o pão da proposição, o candelabro de ouro, e o altar do incenso.
  • O Lugar Santíssimo era quadrado, de dez côvados (4,57m) de cada lado, e nele estava a arca da aliança, um cofre sagrado que simbolizava a presença divina.
  • Uma cortina, ou véu, de um material de tecido fino dividia as duas seções.
  • Somente o sumo sacerdote, e apenas uma vez no ano, no dia da Expiação pelos pecados, entrava no Santo dos Santos a fim de fazer expiação pelos pecados do povo.

 

  1. O Templo.

(8)   Definição. O Santo Templo construído por Salomão não pode ser visto como um assombro arquitetônico; é a concretização de um ideal que, tendo início com os patriarcas, fez-se realidade com o suntuoso edifício que o folho de Davi ergueu em Jerusalém. O Santo Templo é o Santuário por Excelência do povo Israelita, onde não somente este como também os gentios, deveriam adorar e buscar ao Deus Único e Verdadeiro (Mc 11.17)

(9)   Conceito Teológico: Edificado em Jerusalém, possuía o Santo Templo uma função teologicamente missionária: atrair os gentios ao Deus de Abraão (2 Cr 6.32,33; Mt 12.42), fazendo com que estes, juntamente com os judeus, viessem a construir-se num só povo em Cristo Jesus. Infelizmente, o Santo Templo foi transformado, por reis infiéis e apóstatas, num centro ecumênico, onde cada povo tinha ali um altar para o seu deus (1 Rs 11.1-13); Dessa forma, Israel perdeu a sua maior oportunidade de expandir Reino de Deus até aos confins da terra.

(10)                O Templo de Salomão. A construção do Santo Templo teve início por volta do ano 940 a.C. O autor sagrado dedica a este empreendimento três capítulos do 1º Livro de Reis. Terminada a obra, que consumiu os sete primeiros anos do glorioso reinado de Salomão, e que mobilizou todo o Israel e os países vizinhos (2 Cr 5.13,14). Salomão, que tão bem começara o seu reinado, desvia-se do Senhor para seguir os deuses de suas muitas mulheres gentias (1 Rs 11.1-13). E, assim, induz Israel à apostasia. Em conseqüência, o Senhor decide destruir Jerusalém e, com esta o Santo Templo (Jr 7.1-16). Antes, porém, que viessem os exércitos babilônicos, retira Ele a sua glória do lugar santíssimo (Ez11. 23). Como haviam predito os profetas, a Casa de Deus é posta em desolação por 70 anos (Dn 9.25)

(11)                O Templo de Esdras. Terminados os 70 anos de exílio suscita, o Senhor o espírito de Esdras, a fim de que reconstrua o Santo templo (Ed 6.13-22).

(12)                O Templo de Herodes. Passados quase cinco séculos,eis que Herodes põe-se a reformá-lo, objetivando transformá-lo numa das mais notáveis edificações do Império Romano. Neste empreendimento, o perverso monarca compromete quarenta e seis anos de seu governo (Jo 2.20). A construção era sobremodo majestosa, servindo de introdução ao Sermão Profético de Nosso Senhor (Mc 13.1). No ano 70, os exércitos romanos, sob o comando de Tito, destroem completamente o Santo Templo, conforme antecipara o Senhor Jesus (Mt 24.2). Desde então, os judeus, privados de seu santuário, não mais puderam oferecer a Deus os sacrifícios prescritos no Antigo Testamento. Mas com muito anelo aguardam a reconstrução do santo Templo em Jerusalém.

(13)           O Templo da 70ª Semana. Eis as profecias que fazem referência à reconstrução do templo da 70ª Semana (Dn 9.27; t 24.15; 2 Ts 2.3-9)

(14)           O Templo do Milênio: Este templo, por suas características descritas por Ezequiel, difere do templo da 70 ª Semana, pois será edificada sobre um monte localizado na parte central do território sagrado dos sacerdotes (Ez 40.2) Os seus átrios serão murados para se evitar a sua profanação (Ez 48.8-22). Neste templo, a glória do Senhor haverá de manifestar-se a Israel e ao mundo. E sobre ambos os povos estará governado o Cristo de Deus e como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Apesar da importância profética do Santo templo, nós que recebemos a Cristo Jesus como o nosso Salvador e Redentor, devemos ter sempre em mente as apalavras de Cristo àquela samaritana que se achava mui preocupada com o verdadeiro lugar de adoração: “Ma a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.23,24)

 

  1. A Sinagoga. É um lugar judaico de adoração. Esta instituição parece haver surgido durante o exílio, ou pouco depois. Os judeus dispersos entre as nações sentiram a necessidade de lugares de adoração religiosa, e edificaram sinagoga onde quer que havia uma colônia judaica. Estas se diferenciavam do templo de Jerusalém pelo fato de serem geralmente simples retangulares, sem móveis adornados ou altares para sacrifícios. Os cultos do dia de repouso realizados nelas eram relativamente simples, consistindo em grande parte da leitura das Escrituras, oração, alguma classe de instrução religiosa, e às vezes um discurso expositivo. As sinagogas foram, em certo sentido, precursoras da Igreja. Jesus Cristo assistiu aos seus cultos, e Paulo falava com freqüência nas reuniões que nela eram levadas a efeito.

 

  1. A Igreja. Podemos ver o progresso no desejo de adoração espiritual através dos passos sucessivos da construção de altares, do tabernáculo, do templo e das sinagogas. Esta adoração alcança a sua etapa mais elevada de desenvolvimento na instituição da igreja fundada por Cristo.

 

  1.                                   II.      O QUE É TABERNÁCULO
    1. Definição Secular. Templo portátil. Usado como santuário pelos hebreus, durante sua peregrinação no deserto.
    2. Definição Bíblica.
  • O Tabernáculo (hebraico Mishkãn) significa lugar de habitação, indicando o lugar da presença de Deus na Luz, que por sua vez é chamada de Shekinah. Antes do Tabernáculo havia a tenda, ou Tenda da Congregação, erigida como um lugar especial de adoração.
  • Tenda portátil onde os hebreus, durante a peregrinação pelo deserto, prestavam cultos a Deus. Era o símbolo da presença de Deus entre o povo. No tabernáculo, ficava o Santo dos Santos: aqui encontrava-se a arca da aliança com os Dez Mandamentos.
  1. 3.      O Uso do termo na Bíblia. O termo se refere:

(1)   Ao Tabernáculo de Moisés.

(2)   Ao de Moloque (Am. 5.26; At 7.43). Sicute (ou Sakute) era ídolo adorado pelos assírios, desde os tempos remotos; representava o deus da guerra e da luz, equivalente ao planeta Saturno; Quium era outro nome do mesmo planeta. Amós refere-se aqui ídolos associados a divindades atrais que eram carregados em procissões cúticas. A Septuaginta traduz a expressão “Sicute vosso rei” como “tabernáculo de Moloque” (as consoantes hebraicas são as mesmas).

(3)   Ao corpo do crente. (2 Co 5.1)

  1. A Planta do Tabernáculo: O Tabernáculo foi feito de acordo com o “Modelo” que Deus mostrou a Moisés. (Êx 25.9)

 

 

  1.                                III.      OS MATERIAIS DO TABERNÁCULO

 

  1. 1.      Os Materiais:

(1)   As Ofertas: Uma das importantes lições está nas ofertas do povo, atendendo ao apelo divino através de Moisés (Êx 25.2-7; 35.29). As ofertas espontâneas foram tão abundantes que os artífices interromperam seu trabalho para dizer a Moisés

Logo os construtores encarregados da construção do Santuário procuraram Moisés. Disseram eles: "Já temos muito, mais que o necessário para construir o que Deus mandou!" Por isso Moisés mandou fazer correr uma mensagem pelo acampamento. A mensagem dizia: "Ninguém traga mais nenhuma oferta para a construção do Santuário." Assim, foi preciso proibir o povo de dar mais ofertas! Já havia mais do que o suficiente para a obra”. (Êx 35. 4-7 Bíblia Viva) Que lição precisosa!Cada um deu espontaneamente do que possuía, e não foi necessário descer ao Egito em busca de ajuda. Quando cada crente entende que a oferta é parte vital na comunhão com Deus e dá liberalmente, a Igreja não precisa descer ao “Egito” (ao mundo) e mendigar a ajuda dos infiéis!

 

(2)   Os metais:

  • Ouro: Divindade manifesta, glória divina. O Lugar Santíssimo estava separado do Lugar Santo, por cinco colunas de ouro que sustentavam as cortinas da entrada, as bases dessas colunas eram de bronze. O ouro revestia a mesa, as colunas e a arca.Também eram de ouro: os colchetes, o candelabro, o propiciatório, os querubins. Foram utilizados cerca de 1.300 quilos de ouro no Tabernáculo.

 

  • Prata: Redenção (Êx 30.11-16).Estava presente em todos os ganchos que ostentavam as cortinas do tabernáculo, e também, formavam as faixas que ornamentavam essas cortinas. Também todas as tábuas do Santuário estavam apoiadas em bases de prata (Êx 30.12-16; Lv 5.15). A prata é o símbolo de resgate, e o mesmo preço seria pago por todo o israelita, independentemente de suas posses. O preço pago era um só, e isso aponta para o sacrifício expiatória de Jesus, que nos comprou com o seu precioso sangue, pagando um preço único para o nosso resgate, e também mostra que todas as vidas têm valor igual diante de Deus. (1 Pe 1.18).Se tirarmos a prata do Tabernáculo, ele perderá a sua base de sustentação, e também todas as suas cortinas cairão por terra.sem a obra expiatória de Jesus na cruz,a Igreja não é nada, ela perde seus ornamentos, a sua beleza, a manifestação do fruto do Espírito, deixa de ser igreja. Alguns líderes religiosos têm procurado enfraquecer ou diminuir a importância do sacrifício expiatório de Jesus no Calvário. Cada ação legalista, cada esforço puramente na base de obras, significa o enfraquecimento desta verdade bíblica – a Redenção das nossas almas. Utilizou-se cerca de 3.400 quilos de prata no tabernáculo.

 

  • Latão ou cobre: Figura do juízo, como no altar de bronze, a pia e a serpente de bronze. As passagens de Êxodo 27.17:Nm 21.9 Jr 1.18; 1 Co 3.1; 2 Co 5.21 indica esse metal como o tipo de julgamento, de juízo. Os cravos, ou pregos usados nesse Santuário eram desse mesmo material e apontavam para a crucificação de Jesus. O total de bronze utilizado no tabernáculo foi de aproximadamente 2.400 quilos.

 

 

  1. 2.      As Madeiras:

Nem sempre haviam sido tábuas. No estado natural eram árvores que deviam ser derrubadas, serradas, aparelhadas para remover tudo o que havia de obstar chegassem a ser tábuas boas e lisas. Depois foram novamente levantadas, colocadas sobre as bases de prata, e revestidas de ouro. É uma figura do homem no seu estado natural para construir a Casa de Deus, mas derrubados pela convicção do pecado, aparelhados pelo ensino da Palavra, firmados sobre a redenção que há em Cristo, revestidos de ouro, de um caráter irrepreensível, revestidos de Cristo – colocados por Deus mesmo na sai Igreja (1 Co 12.28), ligados uns aos outros,e, assim unidos, constituindo um santo templo do Senhor (2 Co 6.16)

(1)   Sua Origem. Elas vieram da floresta, e cada uma delas representa o cristão. Como crentes, fomos cortados e derrubados aos pés de Cristo pelo arrependimento, quando ouvimos o Evangelho. A palavra de Deus como espada nos colocou por terra, e depois de derrubados, fomos trazidos à Casa de Deus (Ef 2.1-3)

(2)   Seu Despojamento. Embora tenhamos sido trazidos à Casa de Deus no estado bruto, passamos pelo despojamento. Para esse trabalho, o escultor, ou carpinteiro, usa as ferramentas apropriadas para o desbaste da casca e dos nós. Tudo precisa ser despojado pelas afiadas ferramentas do carpinteiro de Nazaré.

Do que ele nos despojou? (Cl 2.11; 3.8,9)

  • Da ira.
  • Da Cólera.
  • Da maledicência.
  • Das Palavras torpes da vossa boca
  • Da Mentira.
  • Dos maus hábitos.
  • Dos Vícios.

(3)   Seu Revestimento. As tábuas foram revestidas de ouro (Êx 26.29) que é um símbolo da glória de Deus (Ap 1.6)

(4)   Suas Bases. As Bases eram de prata, símbolo da redenção.

(5)   O Seu Estado Final: Há outro interessante aspecto relacionado com as tábuas: é que embora as madeiras fossem muito diferentes entre si quando trazidas ao Tabernáculo, agora, depois de trabalhadas, ficaram todas iguais. Aos olhos de Deus não há uns melhores que os outros. Deus não faz acepção de pessoas. (Cl 3.11; Rm 2.11)

  1. 3.      As Travessas: As travessas que mantinham as tábuas de pé e unidas, eram revestidas de ouro (Êx 26.26-28). Essas travessas apontam para a união espiritual descrita no Salmo133 e em João 17.22,23. As travessas, por serem em grupos de cinco, apontam para os ministérios descritos em 1Co 12.5; Efésios 4.9-13. Esse ministério sustenta a Igreja.
  2. 4.      A Cobertura:

(15)                Peles de golfinho. Por serem rústicas, quem olhasse a Tenda estando do lado de fora do Tabernáculo nada veria de especial a chamar-lhe a atenção. Além de parecidas com o deserto – cuja areia retinham – eram simples e sem beleza. Esta primeira cobertura indica a pessoa de Jesus segundo Isaías 53.2. Os que olham a Cristo sem tê-lo antes conhecido e recebido como seu Salvador, nada podem ver de extraordinário. Comparam-no a Buda, Zoroastro, Confúcio, Aristóteles, a um dos profetas bíblicos, ou consideram-no apenas um espírito aperfeiçoado por sucessivas encarnações, ou um revolucionário. Somente o cristão verdadeiro pode exclamar: “Vimos a sua glória, como glória do Unigênito do Pai” (Jo 1.14)

(16)                Peles de carneiro tintas de vermelho. Esta cobertura simboliza a expiação, pois o vermelho, como já vimos, tipifica o sangue de Cristo derramado no Calvário, e aponta para Ele como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29)

(17)                Crina de cabras. A terceira cobertura, de onze cortinas de crina de cabras não tingida, indica a pureza da justiça de Cristo (Jo 8.46)

(18)                Linho fino. A quarta cobertura do santuário era construída de dez cortinas de linho fino branco, como bordados primorosos em azul. Mais uma vez nos deparamos aqui com o caráter celestial de Jesus, figurado na cor do céu, de onde ele veio e para onde vai nos levar, conforme sua promessa. (Jo 14.1-3)

  1. 12.  As Cores:

(1)   Azul: O que é celestial, em natureza ou origem.

(2)   Púrpura: Realeza.

(3)   Escarlata ou carmesim: sacrifício.

(4)   Linho fino: Pano fabricado de um linho cultivado nas margens do rio Nilo. Notável por sua maciez extraordinária e alvura deslumbrante. Ao tato parecia seda. Simboliza a Justiça dos santos (Ap19.8)

 

  1.                                IV.      A POSIÇÃO DO TABERNÁCULO

Como um templo destinado a acompanhar os israelitas no deserto, o Tabernáculo era desmontável e podia ser conduzido de um lugar a outro. Para o honroso trabalho de cuidar e transportar os objetos componentes foram escolhidas as famílias de Gérson, Coate e Merari.

  • Os Gersonitas se acamparam atrás do santuário, ou seja, ao ocidente, e cuidaram do exterior da tenda, como vigias.
  • Os Coatitas ficaram ao sul, e eram responsáveis pelo cuidado da Arca, da mesa, do candelabro, dos altares e de todos os vasos sagrados.
  • Os Meraritas situaram-se do lado norte, e respondiam pela conservação e transporte das tábuas, das travessas, das colunas, das cordas, das estacas e das bases.
  1. O Tabernáculo Ocupava uma Posição Central.
  • Oriente: Guardando a porta de entrada do Tabernáculo, ficava Judá, Issacar e Zebulom. O fato de a tribo de Judá guardar a porta do Tabernáculo é muito significativo, pois, nas bênçãos de Jacó a seus filhos, ele diz em Gênesis que Judá era como um leão, figura que aparece também no último livro das Escrituras, onde Jesus nos é apresentado como o Leão da Tribo de Judá.
  • Sul: Rúben, Simeão e Gade.
  • Norte: Dã, Aser e Naftali
  • Oeste: À retaguarda do Tabernáculo: Efraim Manasses e Benjamim.
  1. 2.      O Tabernáculo Ocupava Uma Posição Determinada.

O Tabernáculo estava sempre voltado para o oriente, isto é, para o lugar do nascimento do sol, certamente apontando para a pessoa de Jesus, anunciado pelo Profeta Malaquias, como o Sol da Justiça (Ml 4.2). As peças principais desse santuário tomavam a forma de uma cruz,também apontando para Jesus (2Co 5.18).

  1. 3.      O Tabernáculo Ocupava Uma Posição Distinta.

(1)   Separação e Comunhão: O tabernáculo estava separado da congregação por uma cerca constituída de 60 colunas de bronze, sobre as quais apoiava-se um cortinado de linho branco, de dois metros e meio de altura. Isso fala da separação entre Deus e o pecador (Êx 39.10-15; 19,31: Is 59.2)O número 6 e seus múltiplos, como no caso dessas colunas, associam-se ao número 7, que é o número de peças do Tabernáculo. Como o 6 se relaciona com o homem e o 7 com Deus, temos no Tabernáculo a comunhão, ou encontro do homem com a Divindade.

(2)   As Colunas: As quatro colunas da entrada do Tabernáculo têm também um significado muito importante (Êx 27.16). Estas quatro colunas representam ou falam da oportunidade para todos, pois, o número quatro está sempre relacionado com a plenitude da terra. Todos têm a oportunidade de entrar no Santuário (Mt 24.31; Jo 3.16)

(3)   Os véus: Os quatro véus que cobrem as quatro colunas de entrada da tenda, e por suas cores significativas, apontam para os quatro Evangelhos, pela ordem em que estes aparecem no Novo Testamento.

  • Púrpura. Esta cor era obtida de um molusco gastrópode da família dos muricídeos. Por ser um produto caro, era utilizado pelos reis e pelas pessoas ricas. A púrpura aponta para a realeza. Indica o Evangelho de Mateus, que apresentam a Jesus como O Messias e rei de Israel.”Eis aí te vem o teu Rei” (Zc 9.9 ARA). Por isso Mateus registra a genealogia de Jesus, pois um rei precisa provar a sua ascendência real. Jesus é simbolizado como o Leão da Tribo de Judá. Mateus focaliza a pessoa de Jesus do ponto de vista de sua realeza, e isto nos leva ao Lugar Santíssimo do Tabernáculo, onde Deus habitava sobre o propiciatório, entre os querubins da glória.

 

  • Carmesim. O Evangelho segundo Marcos está relacionado com a cor carmesim, ou seja, com o sangue que aponta para o servo sofredor, para o Messias na cruz, conforme a profecia de Isaías 42.1: “Eis ao o meu servo...”. Um servo não precisa de genealogia, por isso Marcos não trata da ascendência do Senhor. Marcos apresenta os traços de Jesus do ponto de vista da cruz, e isto nos leva ao altar de bronze, ou dos holocaustos. Jesus é simbolizado pelo Boi, animal que serve ao homem.

 

  • Linho Branco. No Evangelho segundo Lucas temos o linho branco apontando para o Homem perfeito, para o caráter justo de Jesus. É o Evangelho do Filho do Homem. E como todo homem perfeito, ilustre e nobre precisa de uma genealogia, o médico Lucas registra a ascendência de Jesus. O Senhor, em Lucas, cumpre a profecia de Zc 6.12: “Eis aqui o homem”

 

  • Azul. Essa cor era obtida de mexilhões azul-celeste molusco bivale da família dos mitilídeos. O azul era um produto caríssimo pelo fato de a sua extração exigir a morte de milhares de mexilhões. Essa cor, que adornava os palácios reais e as mansões dos milionários, indica sempre o céu, ou aquilo que é celeste.vemos em João o Evangelho do Filho de Deus. Jesus, como Filho de Deus, cumpre Isaías 40.9: ”Eis aqui o vosso Deus” João não registra a genealogia de Jesus, pois Deus não tem genealogia.

 

O azul, por ser um dos principais símbolos do céu, revela o propósito profundo de Deus, de conduzir o seu povo a uma atitude de comunhão com o Pai.

 

O Cordão Azul (Nm 15.38-40): Fixados nas franjas das vestes dos israelitas, deveria lembrar-lhes da responsabilidade de obediência à Lei do Senhor. Assim nós também devemos buscar “as coisas que são de cima” e “pensar nas coisas que são de cima” (Cl 3.1,2). Nos vestidos de salvação (Is 61.10) não deve faltar o memorial do corpo de Cristo – “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22.19; 1 Co 11.24,25). Os fariseus foram reprovados por Jesus, por que alargavam as franjas azuis de suas vestes para se exibirem diante da sociedade (Mt 23.5). Assim como os israelitas foram além do mandamento, hoje ocorre com o memorial da ceia do Senhor, transformado por muitos em transubstanciação (transformação dos elementos no corpo, sangue, alma e divindade de Jesus) e por outros em consubstanciação (união de dois ou mais corpos numa mesma substancia). Assim como o memorial celestial dado aos israelitas transformou-se numa triste e egoísta profanação do sagrado, o solene memorial instituído por Jesus também foi por muitos convertido em orgulho religioso.

 

 

  1.                                   V.      A DIVISÃO DO TABERNÁCULO

Uma Viagem ao Interior do Tabernáculo.

  1. 1.      Entrada proibida: As cortinas brancas contrastam com as tendas cinzentas ao redor. Transmitem a impressão da pureza e santidade que se requer lá dentro. E que altura dois metros e meio! Assim ninguém pode olhar por cima. Deus não se deixa ver. É como se essas cortinas altas e brancas dissessem: “Entrada Proibida” Mas do lado oriental há uma porta aberta:
  2. 2.      A Porta: Deus providenciou uma porta. (Êx 27.16)

Ela aponta para Jesus o nosso único acesso ao Pai (Ef 2.18; 3.12; 1 Tm2. 5)

(1)   Uma Única Porta: No Tabernáculo havia uma só porta. Ela aponta para Jesus, o Único Caminho para Deus (Jo 10.9; 14.6)

(2)   Uma Ampla Porta: 20 côvados, cerca de 10 metros. A entrada é livre para todos – quem quiser pode vir (Ap 22.17)

(3)   Uma Bonita Porta: É Magnífica.  São 4 cores: Azul, púrpura, carmesim e branco, elas deixam a porta atrativa, convidando a entrar.

(4)   Uma Acessível Porta. Ela não é de madeira ou metal, é uma cortina de 20 côvados de largura e 5 de altura. Até mesmo uma criança pode entrar, jovens e velhos são bem vindos.

(5)   Uma Porta que um dia será fechada.  A porta para Salvação, na Arca de Noé, também se fechou (Gn 7.16-23) Os que não entraram se afogaram. A porta da festa se fechou, no caso das Bodas, em Mt 25.1-10. As 5 moças néscias, que queriam estar nas Bodas, chegaram tarde demais.

(6)   Uma Porta que decide: Só há duas possibilidades: Ou você está dentro ou fora. É uma questão de Salvação ou condenação, de vida ou morte, de luz eterna ou noite sem fim. De que lado você está?

  1. 3.      O Cristão no Pátio.

O israelita piedoso, querendo aproximar-se do Senhor para o servir, descobriria imediatamente que a Casa de Deus estava cercada; e para chegar mais perto, havia de entrar pela porta do átrio (Jo 10.9). A primeira coisa que ele encontrava dentro do átrio era o altar.

(1)   O Cristão é Filho de Deus (Jo 1.12)

(2)   É servo do Senhor (Jo 15.15)

(3)   O Pai está sobre ele (Ef 4.6)

(4)   Idade: O Cristão é uma criança. “Filhinhos, eu vos escrevo, por que os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome” (1 Jo 2.12),

1-      A Criança é Fraca: No seu estado de infantilidade espiritual, o crente ainda é carnal e por isso gera contendas (1 Co 3.1-4)

2-      A Criança é Instável. O crente na sua primeira dimensão espiritual está sujeito a ser enganado (Ef 4.14), são os alvos prediletos das seitas. (1 Pe 2.1,2)

3-      A Criança não tem Experiência. Como criança, o crente nunca sai dos rudimentos da fé: não tem experiência (Hb 5.12,12) “O Conhecimento da teologia cristã sem a experiência, ou caráter cristão, equivale a um curso sobre o relacionamento conjugal sem matrimônio. (1 Pe 1.7)

4-      A Criança não sabe Discernir (Hb 5.14)

5-      A Criança se embaraça com as coisas desta vida (Hb 12.1)

(5)   Virtude – a Fé: A Fé está representada pelo primeiro véu – “Agora, pois, permanecem a fé...” (1 Co 13.13). O pecador apossa-se da primeira das três maiores virtudes do cristianismo ao adentrar o átrio do Tabernáculo. (Rm 5.1,2; Hb 11.1)

(6)   Frutificação: (Mc 4.8) 30%. O crente é um ramo que dá fruto (Rm 15.2; Sl 92.13-15)

(7)   Iluminação: Natural – o sol. No pátio, embora o crente tenha a luz da Palavra de Deus (Sl 119.105), ele corre o risco de se deixar guia pela luz natural da razão

(8)   Conhece a Jesus (Rm 1.4; Fp 2.11)

1-      Como o Salvador. No pátio, o crente conhece Jesus como seu Salvador (Fp 2.11).

2-      Como o Bom Pastor. (Jo 10.1).

3-      Como o Caminho (Jo 14.6)

(9)   Está em Cristo. “E assim, se alguém está em Cristo, é nova Criatura” (2 Co 5.17; Rm 5.1)

(10)                Conhece o Pai sobre todos (Ef 4.6) Na primeira dimensão espiritual, o crente ainda não conhece plenamente a Deus (1 Co 15.34), devendo, portanto, prosseguir nesse conhecimento (Os 6.3)

(11)                Celebra a Festa da Páscoa (1 Co 5.7)

(12)                Possui a Luz da Palavra (Sl 119.105)

(13)                É justificado (Rm 5.1)

(14)                Gloria-se na Esperança da Glória (Rm 5.2)

(15)                Está vestido de Salvação (Is 61.10; Lc 15.22)

(16)                Sua consagração começa pelo espírito (1 Ts 5.23)

(17)                A Vontade de Deus é boa (Rm 12.2)

(18)                Seu Sacrifício espiritual é vivo (Rm 12.1)

(19)                Batizado na nuvem (Êx 13.21,22; 1Co 10.1,2)

(20)                Pede (Mt 7.7,8)

(21)                Oração e súplica (Fp 4.6; Cl 4.2)

(22)                Deixando o Egito (Êx 12.37)

(23)                O Espírito Santo.

Começamos pelo Espírito Santo. Começamos nossa carreira cristã tendo em nós a pessoa bendita do Espírito Santo (Gl 3.3)

1-      Possui a presença do Espírito Santo (Gl 3.3)

2-      Possui os Dons do Espírito Santo (1 Co 12.4,8-11)

As Obras do Espírito Santo em nós:

  • O Espírito Santo chama e convence (Ap 22.17; Jo 16.8-11)
  • Ele produz fé (Rm 10.8)
  • Ele nos lava (Tt 3.5; 1 Co 6.11)
  • Ele produz vivificação (Ef 2.5)
  • Ele guia (Sl 143.10).
  • Ele sustenta (Sl 51.11,12).
  • Ele prevalece (Zc 4.6).
  • Ele dá liberdade (2 Co 3.17)
  • Ele mortifica o pecado (Rm 8.13).
  • Ele ajuda obedecer (1 Pe 1.2,22)
  • Ele ajuda a conservar a graça de Deus (2 Tm 1.14)
  • Ele testifica com o nosso Espírito (Rm 8.16)
  • Ele dá poder (At 1.8)
  • Ele dá dons espirituais (1 Co 12.4)
  • Ele dá gozo (Rm 14.17)
  • Ele ensina (Jo 14.26)
  • Ele dá acesso ao Pai (Ef 2.18)
  • Ele intercede por nós (Rm 8.26)
  • Ele fortalece o nosso espírito (Ef 3.16) – A maturidade cristã está caracterizada muito mais pelo fruto do Espírito do que pela posse dos dons espirituais (Gl 5.22,23)

 

  1. 4.      O Cristão no Lugar Santo.

Em sua caminhada em direção ao Santo dos Santos, o crente deixa para trás o altar do holocausto e a pia de bronze transpõe o segundo véu e penetra no Santuário, entrando assim na segunda dimensão espiritual

(1)   Idade: O Cristão é Jovem (1 Jo 2.13,14). A Palavra de Deus nele permanece, suas orações são mais eficazes (Jo 15.7)

(2)   Virtude: A esperança (Sl 40.1). Este segundo véu corresponde a segunda maior virtude do cristianismo – a Esperança (1 Co 13.13; 1Tm 4.11) A esperança produz corações fortes (Sl 27.14) Agostinho afirmou que, “tirando-se a esperança ao peregrino, ele perderá as forças para a marcha” Thomas Müller, quando diz que as grandes esperanças fazem os grandes homens, concorda com a célebre frase de William Carey: “Espera grandes coisas de Deus e empreende grandes coisas para Deus” A esperança do crente é bem diferente daquela referida por Coelho Neto, quando diz que as esperanças são como as estrelas; brilham, mas não trazem luz, lindas, mas ninguém as alcança.” A esperança do crente é a consumação futura da obra de Deus iniciada pela conversão, e que inclui a ressurreição do corpo, a herança dos santos, a vida eterna, a glória e a visão de Deus.”

 

(3)   A Páscoa e o Pentecoste: No Lugar Santo, ou Santuário, o crente celebra a segunda das três grandes festas, a do Pentecoste (Lv 23.15-21)

 

  • Os sete cordeiros significam uma entrega perfeita, total e voluntária; o novilho é o símbolo da mansidão e do serviço, e os dois carneiros significam uma convicção maior do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz.
  • A partir do Novo testamento, o Pentecoste passou a significar unção, poder, capacitação. Em Jerusalém, no dia de Pentecoste, atendendo à pregação de Pedro, houve a primeira colheita de almas para Cristo, quando três mil pessoas se converteram

 

(4)   Frutificação. 60%. No Santuário, o crente dá mais fruto (Jo 15.2) Se no Pátio damos 30 por um, no Santuário, passamos para 60 por um (Mc 4.8).

(5)   Alimentação. No Santuário o crente alimenta-se de pães asmos. (Lv 24.7). Aqueles doze pães, cada um preparado sem fermento e com cerca de oito litros de flor de farinha, eram colocados sobre a mesa apropriada, em cada sábado. Em seguida o sacerdote derramava sobre eles o incenso puro, tornando-os santos.  Permaneciam na mesa de um sábado a outro. A cada sábado os sacerdotes se reuniam no lugar santo e os comiam. Era o alimento deles como um tipo de Cristo, o Pão da Vida. Os pães também representam a plenitude do povo de Deus diante de seu Redentor – Somos um só pão. A comunhão fraterna entre irmãos cheios do Espírito Santo fala Ada restauração da mesa e da feliz reunião dos sacerdotes no Lugar Santo para se alimentar dos pães da proposição.

(6)   Iluminação Artificial – o Candelabro. Há um progresso notável aqui. Enquanto no pátio o cristão sofre uma tremenda influência da luz natural, tão abundante, aqui sua visão está voltada para a luz espiritual do candelabro. A finalidade do candelabro está descrita em Êxodo 25.37, os seis braços laterais apontam para a comunhão dos salvos com Jesus, formando com Ele sete hastes. Jesus é o tronco, a videira, e nós as varas. O Candelabro era feito de ouro batido, o que nos ensina que a glória é mediante o sofrimento e a provação (Jo 15.20). No santuário o crente não apenas apara e limpa os pavios para que a luz do candelabro brilhe cada vez mais intensamente, mas ele mesmo continua sendo purificado, num processo contínuo. O sacerdote tinha de usar o espevitador e o apagador, para fazer com que todas as lâmpadas brilhassem normalmente, sem problemas. Para isso ele tinha de puxar o pavio e escová-lo, ou cortá-lo, a fim de remover o carvão. Os meios usados por Deus para fazer nossa luz brilhar são dolorosos, porém necessários (Mt 5.16)

(7)   Conhecimento ampliado:

1-      Cristo, o Capacitador: No Lugar Santo, o crente conhece a Jesus como Salvador e como o Cristo (Fp 2.11). Os Dons ministeriais são distribuídos por Jesus Cristo, enquanto os dons espirituais o são pelo Espírito Santo (Ef 4.11,12). Esses ministérios são a mão de Deus operando na Igreja. O apóstolo corresponde ao polegar, por seu íntimo e fácil relacionamento com todos os demais. O profeta corresponde ao dedo indicador. O evangelista pode ser representado pelo dedo médio – o maior da mão, pois ele se sobressai entres os outros. O pastor é o anular, o dedo da aliança, pois ele está casado com a igreja local. Finalmente, o mestre corresponde ao mínimo, o menor dedo da mão, o preferido para remover pequenas dificuldades, principalmente do ouvido. O fato de esses cinco dons ministeriais terem sido dados à Igreja para a sua edificação espiritual é bastante significativo no estudo da tipologia do Tabernáculo. A tenda da congregação estava de pé graças às cinco travessas que mantinham suas 48 tábuas unidas nas três paredes (ao sul, ao norte e ao oeste) e às cinco colunas ao leste, que suportavam o segundo véu.

2-      Cristo, o Grande Pastor. No Lugar Santo o crente conhece a Jesus (Hb 13.20).

3-      Conhece melhor o Pai: (Ef 4.6)

(8)   Adoração. Representada pelo Altar de Ouro (Hb 9.3,4; I Rs 6.22; Êx 37.25-27).  Deus está à procura dos verdadeiros adoradores. (Jo 4.23,25). O Altar de Ouro possuía um chifre em cada um dos seus quatro cantos, significando que há grande poder no louvor (2 Cr 20.22).

1-      O Culto ideal na igreja deve ser uma combinação de adoração inspirada por parte do povo e pregação inspirada por parte do pastor.

2-      A adoração não é ocasional, devemos adorar a Deus em todo o tempo.

3-      A adoração não depende de lugares especiais. A mulher samaritana quis saber qual o local de adoração, se no monte de Gerezim ou em Jerusalém. A resposta de Jesus foi contundente: “Nem neste monte nem em Jerusalém” 

4-      Razão da Nossa Adoração.

  • Deus é Criador. É muito justo que a criatura reverencie o Criador. (Sl 115.1)
  • Deus é o nosso Pastor. Deus não somente nos criou, como também nos preserva, sustenta e fortalece. “Somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio”
  • Deus é bom. Deus é o valor supremo do Universo inteiro.
  • Deus é misericordioso.
  • Deus é fiel. “De geração em geração a sua fidelidade”

5-      Meios de Adoração.

  • Através da Meditação. Quando você medita, pensa nos assuntos de Deus, não somente para estudá-los e aprendê-los, mas também para apreciá-los e permitir que eles influenciem a sua vida. Você pode adorar a Deus não somente com a sua voz, como também com o silêncio do seu coração e da sua mente.
  • Por meio da oração. A oração significa que você faz a sua vida inteira inclinar-se em direção a Deus, ansioso por sentir a comunhão com Ele. É a conversa entre a sua alma e o eterno Espírito.
  • Pelo cântico. Quando o coração está comovido com emoções de adoração, você não pode achar melhor maneira de expressar sua devoção do que mediante a música e canção espirituais. Não admire que o avanço espiritual da igreja tenha sido acompanhado pela música de louvor espiritual. Os hinos vigorosos de Lutero tinham tanto conteúdo vital, espiritual e teológico quanto os seus escritos que tanta coisa fizeram para implantar a Reforma. O reavivamento wesleyano ainda sobrevive em nosso meio através dos hinos de Charles Wesley.
  • Pela leitura das Escrituras. Infelizmente em muitas igrejas você pode ouvir apenas alguns poucos textos avulsos. Porções apropriadas das Escrituras, lidas com a expressão piedosa da unção da fé, podem ser uma bênção para a congregação.
  • Participação da Santa Ceia do Senhor. Como dramatização ou demonstração visível da obra de Cristo que morreu na cruz para expiar os nosso pecados e nos dar a vida Eterna mediante o sacrifício dEle, a Ceia do Senhor tem o poder de despertar em você a mais profunda adoração.
  • As Contribuições e ofertas. A contribuição dada por você é um ato de culto porque é assim que você revela reconhecer Deus como dono de todas as coisas (Sl 24.1) “Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos” (1 Cr 29.14)

6-      Os Serafins - Uma Lição de Adoração.

  • As asas que cobriam o rosto sugerem a profunda reverência.
  • As asas que cobriam os pés sugerem a humildade.
  • As asas com as quais os anjos voavam sugerem a idéia de serviço. É claro que você pode voar alto a grandes velocidades como os querubins, mas pode e deve “correr com perseverança a carreira que lhe está proposta” (Hb 12.1)

Cada religião tem os seus lugares sagrados de adoração.

  • Os judeus têm a sinagoga e Jerusalém.
  • Os muçulmanos têm a mesquita e Meca.
  • Os hindus têm os seus templos e um rio sagrado
  • Os católicos têm o Vaticano, Juazeiro e Aparecida do Norte no Brasil, Fátima em Portugal, Loudes na França, Montesserat na Espanha, etc., além de incontáveis templos.

 

(9)   Anda na Luz de Deus (Jo 1.12)

(10)                Possui o Espírito Santo e o Filho. (Jo 14.20; Gl 4.19)

1-      O Espírito Santo.

  • Possui a paixão do Espírito Santo (Gl 5.17)
  • Possui o Espírito Santo como representante de Cristo (Ef 3.17)
  • Possui o fruto do Espírito Santo (Gl 5.22)

2-      Jesus:

  • Conhece o Filho como Jesus e Cristo (Rm 1.4; Fp 2.11)
  • Conhece o Filho como a Verdade (Jo 14.6)
  • Conhece o Filho como o Grande Pastor (Hb 13.20)

(11)                O Crente no Lugar Santo:

  • Celebra a festa do Pentecoste (At 1.8)
  • Possui a luz do Espírito Santo (Mt 5.16)
  • É Santificado (Hb 10.10,14)
  • Dá mais fruto (Jo 15.2)
  • Sua frutificação é 60 por um (Mc 4.8)
  • É amigo do Senhor (Jo 15.15)
  • É jovem (1 Jo 2.13,14)
  • É filho (1 Jo 2.13)
  • Possui a virtude da fé e da esperança (1 Co 13.13)
  • É vivificado e ressuscitado em Cristo (Ef 2.6)
  • Leva a sua própria cruz (Mc 8.34)
  • Gloria-se nas tribulações (Rm 5.3)
  • Anel da restauração (Lc 15.22; Gn 41.42)
  • Sua consagração continua na alma (1 Ts 5.23)
  • A Vontade de Deus é Agradável (Rm 12.2)
  • Seu sacrifício espiritual é santo (Rm 12.1)
  • Possui os ministérios dado pelo Filho (1 Co 12.5)
  • Batizado no mar (Êx 14.21; 1Co 10.1,2)
  • Busca (Mt 7.7,8)
  • Ação de Graça (Fp 4.6; Cl 4.2)
  • No deserto (Êx 15.22)

 

  1. 5.      O Cristão no Lugar Santíssimo.

Ao transpor o terceiro véu, que simboliza o amor como a maior de todas as virtudes, o crente entra no Lugar Santíssimo. Esta terceira divisão do Tabernáculo corresponde a terceira e maior dimensão do nosso desenvolvimento espiritual. O mesmo véu que separa ao Lugar Santo do Lugar Santíssimo representa o corpo de Jesus rasgado no madeiro da cruz (Hb 10.19-22)

(1)   Idade: O Cristão é Adulto (1 Jo 2.13,14). É maior o seu conhecimento de Jesus. Ele o conhece agora como o Supremo Pastor das ovelhas (1 Pd 5.4). Paulo reprova alguns crentes dizendo: “alguns ainda não têm conhecimento de Deus. Isto digo para vergonha vossa” (1 Co 15.34)

O Cristão como pai:

  • O pai gera filhos. João Hyde levou a Cristo 100 mil almas, direta e indiretamente. Ele como Paulo, podia dizer de seus milhares de filhos na fé: “Eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus” (1 Co 4.15)
  • O pai possui autoridade. O livro de Atos mostra a autoridade de Pedro (At 3.6; 5.1-11) e Paulo (At 13.6-12). Anel na Bíblia significa autoridade (Gn 41.42; Lc 15.22)
  • O pai toma posse do Evangelho. “o nosso evangelho” (1 Ts 1.5), “o meu evangelho” (2 Tm 2.8)
  • O pai sustenta. “Dai-lhe vós de comer” (Mt 14.16); “ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co 4.1) ler 1Pedro 4.10.

(2)   O Véu:

1-      O Véu Inexpugnável: De acordo com autoridades em assuntos judaicos, nem um par de bois poderia rasgar o véu do Templo de Herodes, que era de material resistente e possuía cerca de 1º centímetros de espessura. Ao homem era impossível rasgá-lo; muito menos de cima para baixo. Só Deus poderia fazê-lo!

 

2-      O Véu Tipifica o Corpo do Senhor Jesus. O véu interior é tipo do corpo humano de Cristo (Mt 26.26; 27.50; Hb 10.20). Este véu, vedando a entrada ao Santíssimo, era um símbolo expressivo da verdade que “pelas obras da Lei nenhuma carne será justificada” (Hb 9.8; Rm 3.20).

3-      O Véu Rasgado: Rasgado por mão invisível quando Cristo morreu (Mt 27.51), dando assim acesso imediato a Deus para os que chegassem pela fé, significa o fim de todo o legalismo: o caminho para Deus ficou aberto.

4-      O Véu Remendado: É significativo que os sacerdotes devem ter remendado o véu que Deus rasgara, pois os serviços do templo continuaram por quase mais de 40anos. Esse véu remendado é o legalismo reprovado na Carta aos Gálatas, é a tentativa de colocar o crente sob o regime da Lei (Gl 1.6-9). Tudo que anuncia outra coisa a não ser “a graça de Deus” é “outro evangelho” e esta sob anátema.

A Lei e a Graça.

1)      Propósito da Lei:

  • Revelar o caráter excessivamente maligno do pecado (Rm 3.20; 7.7)
  • Revelar a santidade de Deus e sua lei (Lv 20.26; Rm 7.12)
  • Mostrar a impossibilidade do homem por si mesmo cumprir a Lei, e assim revelar a necessidade de um Salvador e Redentor – isto é, conduzir-nos a Cristo (Gl 3.24)

2)      Cristo, pois, é o fim da Lei (Rm 10.4). O mal dos judeus (e dos legalistas modernos), é que tiveram a lei como meio de salvação. A lei que os conduzia, chegou ao fim da sua viagem, mas eles permaneceram a bordo!

3)      Os fiéis de Deus do Antigo Testamento - Também foram salvos pela graça de Deus. (At 15.10,11)

4)      A Lei é baseada em Obras (Rm 10.5; Gl 3.10b). A Graça é baseada na fé (Ef 2.8; Gl 2.16). Em suma a Lei diz: “Fazei e Vivei” (Lv 18.5); a Graça diz: “Crede e vivei” (Jo 6.47)

5)      Jesus veio cumprir a Lei (Mt 5.17). No sentido de cumprir seus tipos, profecias, promessas, e completá-la (Mt 5.22,28, 32,39. 44). Como cidadão judeu exemplar, Jesus observou os ritos da Lei, é claro.

6)      A parte moral da Lei é eterna e universal. A parte pactual (entre Deus e Israel) era transitória, pois além de ter sido quebrada por eles (Jr 31.32), foi abolida por Cristo no Calvário (Ef 2.15; Cl 2.14-17)

7)      A Lei e a Graça: Não se confundem na Bíblia (Mt 9.16,17). Jesus é o caminho para Deus, não u’a mera continuação da Lei. É um novo e vivo caminho (Hb 10.20; Rm 6.14)

ü      A lei condena o melhor homem; a Graça salva o pior (Lc 23.43; 1 Tm 1.13-15)

ü      A Lei expressa a vontade de Deus; a Graça, a bondade de Deus.

ü      A lei não pôde aperfeiçoar cousa alguma; Jesus por sua graça, sim (Cl 2.10; Hb 10.20; Rm 6.14)

ü      Lei: Deus proibindo e exigindo (Êx 20.1-17) – Graça: Deus rogando e concedendo (2 Co 5.18-21)

ü      Ministério de condenação (Rm 3.19) – Graça: Ministério de perdão (Ef 1.7)

ü      A Lei condena (Gl 3.10) – A Graça redime da condenação (Gl 3.13; Dt 21.22,23)

ü      A Lei mata (Rm 7.9,11) – A Graça vivifica (Jo 10.10)

ü      A Lei fecha todas as bocas perante Deus (Gl 3.19) – A Graça abre as bocas para louvá-lO. (Rm 10.9, 10; Sl 107.2)

ü      A Lei põe uma grande distância de culpa entre o homem e Deus (Êx 20.18,19) – A Graça aproxima de Deus o homem culpado (Ef 2.13)

ü      A Lei diz “Olho por olho, dente por dente” (Êx 21.24) – A Graça diz: ”Não resistais ao perverso; mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” (Mt 5.39)

ü      A Lei diz: “Faze, e viverás” (Lc 10.28) – A Graça diz: “Crê, e viverás” (Jo 5.24)

ü      A Lei Condena totalmente o melhor dos homens (Fp 3.4-9) – A Graça justifica gratuitamente ao pior (Lc 23.34; Rm 5.6; 1 Tm 1.15; 1 Co 6.9-11).

ü      A Lei é um sistema de provação (Gl 3.23-25) – A Graça é um sistema de favor (Ef 2.4,5)

ü      A Lei apedreja uma adúltera (Dt 22.21) – A Graça diz: “Nem eu tampouco te condeno” (Jo 8.1,11)

ü      Na Lei a ovelha morre pelo pastor (1 Sm 7.9; Lv 4.32) – Na Graça o Pastor morre pela ovelha

ü      Na promulgação da Lei quase 3mil almas morreram – Na manifestação da Graça no dia de Pentecoste quase 3 mil almas foram salvas.

 

(3)   Virtude: Amor.

(4)   Frutificação: 100% (Jo15. 5; Mc 4.8)

(5)   Iluminação Espiritual – a Glória de Deus. No Santo dos Santos o crente é iluminado não apenas pela Palavra e pelo Espírito, mas também pela glória de Deus (Êx 40.34; 2 Co 3.18). No Santo dos Santos somos fortalecidos “com todo o poder, segundo a força da sua glória” (Cl 1.11)

  • A glória em Jesus (Mt 17.2)
  • A glória sobre Estevão (At 6.15; 7.2.55.56)

(6)   Jesus – Salvador, Cristo e Senhor. No Santíssimo Lugar o crente recebe Jesus como Senhor de toda a sua vida. (Fp 2.11). Nos estágios anteriores ele conheceu Jesus como o seu Salvador, depois como o seu Cristo, mas agora se submete ao seu pleno senhorio. Na época do Novo Testamento as pessoas ao chamar o Cezar de Senhor, estavam reconhecendo-o com um deus. A Palavra Senhor aplicada a Jesus, significa a sua Divindade.

(7)   Jesus o Caminho, a Verdade e a Vida: À medida que o crente avança em direção ao Santo dos Santos, ele tem um conhecimento cada vez maior dos atributos da Jesus.

(8)   Possui o Espírito, Jesus e o Pai. (Jo 14.23) Paulo, depois de falar da plenitude de Deus no crente em Efésios 3.19, escreve que o Pai está “em todos” (Ef 4.6)

(9)   É servo, amigo e irmão do Senhor. (Jo 15.15; 20.17)

  • Servo: Apenas recebe ordens, por obrigação.
  • Amigo: Serve por amor e sabe dos planos e razões do seu Senhor (Êx 33.11; Jo3. 29)
  • Irmão: Goza de privilégios ainda maiores (Gn 18.17.18; Sl 25.14; At 20.23)

Quais as características de “irmãos na Bíblia?”

1-      Devem amar (Jo 13.34; 15.12)

2-      Viver em concórdia (Gn 13.8; Sl 133)

3-      Perdoar (Gn 50.17; Mt 18.21)

4-      Visitar (At 15.36)

5-      Ser abnegado (2 Co 8)

6-      Restaurar os desgarrados (Gl 6.1)

7-      Admoestar (2 Ts 3.15)

(10)                Conhece Deus – Pai.

(11)                Festividade: No Santo dos Santos o crente celebra a terceira grande festa: a dos Tabernáculos (Lv 23.34; Dt 16.13). Esta maior festa dos judeus era realizada de 15 a 21 de Tisri, o sétimo mês do calendário religioso de Israel.

(12)                O Cristão no Lugar Santíssimo

  • Possui o poder do Espírito Santo (Lc 4.14; At 4.33; 10.38)
  • Conhece o Filho como Supremo Pastor (Jo 10.11)
  • O pai está nEle (Ef 4.6)
  • Celebra a Festa dos Tabernáculo (Jo 14.23)
  • Possui a luz da glória (2 Co 3.18)
  • É glorificado (Rm 8.30)
  • Dá muito fruto (Jo 15.5)
  • Sua frutificação é 100 por um (Mc 4.8)
  • É irmão do Senhor (Jo 20.17)
  • É adulto (1 Co 13.11)
  • É pai (1 Jo 2.13,14)
  • Possui a virtude da fé, da esperança e do amor (1 Co 13.13)
  • É vivificado, ressuscitado e elevado em Cristo (Ef 2.6)
  • É crucificado com Cristo (Gl 2.20)
  • Gloria-se na própria pessoa de Deus (Rm 5.11)
  • Sandálias do evangelho (Lc 15.22; Ef 6.15)
  • Seu viver é piedoso (Tt 2.12)
  • Sua consagração alcança o corpo (1 Ts 5.23)
  • A vontade de Deus é perfeita (Rm 12.2)
  • Seu sacrifício espiritual é agradável a Deus (Rm 12.1)
  • Possui as realizações do Pai (1 Co 12.6)
  • Batizado no Jordão (Js 4.22,23; Sl 66.6)
  • Bate (Mt 7.7,8)
  • Adoração (Jo 4.23)

 

  1.                                VI.      OS OBJETOS DO TABERNÁCULO

 

  1. 1.      A Descrição das Peças:  

 

(1)   As argolas e os varais: Que aparecem em todas as peças do tabernáculo, indicam o caráter ambulante desse santuário.

 

(2)   O Altar de Bronze. Também conhecido como “altar do Holocausto”, e “altar de transferência”, era a maior peça do Tabernáculo e apontava para a cruz de Cristo. O Altar era suficientemente grande para sobre ele serem imolados os animais do sacrifício. Media 2,50 x 2,50m x 1,50m, era feito de madeira de cetim revestida de bronze. Era oco e côncavo por dentro, para permitir a ventilação, e possuía uma grelha, quatro argolas para os varais de transporte, uma ponta (ou chifre) em cada canto, e diversas outras peças, como caldeiras para recolher as cinzas, tenazes, garfos, braseiros e varais. Esses chifres foram aspergidos com sangue (Lv 4.30; 8.15). Assim como Moisés derramou o sangue da vítima à base do altar (Lv 4.30), Jesus derramou a sua alma no Calvário (Is 53.12).

 

(3)   Chifres: Símbolo do poder. Desenvolveu-se entre os israelitas, o costume de recorrer a esses chifres do altar, a fim de escapar à vingança humana, considerando a pessoa protegida pelo poder divino (Êx 27.2)

 

(4)   Um altar Substituto? A Bíblia registra que o rei Acaz viu um altar em Damasco, fez uma planta e um modelo do mesmo e o mandou ao sacerdote Urias, o qual edificou o altar segundo tudo que o rei lhe havia ordenado, o rei sacrificou nele, removeu o altar do Senhor da sua posição original e o colocou ao lado do seu (1 Rs 16.10-15). Quantos estão substituindo a mensagem da cruz, por um outro “evangelho”? Estão agindo segundo doutrinas de homens e não de Deus. Quantos estão colocando as suas doutrinas, tradições e revelações em pé de igualdade com a Bíblia? Quantos estão tentando remover a doutrina Bíblica da sua posição original e a colocando de lado?

1- As Cinzas: As

 

(5)   A Bacia de Bronze. Simbolizando a Palavra de Deus, esta peça continha água na qual os sacerdotes teriam de lavar cada vez que ministrassem no altar de bronze (Hb 4.12,13).Tipo de Cristo purificador de toda a contaminação (Jo 13.2-10; Ef 5.25-27). É significante que o sacerdote não podia entrar no santuário depois de servir ao altar de bronze, até ter lavado as mãos e os pés. Para prosseguir na sua caminhada cristã, o crente precisa lavar-se no lavatório (Êx 38.8). – O Valor da Santificação:

  1. Lavar-se é renunciar: Com aquele gesto de doar os seus objetos de toalete, as mulheres estavam renunciando o mundo e a vaidade mundana (1 Jo 2.15-17). Aquelas mulheres sacrificavam a sua beleza artificial, exterior em busca da beleza interior.
  2. Maior limpeza, mais fruto: Jesus disse que a vara que dá fruto precisa de limpeza, para dar mais fruto (Sl 119.9).
  3. A Importância de Bronze; É impossível prosseguir a caminho do Santo dos Santos sem passar pela água, sem passar pela pia de bronze (Êx 30.17-21; Hb 12.14)
  4. A Santificação é aqui na terra: O fato de a bacia

 

(6)   A Mesa dos Pães da Proposição. Ou Mesa da presença, tinha um metro de comprimento por 50 centímetros de largura e 75 de altura. Sobre ela ficavam os 12 pães da presença, representando Todo o povo de Deus. Esses pães eram comidos pelos sacerdotes a cada sábado, e no mesmo dia substituídos. Este pão consagrado era para ser comido somente pelos sacerdotes, mas em certa ocasião Davi e seus companheiros o comeram (1 Sm 21.6; Mt 12.4), o que nos ensina que, em momentos de necessidade maior, o ritual pode ficar suspenso para que”o ungido de Deus” seja alimentado.Esses pães indicam a pessoa de Jesus como o Pão da Vida, o alimento espiritual do povo de Deus.

 

(7)   O Candelabro. Assim como nas moradias humanas há comida e luz artificial, Deus consentiu em haver as mesmas coisas na casa Dele. Porém visto que Deus não precisa comer o pão, isso era dado aos sacerdotes para seu sustento (Lv 24.9); e a luz do candeeiro, que pode falar de testemunho, faz-nos pensar que a luz que brilha no povo de Deus para a iluminação do mundo (Mt 5.14) brilha, ao mesmo tempo, perante Deus no seu santuário (Rm1. 9; 2 Co 2.15). O candelabro de ouro localizava-se no lado esquerdo de quem entrasse no Lugar Santo. Foi feito de ouro batido, e pesava cerca de 34 quilos. Ele indica a iluminação e a direção do Espírito Santo. Neste castiçal não se faz menção de outra coisa que não seja de ouro (Êx 25.36). As sete lâmpadas, as quais se acenderiam para alumiar diante dele, exprimem a perfeição da luz e energia do Espírito, baseadas e ligadas com a eficácia perfeita da obra de Cristo. Para o templo que construiu, Salomão colocou dez candelabros (1 Rs 7.49). No templo de Herodes, nos dias de Jesus, havia um só candelabro, segundo informa Josefo.

 

Em Roma foi construído o Arco do Triunfo, pelo imperador Tito em comemoração da captura de Jerusalém, uma escultura do sagrado castiçal dos judeus, tirado então, por suposto, do templo de Herodes, mas provavelmente, conservando o mesmo aspecto do castiçal primitivo do Tabernáculo.

 

 

(8)   O Altar de Ouro. Tipo de Cristo nosso intercessor (Jo 17.1-26; Hb 7.25) por quem nossas orações e louvores sobrem a Deus (Hb 13.15; Ap 8.3,4). Tipo também dos sacrifícios de culto e louvor dosa crentes-sacerdotes (Hb 13.15) Representando as nossas orações e a nossa adoração, o altar do incenso era uma peça de amadeira toda coberta de ouro. Embora o altar do incenso pertencesse ao santo dos Santos (Hb 9.5), ele foi posto diante do terceiro véu, no Lugar Santo, talvez tendo em vista a necessidade de os sacerdotes oferecerem nele, diariamente o incenso sagrado.

 

(9)   O Incenso – um tipo da oração (Êx 30.34-37; Ap 5.8):

 

1-      Incenso- Singular.

  • Era Único.
  • Era Sagrado.
  • Era Inimitável.

2-      Os elementos da Composição do Incenso:

 

  • Resina. Ou estoraque, era extraída sem incisão, espontaneamente, de um arbusto do mesmo nome. O nosso louvor e adoração devem ser espontâneos (Ez 44.16-18)
  • Onicha ou âmbar: Ou ainda craveiro. Extraído de um molusco marinho, ele nos ensina que a nossa oração ou louvor deve partir das profundezas da alma. (1 Sm 1.9-18) “Das profundezas clamo a ti, Senhor” (Sl 130.1)
  • Gálbano. Um arbusto do deserto. Suas folhas deviam ser quebradas para extração do perfume. A adoração deve brotar de um coração quebrantado e contrito (Sl 51.17) Stanley Jones registra a experiência de um escritor muito apreciado que orou pedindo o fim de seus muitos sofrimentos. Um amigo, ao ouvir as palavras da oração, pôs a mão sobre o ombro do escritor e disse-lhe: “Se esta oração for atendida, será o fim do seu estilo”. Paulo e Silas, como cordas distendidas pela cravelha do sofrimento, oravam e cantavam hinos no cárcere de Filipos. Tão alto subiram os seus louvores, que Deus enviou uma nota baixa – um terremoto – nascendo daí talvez a primeira igreja da Europa, uma igreja forte e cooperadora no Evangelho de Cristo.

3-      Incenso estranho: Incenso não feito segundo a ordem divina (Êx 30.9,34-38). E não oferecido por sacerdotes consagrados (Nm 16.40). É semelhante a oração que não é feita em Nome de Jesus (Jo 14.13) e repetida sem arrependimento e sem fé, sem o amor de Cristo e a esperançada salvação.

 

 

(10)                A Arca.

1-      O que era a Arca. Era uma peça de madeira de acácia toda revestida de ouro por dentro e por fora. Ela representava a base do trono de Deus, pois sobre ela ficava o propiciatório com os querubins da glória. Medidas: 125 centímetros de comprimento por 75 de largura e 75 de altura. Ela pertencia ao Santo dos Santos (Êx 26.33)

 

2-      Nomes da Arca.

  • Arca do testemunho (Êxodo 25.22)
  • Arca do concerto (Nm 10.33)
  • Arca do concerto do Senhor (Js 3.11)
  • Arca do Senhor (Jo 3.13)
  • Arca do concerto de Deus (Jz 20.27)
  • Arca do concerto do Senhor dos Exércitos (1 Sm 4.4)
  • Arca do Senhor Deus de Israel (1 Sm 5.7)
  • Arca do Senhor Deus (1 Rs 2.26)
  • Arca de nosso Deus (1Cr 13.3)
  • Arca de Deus, o Senhor (1 Cr 13.6)
  • Arca da tua força (2 Cr 6.41; Sl 132.8)
  • A santa arca (2Cr 35.3)

 

 

3-      A Posição da Arca. A Arca pertencia ao Santo dos Santos (Êx 26.33). Em Isaías 53.2 temos a humanidade de Jesus representada na acácia, madeira do deserto

 

4-      O Conteúdo da Arca.

  • As tábuas da Lei (Êx 25.16) Elas representavam a vontade de Deus para com o povo de Israel, elas apontavam para Jesus, que tinha feito a vontade de Deus (Sl 40.8) e também para o crente (Jr 31.33)
  • A vara de Arão (Nm 17.5-9). Fala da ressurreição de Cristo, e também de um ministério aprovado que dá flores e frutos.
  • O maná (Êx 16.32-34). Indica a provisão de Deus para o seu povo. Aponta para a pessoa de Jesus (Jo 6.58)

 

5-      Fatos Importantes sobre a Arca

  • Ela foi a frente deles até o meio do rio Jordão, fazendo com que as águas se detessem.
  • Era o ponto de reunião de Israel em todas as guerras de conquista de Canaã.
  • Era a garantia infalível do poder divino para onde quer que fosse.
  • A arca não deveria viajar para sempre. (Sl 132.8)
  • Ela esteve em repouso nos dias de Salomão (1 Rs 8.6-8). Havia chegado finalmente, para a arca, os tempos em que a areia do deserto deveria ser substituída pelo piso dourado do Templo (I Rs 6.30; 4.24,25)

6-      Os Significados.

1)      Ela apontava para o testemunho de Deus. E por isso indicava a pessoa de Jesus (Jo 5.36,37)

2)      Ela tipificava a presença de Deus com o seu povo (Êx 25.22; Mt 1.23).

3)      Ela pertencia ao Lugar Santíssimo, que por sua vez representa o céu (Hb 8.2; 9.24)

4)      Ela foi a primeira coisa mencionada por Deus quando ordenou a Moisés a construção do Tabernáculo (Êx 25.10; Cl 1.19,2; Hb 9.8)

(11)                O Propiciatório. Esta peça, feita de ouro representa o trono de Deus (Is 6.1). Era um trono de misericórdia, pois a palavra propiciatório significa “onde Deus nos é propício”, “nos é favorável” (1 Jo 2.2).

  • O propiciatório representa a Cristo (Rm 3.25)
  • O propiciatório era guardado pelos querubins, símbolo do poder de Deus (Gn 3.24) – Nos querubins resplandecia o fogo da glória de Deus, fazendo sombra sobre o propiciatório (Hb 9.5)
  • Deus aparecia sobre ele na nuvem (Lv 16.2). O propiciatório estava coberto pela nuvem no Dia da Expiação (Lv 16.13)
  • Deus falava de cima dele (Êx 25.22; Nm 7.8,9)
  • Foi aspergido com sangue (Lv 16.14,15)
  • Representa o trono da graça (Hb 4.16)
  • É no propiciatório que o Deus justo e o ser humano pecador se encontram como amigos e mantém mútua e plena comunhão, porque o sangue ali salpicado solucionou tudo para sempre. Tendo a justiça de Deus representada pelo conteúdo da arca, e a misericórdia de Deus representada pelo sangue aspergido no propiciatório, Deus pode ser perfeitamente glorificado, e o pecador pode ser perfeitamente salvo! Leia Sl 85.10,11.

3. Unção e Aspersão (Lv 8.10,11; Nm 19.4). O número de aspersões (sete) indica unção e aspersão plenas. Somente na pessoa de um Salvador ungido e crucificado pôde Deus habitar entre os homens. Jesus foi ungido no Jordão e aspergido no Calvário.                                                                       

 

A Escola de Deus no Deserto

 

“Deus transforma deserto em Oportunidades”

 

Deus fundou uma escola profissionalizante em pleno deserto! Com professores habilitados e capacitados. Com alunos dedicados e talentosos. Havia um mega projeto a ser realizado: A Construção de um Santuário portátil no deserto. Havia materiais diversos e disponíveis. Havia detalhes minuciosos a serem executados.

 

  1.                             VII.      OS ARTÍFICES DA OBRA DO TABERNÁCULO (Êx 31; 35 30-36.1 Leia também o Livro de Neemias)

 

Deus agora chama por nome os obreiros humanos que deviam levar adiante seus planos pelo poder do Espírito. Em Bezaleel, Judá vem à frente na obra do santuário, de acordo com o sentido do seu nome “na sombra de Deus”, e com a profecia de Jacó (Gn49.9,10). Dã fornece seu ajudante na pessoa de Aoliabe. Mas, além disso, Deus pôs nos corações de todos os homens hábeis (6) e os empregou na construção da sua morada.

  1. 1.      Bezaleel e Aoliabe:

(1)   Aqui se vê que toda a habilidade, a inteligência, o conhecimento e o artifício, ou seja, a perícia técnica estão nas mãos de Deus, para distribuir aos homens segundo lhe apraz.

(2)   Deus não somente capacitou os dois para fazerem o serviço, mas também para ensinarem outros a fazê-lo também. E aí aprendemos que:

1-      Deus chama homens para a sua obra. Cada membro do povo de Deus tem sua vocação individual e o Bom Pastor os conhece um por um (Jo 10.1-5)

2-      Deus capacita os chamados.

3-      A obra de Deus não é feita por ninguém sozinho. Deus colocou Aoliabe, ao lado de Bezaleel. Jesus enviou seus discípulos de dois em dois. Paulo tinha diversos cooperadores.

(3)   A inspiração através da plenitude do espírito Santo não é apenas algo de que se fala aos domingos, mas também deve nos tornar bons servos de Deus na vida quotidiana.

(4)   Há sacerdotes vocacionados e inspirados, e aqui temos operários, oficiais e técnicos igualmente inspirados para a obra da construção do tabernáculo e todas as peças descritas nos capítulos 25-27 e 30 de Êxodo.

  1. A Igreja também é um Projeto de Deus. “Edificarei” Jesus disse.
  2. 3.      A Igreja também é uma Construção (Ef. 2.22)

(1)   A Edificação conta com os meios da graça – As ferramentas que Deus usa para edificar a sua igreja:

  • Administração dos sacramentos: Batismo e Santa Ceia.
  • Comunhão dos santos.
  • Oração.
  • O usufruto da fé. (Jd 20)
  • A graça de Deus (At 20.32)
  • Os dons espirituais (1 Co 14.3,4)
  • O próprio crente (1 Ts 5.11)
  • O Amor (1 Co 8.1)

(2)   O Objetivo da Edificação: tem como objetivo fazer que com que o organismo (corpo místico de Cristo) sobreponha-se sempre à organização (igreja visível)

  1. O Alicerce principal é Jesus. Sem o fundamento não pode haver nenhuma verdadeira edificação. Mas embora não sejamos salvos pelas obras, somos “criados em Cristo Jesus, para as boas obras” (Ef 2.9,10), e estas obras são contempladas aqui como construção sobre o fundamento. (1 Co 3.14)
  2. Nós também somos construtores. A obra de Deus cresce quando nós trabalhamos unidos (Ne 3)
  3. Deus chama trabalhadores. Ainda há vagas (Mt 20.1-16)
  4. 7.      Segredos de uma Construção Espiritual de Sucesso:

(1)   Descobrir a vontade de Deus (Ne 2.11-20)

(2)   Considerar a sós (Ne 2.22-16)

(3)   Consultar (Ne 2.17,18)

(4)   Apresentar motivos (Ne 2.17,18)

(5)   Resolver energicamente (Ne 2.18)

(6)   Desprezar a zombaria (Ne 2.19-20)

  1. 8.      O método de trabalho (Ne 3)

(1)   Seguir bons líderes.

(2)   Utilizar vários talentos (3.8)

(3)   Prosseguir para um bom alvo.

(4)   Prestar atenção aos pormenores (3.6)

(5)   Não se desanimar com os rebeldes.

(6)   Dar a devida honra, segundo os feitos de cada um (Rm 13.6)

  1. O Material da Construção. Obras boas ou más são consideradas aqui como material bom ou inferior. Ouro, prata, pedras preciosas representam bom material, visto que resistirão ao fogo; enquanto madeira, feno, palha, que o fogo destrói, figuram má construção, doutrina errada, trabalho sem valor.

(1)   Ouro. Atos valiosos e duradouros. As coisa de procedência divina, as coisas celestiais, obras feitas em Deus, ou conforme a sua Palavra (Jó 22.23-25; Ap 22.18-21; Sl 119.10,11; Jo 3.21; 1Co 4.6)

(2)   Prata. Símbolo de redenção (Êx30. 11-16) Obras de Prata significam que foram feitas pela fé em Cristo, e não através da força natural do homem. Paulo disse que trabalhava pela graça de Deus (1 Co 15.10)

(3)   Pedras preciosas: Simbolizam o Espírito Santo dado pelo Senhor como adorno à sua Noiva (Jo 17.22), pois antigamente os noivos adornavam as noivas com jóias (Gn 24.22,53; Ct 1.10,11; 4.9). As obras figuradas por pedras preciosas significam que são feitas pelo poder do Espírito Santo (Rm 15.19; Fp3.3; Cl 1.29)

(4)   Madeira. Aquilo que em última análise, é efêmero e sem valor. Simbolizam as coisas humanas, pois cresce de “si mesma”.

(5)   Feno. Simboliza tudo que carece de renovação. É triste viver e trabalhar sem receber renovação.

(6)   Palha.  Significa a instabilidade, pois é muito fraca (Ef 4.14) “Que tem a palha com o trigo?” (Jr 23.28) Palha fala também de escravidão (Êx 5.7). Devemos, portanto, servir a Deus na liberdade do Espírito, e não em uma escravidão imposta por nós mesmos ou por outros.

  1. O Teste de Fogo: O fogo provará qual seja a obra de cada um. O fogo pode simbolizar a perscrutação do Senhor, cujos olhos são como chamas de fogo, perante o Tribunal de Cristo, onde todos os crentes comparecerão (Rm 14.10; 2 Co 5.10)
  • A natureza deste fogo: Este fogo dura apenas um dia, é futuro, não presente; Não purificador; Destrói doutrinas, não pessoas; Causa perda e não lucro.

 

  1. O Resultado da Construção.

(1)   Esta prova de doutrina e obra pelo fogo não afetam a salvação do crente; ainda que suas obras sejam destruídas, ele será salvo como pelo fogo.

(2)   Galardões: A salvação é um dom gratuito. A qualidade de nosso serviço é o critério. Os galardões são freqüentemente chamados de coroas (1 Co 9.25; 1 Ts 2.19; 2 Tm 4.8; Tg 1.12; 1Pd 5.4; Ap 2.10; 3.11; 4.4,10)

  1. 12.  Prestação de Contas: O Senhor nos julgará quanto à mordomia ou à administração:
  • Da nossa vida – espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23)
  • Da nossa vontade, pois nos deu livre-arbítrio (1 Co 6.12)
  • Do nosso tempo! (Ef 5.16)
  • Do nossos talentos (1 Pe 4.10)
  • Dos nossos bens (Lc 12.16-20)
  • Do trabalho que Ele nos entregou.
  1. 13.  Ensinamentos práticos – aprendemos que:

(1)   A cidade de Deus, e Seu Templo, têm a participação de todos os fiéis, tanto no desfrutar dos privilégios, como no seguir ao longo da caminhada dos deveres (1 Co 3.6-0; 14.26; 1 Pe 2.9)

(2)   Os líderes religiosos devem ser sempre os heróis e os inspiradores em qualquer obra valiosa e construtiva.

(3)   Que os fiéis levam a obra avante mesmo onde eles próprios não esperam desfrutar vantagens. (No livro de Neemias, foram os oradores de cidades distantes que estavam fortificando Jerusalém)

(4)   Os ricos e os poderosos devem ser os primeiros a empregar seus talentos e a sua influência na obra de Deus (Ne 3.9,12, 15)

(5)   Cada um deve ser fiel em melhorar a própria situação onde reside: cada um “defronte de sua casa” (Ne 3.10,23, 28 e 29)

(6)   Não podemos edificar de qualquer maneira. A Bíblia diz: “Veja como edifica” (1 Co 3.10).

(7)   Precisamos trabalhar com ferramentas adequadas! Tem muita gente trabalhando só com o cabo do machado!(2 Rs 6.1-7)

(8)   Quando nós abandonamos a obra de Deus, priorizamos os nossos interesses pessoais. Deixamos de prosperar: “Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado” (Ag 1.6)

(9)   O nosso trabalho tem uma recompensa (1 Co 15.58)

 

 

  1.                          VIII.      A CONSAGRAÇÃO DO TABERNÁCULO (Êx 35-40)
    1. A Construção do Tabernáculo (Êx35-39). Estes capítulos descrevem a construção do Tabernáculo, referindo-se: as cortinas, as tábuas, arca mesa, castiçal, altares, etc. Notemos:

(1)   A Contribuição dos materiais (Êx 35.4-9).

O que a Bíblia ensina sobre a Contribuição Cristã?

1-      A Contribuição Cristã deve ser voluntária (2 Co 8.3)

2-      A Contribuição Cristã deve ser uma entrega pessoal (2 Co 8.5).

3-      A Contribuição Cristã deve ser uma prática e um desejo (2 Co 8.10).

4-      A Contribuição Cristã deve ser de acordo com as nossas posses (2 Co 8.12).

5-      A Contribuição Cristã deve ser de boa vontade (2 Co 8.12).

6-      A Contribuição Cristã deve ser transparente (2 Co 8.20,21).

7-      A Contribuição Cristã deve ser com prontidão (2 Co 9.5).

8-      A Contribuição Cristã deve estar à altura do que desejamos colher (2 Co 9.6).

9-      A Contribuição Cristã deve ser conforme o propósito no coração.

10-  A Contribuição Cristã deve fazer parte de uma vida equilibrada (2 Co 8.7)

11-  A Contribuição Cristã deve ser sistemática (1 Co 16.2).

12-  A Contribuição Cristã deve ser com alegria.

13-  A Contribuição Cristã deve ser destinada principalmente a socorrer os irmãos na fé (Gl 6.10).

14-  A Contribuição Cristã é uma obrigação moral e sua falta mostra ausência do amor de Deus (1 Jo 3.17).

15-  A Contribuição Cristã tem como finalidade o afastamento dos crentes da miséria (2 Co 8.14).

16-  A Contribuição Cristã deve motivar um espírito de gratidão (2 Co 8)

 

(2)   O Trabalho (35.10), não somente dos dois artífices principais, mas de todo homem hábil, cooperando as mulheres também (35.25).

(3)   E nós ainda podemos contribuir e trabalhar para a construção do templo espiritual do Senhor.

  1. A Ordem Divina: Deus manda levantar o Tabernáculo, e Ele escolhe o dia da inauguração exatamente depois de ter completado um ano desde a saída do Egito (17). Tudo está posto no seu devido lugar, e o véu dividindo o Santo do Santíssimo.
  2. As Partes e o Todo Harmonioso: É evidente que o conjunto harmonioso de todo o Tabernáculo dependia de cada tábua, cada cortina estar no seu lugar. E é assim com a Casa de Deus hoje? Um só crente que não esteja no seu lugar junto com os outros, faz falta, e a casa está defeituosa.
  3. O Piso do Tabernáculo: O Teto era de cortinas, as paredes de madeiras revestidas de ouro, e o piso? O piso era de areia. O significado é que o povo de Deus está numa viagem pelo deserto, o qual nada tem a oferecer à nova vida do cristão. A caravana prossegue. Há dificuldades, tristezas e desapontamentos, enfermidades e morte à nossa volta. Mas não estamos sós, “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.18-20)
  4. A Cobertura. As figuras que temos aqui são expressivas. A cobertura “de linho fino torcido, de púrpura violácea, vermelho e carmesim”, com figuras de querubins, apontam para a perfeita harmonia da pessoa de Jesus.

(1)   As cortinas estavam dispostas em dois grupos de cinco peças cada. A união desses dois grupos era feita de colchetes de ouro aplicados a cada um dos 50 pares de presilhas. Em Jesus acentua-se o equilíbrio, tanto nos seus ensinos como nas suas obras. Ele realizou milagres de formas tão diferentes e variadas, de modo a não estabelecer um padrão fixos ou uma receita mágica a ser seguida por nós. Cada vez que ele operava um milagre, usava uma forma distinta. A graça de Deus é multiforme.

(2)   As cortinas simbolizam a nossa fidelidade. O número 11, que vem a ser o número do colégio apostólico menos o traidor Judas Iscariotes, é o que indica fidelidade. As onze cortinas requerem a nossa fidelidade

(3)   As cortinas simbolizam a nossa união. É impossível ser cristão verdadeiro e alimentar desunião, inimizade, ou viver isoladamente.

(4)   As cortinas indicam a graça de Deus sobre os homens. A junção desses dois grupos de cortinas, um de cinco e outro de seis, revela o efeito da graça divina no homem, simbolizado pelo número seis. (1 Co 15.10)

(5)   As cortinas falam-nos de renúncia: A pessoa que entrassem no Tabernáculo e olhasse para cima não veria a cortina de pêlos de cabra, mas a de linho fino torcido, que indica a Cristo. A cortina de pêlos de cabra não podia ser vista. Estava lá fora. Assim aqueles que contemplam o cristianismo do lado de fora, nenhum atrativo podem notar. As belezas de Cristo estão ocultas, somente podem contemplá-las, aqueles que entram no santuário de Deus.

  1. Separação: Afinal “erigiu o átrio ao redor do tabernáculo e do altar, e pendurou o anteparo da porta do átrio” (33). O átrio separava a Casa de Deus do arraial de Israel, como a Igreja de Deus hoje deve estar separada do mundo em redor.
  2. 7.      O que a Bíblia ensina sobre a Posição da Igreja Perante o mundo?

(1)   A Igreja está no mundo – Mas o mundo não pode estar na Igreja (Jo 17.11)

(2)   A Igreja não pertence ao mundo (Jo 17.16). Ela pertence a Jesus (Mt 16.18)

(3)   A Igreja não deve ser associar-se com o mundo (1 Jo 2.15)

(4)   O envolvimento da Igreja com o mundo, chama-se adultério espiritual (Tg 4.4)

(5)   O mundo deve estar crucificado para com a Igreja, tanto quanto a Igreja deve estar crucificada para com o mundo (Gl 6.14)

(6)   A Igreja deve exercer uma influência sobre o mundo – que tipo de influência?

1-      Como o sal da terra.

  • O sal apenas é usado sobre o que está morto. O mundo está espiritualmente morto.
  • O sal é usado para preservar. A Igreja é a agência espiritual de Deus que preserva os valores morais da Bíblia. Os valores morais da Bíblia são:
  • O sal é usado para temperar. Sem a presença da igreja o mundo já teria a muito perdido o sentido da existência.
  • O sal é elemento essencial. Quando não há sal todos notam. A presença da Igreja neste mundo deve fazer a diferença!
  • O sal deve agir na medida certa. Pouco sal, a comida fica sem sabor. Sal em excesso, a comida fica indigesta. Tenha equilíbrio!
  • O sal age melhor quando invisível. Se o sal ficar visível sobre o alimento, este ficará salgado. O sal realça o sabor, mas ele mesmo não deve ser visto. Quem tem que aparecer não é o pastor, nem o pregador, nem o conferencista, nem o músico, nem o cantor, etc... Jesus é que deve ser notado, glorificado e adorado!!!
  • O sal deve provocar sede! É muito bom quando as pessoas querem nos ouvir novamente, é sinal que provocamos nelas – a sede de Deus. É mal quando sinal, quando as pessoas enjoam do pregador. Há pregadores que cansam a igreja, cansam os ouvintes, e cansam até a Deus (Is 1.14). O mesmo se pode dizer de alguns cultos. São uma canseira e sofrimento até para Deus!!! Leia Isaías 1.10-17
  • O sal deve se misturar no alimento, sem perder as suas propriedades. Caso ele as perca, não servirá para mais nada. A igreja deve agir na sociedade – MAS NÃO PODE PERDER A SUA IDENTIDADE.!!!!

2-      Como a Luz do mundo.

  • A luz se projeta sobre todas as coisas, mas não se contamina por nenhuma delas. Assim deve ser a igreja se misturando no mundo, mas preservando a sua natureza santa. Não podemos viver isolados, como os fariseus – precisamos interagir com as pessoas. Mas não esqueçamos as nossas raízes. Daniel e seus amigos, mudaram de país, mudaram de nomes, mas não mudaram a sua fidelidade a Deus, no meio daquela geração idólatra.
  • A Igreja deve iluminar – o mundo está em trevas.
  • A Igreja deve trazer a proteção.
  • A Igreja deve aquecer. A luz transmite calor. A temperatura da igreja deve ser quente. Deus não aceita o crente morno – o que se caracteriza por uma vida dividida entre Deus e o mundo. Entre a santidade e o pecado. Entre a verdade e a mentira. Saia de cima do muro e assuma a sua posição de cristão autêntico.
  1. Sem repouso: O trabalho do Tabernáculo era constante, milhares de sacrifícios se realizam todos os dias, os sacerdotes não tinham tempo para descansar, por isso no santuário não existia cadeiras (1 Rs 8.63;Hb 10.11). Porém,visto que Jesus ofereceu um sacrifício Eficaz, Eterno, Singular – agora Ele está assentado á destra de Deus (Hb 9.26; 10.12)

(1)   Antes, um sacerdote terreno – Agora, o Sacerdote celestial.

(2)   Antes, um sacrifício animal – Agora, o Cordeiro de Deus.

(3)   Antes, muitos sacrifícios – Agora, somente Um.

(4)   Antes, muitas ofertas repetidas – Agora, uma só oferta.

(5)   Antes, de pé – Agora, sentado.

(6)   Antes, nunca se concluía- Agora, está consumado para sempre.

(7)   Antes, não se removia pecados – Agora, remissão completa.

(8)   Antes, o perdão era temporário – Agora, o perdão é total, de uma vez por todas.

O Senhor Jesus está sentado, Ele descansa (Hb 1.3) Ele entrou em Seu repouso (Hb 4.10). Na cruz, depois das três horas de sofrimento amargo, Ele exclamou: ESTÁ CONSUMADO!

  1. A Glória do Senhor: Encheu o Tabernáculo, e sem isso toda a riqueza de ouro, púrpura e linho fino de nada valia. O Tabernáculo, havendo sido construído de acordo com o modelo divino, foi enchido da divina glória, mas somente depois de ter sido espargido com sangue precioso (Nm19.4), e ungido de azeite santo (Lv 3.10).
  2. Na Dispensação da Graça: Somente na Pessoa de um Salvador crucificado e ungido, pode Deus habitar entre os homens. “O que a glória divina era para o Tabernáculo e o Templo, é o Espírito Santo para o “santo templo” que é a Igreja, como também para esse “templo” que é o corpo do crente (1 Co 6.19)
  3. A Glória de Deus. Houve manifestação da glória de Deus, quando Moisés levantou o Tabernáculo. Davi planejou a edificação do Templo e reuniu os materiais necessários. Mas foi Salomão, seu sucessor, que o erigiu ( 1 Cr 29.1,2) E Deus manifestou a sua glória.Assim também, Jesus planejou a Igreja durante seu ministério terreno (Mt 16.18). Preparou os materiais humanos, porém deixou ao seu sucessor e representante, o Espírito Santo, o trabalho de erigi-la. Foi no dia de Pentecoste que esse templo espiritual foi construído e cheio da glória do Senhor (Êx40.34,35; 1 Rs 8.10,11; Ef 2.20)

 

  1.                                IX.      A RESTAURAÇÃO DO TABERNÁCULO DE DAVI

Deus prometeu levantar o Tabernáculo de Davi, e isto significa que o louvor e a adoração seriam restaurados (Am 9.11; At 15.16,17)

  1. No Século XVI, com a Reforma Protestante, a verdade acerca do sacerdócio universal dos crentes foi restaurada, o que aponta para o altar do holocausto.
  2. Dois séculos mais tarde, surge Wesley com o Metodismo, restaurando à Igreja Cristã a doutrina da santificação, simbolizada na pia de bronze.
  3. Depois, em fins do século XIX e início do XX, tivemos a restauração da doutrina pentecostal representada no candelabro.
  4. Em nossos dias, como resultado do último despertamento espiritual, estamos assistindo ao levantamento da Tenda de Davi.  Preocupado com a arca da aliança, o rei e poeta de Israel construiu uma tenda em Jerusalém e introduziu nela a arca. Depois organizou cantores e preparou músicos para adorarem o Criador. O fato de Deus prometer levantar o Tabernáculo de Davi, e não o de Moisés revela seu interesse em restaurar a adoração e o louvor, que só a Ele pertencem.

 

  1.                                   X.      O SACERDÓCIO

O propósito do sacerdócio era servir a Deus “a fim de que me sirvam no ofício sacerdotal” (Êx 29.1). Para o serviço ser aceitável, era preciso haver sacrifício, e o sangue ser aplicado na orelha, no dedo polegar e no pé –Santificação no ouvir,no trabalhar e no andar – santificação da cabeça aos pés! – A obra expiatória de Cristo aplicada a todas as nossas atividades. Além da expiação, tinha de haver purificação (Jo 13.10; Tg 3.5).

Os servos de Deus deviam ser revestidos dignamente. O aspecto exterior, é evidente, havia de ser o que Deus pudesse aprovar.

Os sacerdotes eram nutridos com a carne dos sacrifícios (Êx 29.28;Jo 6.54-56)

Expiação: A palavra hebraica “Kaphar” geralmente traduzida por expiação significa “cobrir”. Segundo o ensino bíblico, o sacrifício prescrito pela Lei “cobria” o pecado do ofertante e conseguia o perdão divino.Deus cobriu ou “deixou de lado” (Rm 3.25) o pecado, na perspectiva do sacrifício de Cristo, porque “não era possível que o sangue de touros e de bodes tirasse pecados” (Hb 10.4). Apalavra não se encontra no N.T.

 

  1. 1.      Definição – O que é um sacerdote?
  • Em Hebreus 5.1-3 temos uma definição do ofício sacerdotal: Um sacerdote é “constituído a favor dos homens nas coisas pertencentes a Deus”, isto é, ele entra na presença de Deus a favor dos homens.
  1. Pré-Requisitos para o sacerdócio: “Para que o homem de Deus seja perfeito...” (2 Tm 3.17). Para servir no Evangelho com pureza espiritual, como os sacerdotes da antiga aliança, o pastor não pode apresentar nenhuma deformidade como descrita em levítico 21.18-20. Estas imperfeições são caracterizadas espiritualmente:

(1)   Cego. A cegueira diz respeito à falta de visão, e os que não podem ver aquilo que é divino, não podem servir à obra (Ap 3.18)

(2)   Coxo. São os que não possuem andar firme e que por isso mesmo não oferecem nenhuma firmeza, não podendo confiar em tais pessoas (Hb 12.12)

(3)   Nariz chato. Defeito dos mais visíveis, e certamente se refere aos que entram em questões alheias (1 Pe 4.15)

(4)   Membros demasiadamente compridos. Dando-se sentido espiritual aos que possuem essa deformidade física, refere-se aos que crescem inconvenientemente fora da graça e adquirem todas as deformidades (Tt 1.11; 2 Tm 4.14)

(5)   Pe quebrado. Assim como aquele que tem o pé quebrado e está impossibilitado de andar, espiritualmente refere-se aos que não Adam dignamente na presença de Deus (Ef 4.1)

(6)   Mão quebrada. Significa a inatividade de servir, de trabalhar. Espiritualmente, é desolador ter as mãos quebradas para o serviço do Senhor e, em especial, no servir a Deus com o dízimo (Ml 3.10)

(7)   Corcunda. Os que sofrem desse defeito não têm condições de olhar para cima, mas somente para baixo, e no sentido espiritual são os que não buscam as coisas que são de cima (Cl 3.1) Mas somente o que é desta vida (1 Tm 6.9,10; Lc 12.17-21) O ministério está cheio de corcundas!

(8)   Anão. São os que não crescem, e no campo espiritual simbolizam os que não crescem convenientemente no conhecimento de Cristo (2 Pe 3.18; Hb 5.13,14)

(9)   Belida no olho. A belida no olho é uma névoa ou mancha esbranquiçada na córnea do olho, e que pouco a pouco vai enfraquecendo a visão. Os que têm visão curta somente vêem as coisas que estão perto. Assim é com os que só enxergam o que está ao seu redor, isto é, têm visão curta da obra de Deus, e o pastorado de sua igreja é um fracasso (2 Pe 1.4-9; Ap 3.18)

(10)          Sarna. A sarna é uma afecção cutânea contagiosa, parasitária e que fala naturalmente dos que contaminam os outros (Tt 1.10,15; Jd 17,19; Is 59.3)

(11)          Impigens. As impigens são um mal estático, imóvel, e representam as impurezas de mente e de coração (Tt 1.15; Lc 11.39-41; Sl 24.3,4; Ef 5.3,5)

(12)          Quebradura. Fala dos defeitos ocultos na vida da criatura, são roturas e quebraduras internas. Em tais pessoas não se pode confiar, visto que são prejudicadas da graça (Fp 3.17-19; Rm 16.17,18)

  1. 3.      A Separação dos Sacerdotes.

(1)   A Igreja deve ser como um sacerdócio, a fim de oferecer sacrifícios espirituais a Deus (1Pe 2.5)

(2)   Os sacerdotes precisavam ser parentes do sumo-sacerdote e vestirem-se formosamente (Hb 2.11). Eles haviam de ser revestidos exteriormente com “vestiduras, para glória e formosura”. O crente renascido que é bem “revestido de Cristo” pode melhor oferecer sacrifícios de louvor (Hb 13.15). O crente tem de pertencer à família de Cristo pelo novo nascimento, e de estar vestido com vestes de justiça e de glória, Jesus deixou isso bem claro na parábola das bodas (Mt 22.12). O Novo nascimento é a veste nupcial do crente (Jo 3.5-7). A mesma lição aprendemos da parábola do filho pródigo, onde o pai provê primeiramente o melhor vestido para aquele que se arrependerá e voltara ao lar paterno.

(3)   Os sacerdotes eram constituídos em favor dos homens nas coisas pertencentes a Deus. Os crentes, como sacerdotes, também entram na presença de Deus em favor dos homens. O sacerdócio universal dos crentes foi uma das doutrinas basilares da Reforma Protestante.

  1. 4.      A Consagração dos sacerdotes.

(1)   Preparativos para a Consagração.

1-      Cristo não é sacerdote para o mundo, mas para a Igreja (Jo 17.9,20)

2-      Os sacerdotes não se consagravam a si mesmos. Eles são consagrados por outrem (Rm 12.1)

3-      Os sacerdotes tinham de ser lavados com água

  • A água simboliza purificação. (Is 52.11; Jo 13.10; 2 Co 7.1)
  • A água simboliza batismo (Mt 3.14,15)

4-      A Consagração de Aarão:

  • Aarão foi primeiramente lavado e depois ungido (Êx 29.7) – Jesus, seguindo a ordem da consagração dos sacerdotes, foi primeiro batizado na águas, e depois ungido com o Espírito Santo (Mt 3.16; Sl 133.1,2)
  • A unção do sumo sacerdote indicava que ele havia de estar cheio do Espírito Santo para edificação e alegria do povo

(2)   O Bezerro da Consagração (Êx 29.10)

1-      Jesus identificou-se conosco. O bezerro aponta para a pessoa de Jesus como o servo sofredor, cheio de mansidão. O fato de Aarão e seus filhos porem as mãos sobre a vítima indica a sua identificação com ela.

2-      Jesus sacrificou-se por nós (Êx 29.11-13).

3-      Jesus comprou-nos com o seu sangue. O bezerro degolado, cujo sangue derramava-se à base do altar, aponta para Jesus (Is 53.12; Lv 17.11)

4-      Jesus deixou-se consumir por amor a nós. As entranhas do animal eram queimadas sobre o altar, dentro do arraial. Jesus deixou-se gastar em favor do seu povo de Israel.

5-      Jesus morreu por todos os homens. O restante do bezerro, como a carne, apele, o esterco, etc, tudo deveria ser queimado fora do arraial, por ser oferta pelo pecado (Êx 29.14; Hb 13.11,15, 16)

(3)   Os carneiros da Consagração.

1-      O primeiro Carneiro: Depois de imporem as mãos sobre o primeiro carneiro, que é um tipo de Cristo como ofertante, degolam-no, partem-no em pedaços, lavam-lhes as entranhas e pernas e em seguida queimaram-no totalmente (Êx 29.15-18). As entranhas e as pernas lavadas com água, falam da plena santidade de Cristo, tanto íntima como exteriormente (Hb 13.20,21)

2-      O Segundo Carneiro: Tipo de Cristo como oferta – o qual, mediante imposição de mãos, era degolado, e com o seu sangue ungia-se a orelha direita e o dedo polegar da mão e do pé direito de Aarão e de seus filhos (Êx 29.19-2)

  • Unção da orelha. Indica que os ouvidos dos sacerdotes estavam ungidos e prontos para ouvir a Palavra de Deus.
  • Unção do polegar da mão. Indica a prática do bem.
  • Unção do polegar do pé. Indica preparação para andar pelo caminho reto.
  • Unção do lado direito. Os identifica como os escolhidos de Cristo (Mt 25.33,34)
  • Unção da orelha à ponta dos dedos dos pés: Indica as extremidades do corpo, nos ensina que devemos entregar toda a nossa vida a serviço de Deus (Sl 103.1,2)
  1. 5.      O Alimento dos Sacerdotes.

(1)   Graça, afetos e poder (Êx 29.22).

  • O crente, como sacerdote, alimenta-se da graça de Deus representada pelas gorduras,
  • Dos afetos de Cristo simbolizados pelas entranhas do animal, e,
  • Vence pela força dos ombros de Cristo.

(2)   Pão vivo, descido do céu (Êx 29.23-25) Esses alimentos sem levedura, que eram inteiramente consumidos sobre o holocausto, indicam o Senhor Jesus como o Pão Vivo e Santo.

 

  1. 6.      As Veste Sacerdotais:

A ocupação dos sacerdotes era servir a Deus (Êx 28.1) e a dos levitas, servir aos sacerdotes (Nm 3.5-9; 9.19). No cristianismo, toda a igreja local deve ser como um sacerdócio santo, a fim de oferecer sacrifícios espirituais (1 Pe 2.5) e os crentes que têm ministério de proveito e ajudam os “sacerdotes” no seu serviço espiritual são comparados aos levitas do Velho Testamento. As roupas santas apontavam para a justiça de Cristo (Ap 19.8) e indicam que os sacerdotes eram homens ativos e preparados para a obra de Deus.

(1)   A Túnica (Êx 28.39) A túnica de linho fino era uma peça interior, representando o evangelho, que não pode ser partido ou fragmentado (Jo 19.23,24).

(2)   A Sobrepeliz (Êx 28.6-12). O manto do éfode, ou sobrepeliz, era uma peça curta, feita em azul, usada por baixo da estola. Possuía uma abertura para a cabeça e era bordada com romãs em azul, púrpura e carmesim. Era entretecida com fios de ouro (Êx 39.3) o ouro fala da glória celestial. Havia também campainhas de ouro entre uma Romã e outra (Êx 28.31-35)

  • Os frutos só podem surgir de uma vida redimida (carmesim), santificada (fundo branco), glorificada (a púrpura) e assentadas nos lugares celestiais (o azul) Leia Ef 2.5,6.
  • As campainhas de ouro, que falam da adoração, ou glorificação, estão acompanhadas das romãs, um tipo da frutificação. O verdadeiro louvor e a verdadeira adoração só acontecem, só se tornam efetivos, quando há frutificação. Era o sinal audível para que o sacerdote não ousasse entrar no santuário sem estar vestido com as vestes da consagração sacerdotal:para que o povo, fora, no átrio, soubesse que o seu sacerdote estava ali cumprindo as várias partes do culto, sem ter morrido naquele lugar tão sagrado, por causa dos pecados da nação.

(3)   O Éfode era a parte das vestimentas sacerdotais que ia sobre os ombros do sumo sacerdote e nele havia duas pedras de ônix, cada uma gravada com os nomes de seis tribos de Israel. Estava dividida em duas partes: frente e costas, unidas por duas pedras. Sobre seus ombros Jesus suporta com o seu poder todo o seu povo, é como faz o bom pastor, que traz a ovelha sobre seus ombros quando a leva para casa.

(4)   O Peitoral. Era quadrado, e também entretecido com fios de ouro.No peitoral havia as doze pedras diferentes, cada uma com o nome de uma das tribos. Assim vemos a totalidade do povo de Deus revelada nos ombros do sumo-sacerdote e no lugar de poder – e, individualmente, cada tribo com uma distinta preciosidade atribuída, e levada no peitoral “sobre seu coração” (Êx 28.30) no lugar de afeição. Jesus disse: “Como o pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor” (Jo 15.9) “Quem nos separará do amor de Cristo?” (Rm 8.35)

O significado tipológico dessas pedras:

  • Aqui, cada nome está gravado numa pedra separada. Não é como nas ombreiras, onde havia duas pedras iguais. Aqui são doze pedras diferentes. Aquelas simbolizam a nação como um todo; estas têm cada nome gravado numa pedra à parte. O Senhor Jesus suporta a Igreja em sua totalidade (nos ombros); mas Ele também sabe o nome de cada um dos Seus ( o peitoral).
  • Uma pedra preciosa possui a capacidade de refletir a luz que sobre ela incide. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12).Nós também devemos ser Luz do mundo (Mt 5.14-16)
  • Todo o povo de Deus, tanto o menor como o maior, é levado à presença de Deus nos ombros e no peito de Jesus. A igreja descansa no poder de Jesus, representado pelos ombros, e no amor de Jesus, representado pelo peito do sumo sacerdote.
  • Os judeus eram representados através do sumo sacerdote. A igreja é representada por Jesus.
  • A cidade celeste se fundamenta sobre pedras preciosas com os nomes gravados dos apóstolos de Cristo (Ap 21.14,19,20)
  • Deus nos vê sobre o coração de Jesus (1 Co 3.18)
  • O mundo não pode perceber a glória que as pedras preciosas possuem, mas Deus sim. O mundo, ao olhar para nós, não pode ver nada além de nossas imperfeições e defeitos, e por isso o juízos dele a nosso respeito é sempre falso e parcial. Mas Deus no vê como jóias brilhantes, de grande valor, uma vez que fomos comprados pelo preço incalculável do preciso sangue de Cristo (Ml 3.17,18; 1Jo 3.2)
  • Uma vez que você é salvo, seu nome é conhecido no céu. Mas isto não vale para os incrédulos. Pela Escritura, entendemos que o nome deles é desconhecido por Deus. Considere a história do home rico em Lucas 16. Seu nome nem é mencionado. Lázaro, sim; seu nome significa “Deus é o meu amparo”. Era desconhecido na terra, porém bem conhecido no céu.
  • Os nomes dos crentes foram gravados: nunca mais podem ser apagados.

 

(5)   Urim e Tumim.

  • “Urim e Tumim” significam ‘luzes e perfeição’. Eram usados para saber a vontade divina em certos casos difíceis (Nm 27.21; Dt 33.8; 1 Sm 28.6; Ed 2.63)
  • Quando alguém tinha de tomar uma decisão importante e não sabia claramente o que Deus queria que fizesse, ele ia ao sumo sacerdote. Este, por meio dos Urim e Tumim, podia dizer qual era a vontade de Deus. Por meio deles, Deus respondia à pergunta e a pessoa recebia luz perfeita sobre como agir.
  • Estavam no peitoral do juízo (Êx 28.30). Que linda figura! Jesus leva o nosso julgamento sobre seu coração diante do Senhor!
  • O nosso Sumo Sacerdote está no céu, e mediante oração temos comunicação direta com Ele.

(6)   O Cinto (Êx 28.8,28)

  • É um tipo da verdade. A figura do cinto foi usada pelos escritores do Novo Testamento (1 Pe 1.13; Ef 6.14). A verdade confere estabilidade ao caráter, unindo todas as virtudes. A Palavra de Deus impõe disciplina, prudência e modifica a nossa maneira de andar e viver (Tt 2.12,13).
  • Fala também de trabalho e vigilância (Jo 13.4,5; Lc 12.35,42 e 43)

(7)   Calções de Linho. Cobriam dos lombos às coxas, e indicavam que todo o serviço devia ser espontâneo (Êx 28.42; Ez 44.18)

(8)   A Mitra (Êx 28.36-38). Era um turbante de linho, apropriado para cobrir a cabeça do sumo sacerdote, que tinha, na parte dianteira, uma placa de ouro com a inscrição: “santidade ao Senhor”.Paulo escreve: “Tomai também o capacete da salvação” (Ef 6.17)

O Sumo Sacerdote não podia se apresentar diante de Deus sem estar assim adequadamente vestido. E você como está a sua vestes? “e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu. Então ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 22.13)

“Bem aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.” (Ap 22.14)

Se você não tem veste dignas, se volte agora para Deus, Ele tem para você “o melhor vestido... um anel...e sandálias” (Lc 15.22)

 

  1. 7.      O Sacerdócio de Jesus

(1)   Segundo a Ordem de Melquisedeque. O sacerdócio de Jesus é segundo a ordem de Melquisedeque e não de Aarão. Somente o sacerdócio de Melquisedeque foi constituído com juramento (Hb 7.20,21; Sl 110.4)

(2)   O Sacerdócio de Melquisedeque era superior ao sacerdócio de Aarão.

1-      Recebeu dízimos de Abraão, e tomando em conta a solidariedade entre filhos e pais, também de Levi.

2-      Melquisedeque abençoou a Abraão (Hb 7.6,7)

3-      O texto bíblico não fala da morte de Melquisedeque. Neste ponto, ele tem a dignidade de ser comparado a Cristo, sacerdote eterno “sem princípio de dias nem fim de existência”

(3)   A Superioridade do Sacerdócio de Jesus sobre o sacerdócio levítico.

1-      As Exigências do sacerdócio Levítico

  • Humanidade.
  • Ser escolhido por Deus.
  • Ser representante dos homens.
  • Oferecer dons e sacrifícios.

Cristo cumpriu plenamente todas elas.

2-      Mudança de sacerdócio – mudanças de leis (Hb 7.12): A implicação na mudança do sacerdócio é que a lei que controlava as cerimônias judaicas forçosamente mudará também.

3-      Um sacerdócio Eterno. O sacerdócio levítico era constantemente substituído por causa da morte. O Sacerdócio de Jesus é Singular e Eterno- Ele venceu a morte (Hb 7.23,24)

4-      O Caráter de Jesus como Sumo Sacerdote:

  • Ele responde por nós no julgamento.
  • Ele é santo – separado dos pecadores. (Hb 4.15)
  • Ele é inculpável (Lc 23.14,22; Jo 8.46)
  • Ele é Imaculável (Hb 9.14)

 

5-      Um sacrifício Ímpar. A cruz de Cristo marca o sacrifício ímpar, ponto central do plano salvador dentro da história humana. Fecha o período longo da preparação (Hb 1.1,2; Gl 4.4;Rm 3.26) e inaugura a nova era escatológica. Toda a esperança de salvação flui do sacrifício de Cristo oferecido uma vez para sempre. Cristo é incomparável em glória e serviço (Hb 8.1-13)

6-      Um Mediador Singular. Cristo é o único mediador, sendo que Ele é verdadeiro homem e verdadeiro Deus (Jo m9.33), capaz de realizar a Nova Aliança.

7-      Uma Aliança Singular.

  • Foi anunciada pelos profetas (Jr 31.31-34)
  • É nova (Kainos) não apenas em tempo mas em qualidade.
  • Abrange maior amplidão – não somente Judá, mas Israel – as dez tribos que se misturaram com os gentios (Rm 9.24-27).
  • Realiza transformação interior (Hb 9.10).
  • Não apenas conformidade exterior com as leis.
  • Oferece perdão total, não cobertura passageira (Hb 9.12)

 

8-      O Sangue do Cordeiro de Deus (Hb 9.10-10.18)

O trecho de Hb 9.10-10.18, apresenta as características do sacrifício de Cristo. Infinitamente superior aos sacrifícios do A.T, o sangue de Cristo:

  • É pessoal, não animal (9.13)
  • É purificador da consciência do crente ( 1 Pe 3.21)
  • É definitivo, uma vez para sempre (9.25,26)
  • Foi oferecido no Tabernáculo Celestial (Hb 9.24)
  • Foi sacrifício voluntário (9.14; Jo 10.17)
  • Foi realizado pelo seu Espírito Eterno (9.14; 1Pe 3.18)
  • É eficaz para sempre (10.11)

9-      Um Tabernáculo Singular (Hb 9.11) Uma referência ao corpo de Cristo, que nos permite aproximar de Deus (Jo 14.6,9; Ap 21.22)

 

  1.                                XI.      AS FESTAS DOS JUDEUS
    1. 1.      A Páscoa.

(1)   Análise de Êxodo 12.

1- (12.2). O verdadeiro aniversário do povo de Deus. Pode-se ver neste capítulo as instruções para a saído do Egito, junto com as instruções de celebrar a Páscoa dali em diante. É como o ato de Cristo, ao fazer os discípulos participarem com Ele da última ceia, e, ao mesmo tempo, deixar-lhes uma cerimônia sagrada, que seria a Nova Páscoa até a Sua vinda (1 Co 11.23-32; Lc 22.14-20)

(2)   Páscoa. – A Primeira Celebração (Êx 23.14). Aponta para o Cordeiro de Deus na Cruz, corresponde ao Novo Nascimento. Em Cristo somos novas criaturas, compradas por seu preciso sangue.

(3)   Ervas Amargas (12.8) Certos congêneres da alface. Talvez por falta de meios de cozinhar e temperar, ou talvez pela necessidade de recolher ervas do campo, em vez de comprarem verduras.

(4)   Hissopo (12.22). Uma planta usada para aspergir (Sl 51.7)

(5)   Que culto é este? (12.26). Cada culto, cada rito, cada sacramento tem a finalidade de ensinar a palavra de Deus, instruir os participantes nas coisas que Deus tem feito, ordenado e prometido. Hoje infelizmente a pergunta tem sido diferente: “Que novela é esta?” “Que filme é este?” “Que jogo é este?”

(6)   Cristo, Nossa Páscoa. A Bíblia afirma: “Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7). Cada cordeiro morto apontava para Jesus, o verdadeiro “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” Na cruz cumpriu-se esta profecia messiânica: “Atai a vítima da festa com cordas, e levai-a até os ângulos do altar” (Sl 118.27) Ler também Sal 50.14,23. O Pai foi glorificado pelo Filho, quando este triunfou no Calvário (Jo 12.27,28)

1-      O cordeiro tinha de ser sem defeito (12.5) – Cristo cumpriu esta exigência (1 Pe 1.18-19)

2-      Tinha de ser separado para o sacrifício quatro dias antes da festa (12.14) – Assim como Jesus entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro, e morreu no mesmo dia do sacrifício.

3-      Precisava ser imolado pela congregação inteira, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis, religiosos de Israel e de Roma e pela vontade da turba popular, em pro, do mundo inteiro (12.6)

4-      Nenhum osso do cordeiro podia ser quebrado (12.46) – Os ossos de Jesus não foram quebrados (Jo 19.33 e 36)

5-      O sangue do cordeiro era o símbolo do sangue do Cordeiro de Deus e fazia estar sobre o povo a proteção divina contra a escravidão do pecado e o castigo (12.13) – Assim também, o sangue de Jesus nos liberta da escravidão de satanás e da punição eterna.

  1. Dia da Expiação (Lv 16

(1)   Expiação. (Heb. Kipper: “encobrir”). Um sacrifício expiatório cobre a transgressão, para nunca ser considerada e, portanto punida. Este foi feito por Cristo de maneira eficaz, quando sacrificou em prol dos pecadores a Sua própria vida, imaculada, de perfeita obediência a Deus, pagando assim uma penalidade que encobre os pecados dos que crêem. O justo sofreu vicariamente pelos injustos (2 Co 5.5.21; 1 Pe 2.24). O mesmo pensamento jaz na palavra “reconciliação” no Novo Testamento; traduz a palavra grega Katallage e significa a reparação legal e moral pelos danos causados pelos pecadores (Rm 5.11).

(2)   No dia da Expiação, os homens tomavam parte numa cerimônia que prenunciava a morte de Cristo; o sangue dos animais não removia o pecado (Hb 10.4), mas sim, a obra de Cristo, da qual era símbolo, é o que removia. Cada sacrifício era uma “nota promissória” do pagamento completo que Cristo havia de fazer para liquidar as dívidas eternas dos pecadores.

(3)   Este dias se repetia anualmente, quando o sumo sacerdote tinha que levar sangue para fazer expiação por si mesmo e por todo o seu povo (Hb 9.7)

(4)   Cristo fez uma expiação eterna, uma vez para sempre, com Seu próprio sangue, e, sem ter pecados próprios, cumprindo a plenitude do significado daquelas ofertas, tornou-as obsoletas (Hb 9.12-28)

(5)   O Bode Emissário, em certo sentido é um tipo de Cristo. Cristo tendo levado nossos pecados para longe, não haverá mais memória deles (Hb 10.17; Jr 31.34)

(6)   O ato de o sumo sacerdote entrar no Santo dos Santos era uma prefiguração da entrada de Cristo nos céus, depois da Sua morte e ressurreição (Hb 9.11-12). O propiciatório (Hb kapporeth), lit. “cobertura”. A tradução grega o chama de hilaterion, “propiciação”, a mesma palavra usada para descrever o Senhor Jesus Cristo em Rm 3.25. Era a tampa da arca, e o lugar da expiação.

(7)   A antiga Expiação era anual; a verdadeira Expiação, eterna, feita por Jesus Cristo, é um ato que é suficiente para sempre (Hb 9.25-26)

  1. A Festa dos Tabernáculos: É semelhante à Ceia do Senhor para a Igreja, tanto memorial, como profética – memorial da redenção do Egito- profética do descanso milenial de Israel depois da sua restauração, quando a festa virá a ser outra vez um memorial, não somente para Israel, mas para todas as nações (Zc 14.16-21) Nesta festa eram sacrificados:
  • 70 novilhos (7x10) significando plenitude de trabalho e frutificação.
  • 98 cordeiros (2x7x7) = Entrega total e voluntária.
  • 14 carneiros (2x7): Uma plena visão da hora de Cristo e de nossos hediondos pecados.
  • 7 Bodes: Indicando morte plena, pelo poder de Deus do velho Adão, pois o bode tipifica o pecador (Mt 25.33; Gl 2.20)
  1. 4.      O Jubileu: Este sistema de sabatismo está cheio de instrução. Significa que todo o tempo pertence a Deus. E a lei do ano sabático ensina também que a terra lhe pertence. Durante esse ano, a terra na era lavrada. Aprendemos de Deuteronômio (31.10-13) que este ano era empregado para dar instrução religiosa. Durante os 490 da monarquia esta festa não foi observada, como devia ter sido 70 vezes. Por isso forma dados 70 anos de cativeiro (Lv 26.34,35). O ano do Jubileu era um período importante em Israel. Sete vezes sete anos consumavam todas as estações apontadas, e traziam alívio e libertação ao povo. Era o ano “aceitável do Senhor” e era uma figura da dispensação do Evangelho. Então, era liberdade da escravatura; a gora, liberdade do pecado. Então, perdão de dívidas; agora perdão de pecados. Seguia-se imediatamente o Dia da Expiação, porque o jubileu da alma agora e na eternidade é o resultado da Cruz. Todas as estações e cerimônias de Israel têm seu paralelo agora em Cristo, que é a consumação de todas elas (Cl 2.16,17)
  2. 5.      Sacrifícios:

(1)   A Oferta Queimada. O holocausto simboliza Cristo oferecendo-se sem mácula a Deus (Hb 9.14), no seu desejo de fazer a vontade do Pai, mesmo até a morte. Tem valor expiatório, porque o crente nem sempre tem tido esse prazer de fazer a vontade de Deus; tem valor se substituição, porque Cristo morreu em vez do pecador.

1-      Os animais aceitáveis para sacrifícios são quatro:

1)      O Novilho ou boi. Simboliza o Servo paciente (1 Co 9.9.10; Hb12.2,23), obediente até a morte (IS 52.13-15; Fp2. 5-8). A oferta neste caráter é como substituto, visto que o ofertante não tem sido obediente assim.

2)      A ovelha. Simboliza Cristo submisso, mesmo nessa fase da morte sobre a cruz (Is 53.7; At 8.32-35)

3)      A cabra. Simboliza o pecador (Mt 25.33), e quando empregada em sacrifício, simboliza, Cristo “contado com os transgressores” (Is 53.12; Lc 23.33) e “feito pecado” e “maldição” (2 Co 5.21; Gl3. 13)

4)      Pombinhos. Símbolos de tristeza e inocência (Is 38.14; 59.11; Mt 23.37; Hb 7.26), associados com a pobreza em Levítico 5.7; falam de quem por amor de nós se fez pobre (Lc 9.58) e cujo caminho de pobreza começou com o lagar “a forma de Deus” e terminou com o sacrifício pelo qual fomos enriquecidos (2 Co 8.9; Fp 2.6-8)

 

(2)   Oferta de Cheiro Suave e Manjares.

As ofertas de suave cheiro são assim chamadas porque tipificam Cristo na sua própria perfeição e na sua dedicação à vontade do Pai. As ofertas sem cheiro tipificam Cristo levando toda a culpa do pecador. Ambas têm o caráter de substituição. Por amor de nós, Cristo no holocausto supre a falta da nossa devoção, e nas ofertas pelo pecado e pela transgressão, sofre por nossas desobediências.

(3)   Sacrifícios de paz ou Pacíficos. A oferta pacífica fala de paz com Deus consumada, do homem reconciliado, e da salvação realizada. Por isso, a oferta, em vez de subir a Deus como o holocausto, ou ser dada ao sacerdote como a oferta de manjares, fornece, em figura, uma refeição em que Deus, o sacerdote e o ofertante se encontram. É a oferta de louvores.

(4)   Sacrifícios Por Transgressão e Culpa (Lv 5.1-7; 7.1-7). Eles mostram a necessidade de confissão.

1-      O Novo Testamento ordena a confissão de pecados (Tg 5.16)

2-      A confissão de pecados ao Pai garante o nosso perdão (1 Jo 1.9)

3-      A verdadeira confissão exige tristeza pelo pecado (Sl 38.18)

4-      A confissão exige humilhação (Jr 3.25)

5-      A confissão exige pedido de perdão (Sl 51.1)

6-      A confissão exige restituição (Nm 5.7)

7-      A confissão exige aceitação da correção divina (Ed 9.13)

8-      A confissão exige o abandono do pecado (Pv 28.13)

 

 

  1.                             XII.      O TABERNÁCULO NO APOCALIPSE
    1. Os sete castiçais: No tabernáculo havia um castiçal com sete lâmpadas, simbolizando unidade, no Apocalipse sete diferentes candeeiros, simbolizando diversidade.
    2. 2.      O Maná (Ap 2.17)
    3. A arca (Ap 11.15-19). A última vez que a Bíblia fala da arca indica uma época em que nem a loucura humana nem o pecado perturbarão mais o seu permanente repouso – um tempo em que ela não mais será guardada num Tabernáculo de cortinas tampouco num templo feito por mãos humanas.
    4. O Incenso (Ap 5.8). Um tipo da oração e do louvor.
    5. Pedras Preciosas. A cidade celeste se fundamenta sobre pedras preciosas com os nomes gravados dos apóstolos de Cristo (Ap 21.14,19,20)

 

 

CONCLUSÃO

 

BIBLIOGRAFIA

Bíblia Explicada – Tipos.

Manual de Escatologia J. Dwight Pentecost, Th.D.

As verdades Centrais da Fé Cristã – Claudionor de Andrade.

Dicionário Teológico CPAD

Manual Bíblico H.H.Halley

Introdução à teologia – Eurico Bergstén CPAD

 

Wilson de Jesus Alves

 

 

 

Doutrinas Bíblicas Prefiguradas

 

TIPOLOGIA E TABERNÁCULO

 

“... tudo que dantes foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.” (Rm 15.4)

 

 

Texto Bíblico: (1 Co 10.1-13 – Bíblia Viva)

 

1 - NUNCA DEVEMOS esquecer amados irmãos, aquilo que aconteceu ao nosso povo no deserto, há muito tempo. Deus o guiou enviando uma nuvem que se movia à frente deles. Assim, Ele os levou a todos em segurança através das águas do Mar Vermelho.

2 - Isso poderia ser chamado seu "batismo" - batizados tanto no mar como na nuvem! - como seguidores de Moisés - sua submissão a ele como seu líder.

3,4 - E, por um milagre, Deus lhes enviou alimento para comerem e para beberem lá no deserto; eles beberam da água que Cristo lhes deu. Ele estava lá com eles, como uma podero­sa rocha de refrigério espiritual.

5 - Entretanto depois de tudo isso, a maior parte deles não obedeceu a Deus, e Ele os destruiu no deserto.

6 - Com esta lição somos advertidos de que não devemos desejar coisas más, como eles fizeram,

7 - nem adorar ídolos, como eles adoraram. (As Escrituras nos dizem que "o povo se sentou para comer e beber e depois se levantou para dançar" em adoração ao bezerro de ouro.)

8 - Outra lição para nós foi o que sucedeu quando alguns deles pecaram com as esposas de outros homens, e 23.000 caíram mortos num só dia.

9 - E não ponham à prova a paciência do Senhor - eles fizeram, e morreram de picadas de cobras.

10 - Não murmurem contra Deus e sua maneira de tratar vocês, tal como fizeram alguns deles; porque foi por isso que Deus enviou seu Anjo para destruí-los.

11 - Todas essas coisas sucederam a eles, como exemplos, como lições objetivas para nós, a fim de advertir-nos contra a pratica das mesmas coisas; foram escritas para que pudéssemos ler a respeito delas e delas aprender nestes últimos dias enquanto o mundo se aproxima do fim.

12 - Portanto, tenham cuidado. Se você está pensando: "Eu nunca faria uma coisa dessas" que isso lhe sirva de advertência. Porque você também pode cair em pecado.

13 - Lembrem-se, porém disso ­ os maus desejos que penetram na vida de vocês não têm nada de novo nem de diferente. Muitos outros enfrentaram exatamente os mesmos problemas antes de você. E nenhuma tentação é irresistível. Vocês podem confiar Que Deus impedirá a tentação se torne tão forte que não as possam enfrentar, visto que Ele assim prometeu e cumprirá o que diz. Eles lhes mostrará como fugir do poder da tentação, para que vocês possam agüenta-la com paciência.

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

  1. 1.                          Um tipo é uma ilustração divinamente proposta de alguma verdade. Pode ser.

(1)   Uma pessoa (Rm 5.14).

(2)   Um acontecimento (1Co 10.11)

(3)   Uma coisa (Hb 10.20)

(4)   Uma instituição (Hb 9.11)

(5)   Uma cerimônia (1 Co 5.7)

  1. 2.                          Os tipos se encontram mais freqüentemente no Pentateuco, mas podem ser achados em outras partes da Bíblia.
  2. 3.                          O antítipo ou cumprimento se encontra no Novo Testamento.
  3. 4.                          Todo o sistema mosaico foi como um jardim de infância no qual o povo de Deus foi educado nas coisas divinas e ensinado a ver assim a realidade das coisas futuras.

 

 

TIPOLOGIA

 

  1.                                      I.      LINGUAGEM FIGURADA

"Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei" (SI 119.18)

Na exposição da mensagem de Deus, a Bíblia usa linguagem figurada ou simbólica, que pode ser entendida pelo contexto ou pela comparação doutras passagens no mesmo assunto.

Muitas figuras de retórica estão no texto bíblico, tornando a idéia enfática, mantendo sempre a clareza do pensamento. A Bíblia é assim um livro de metáforas, símiles, alegorias, tipos, símbolos, etc.

  1. Metáfora – É uma figura de retórica pela qual se transporta a significação própria de um vocábulo para outra significação. Um objeto tomado por outro - "O Cordeiro de Deus". Outro exemplo: “São lobos devoradores”
  2. Fábula.  É uma narração em que seres irracionais, e mesmo objetos inanimados, são apresentados como falando compaixões humanas, para ensinar lições espirituais. É uma narração imaginária. Transmite idéias terrenas. (Jz 8;9)
  3. Símile- Comparação- "Sou como o pelicano no deserto" (SI 102.6a). “como ovelha para o meio de lobos”
  4. Metonímia - Uma coisa tomada por outra, com relação de:

(1)   Causa pelo efeito - "Têm Moisés e os profetas" (Lc 16.29b).

(2)   Efeito pela causa - "Duas nações há no teu ventre" (Gn 25.23a).

  1. Hipérbole - Aumento ou diminuição exagerada da realidade das coisas, “... faço nadar o meu leito... com as minhas lágrimas" (SI 6.6).
  2. Ironia - Pensamento com sentido oposto ao significado literal, “... o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal" (Gn 3.22b).
  3. Antropomorfismo - Atribuição a Deus das faculdades hu­manas: "O Senhor cheirou o suave cheiro" (Gn 8.21a).
  4. Tipo - Alguma pessoa, coisa ou cerimônia que se refere a eventos futuros.
  5. Símbolo - Algum objeto material representando verdades espirituais.
  6. Alegoria - Aplicação alegórica de histórias verídicas ou exposição dum pensamento sob forma figurada. A alegoria é uma narração simbólica em que todos os detalhes têm significação simbólica. “O Peregrino” é uma alegoria.

Exemplos de alegorias:

  • No primeiro caso, está a história dos dois filhos de Abraão, Ismael e Isaque, como os dois concertos da lei e da graça (Gl 4.22,23).
  • No segundo caso, vem a história da vinha que foi trazida do Egito (SI 80.8-10); e a das duas águias e a videira (Ez 17.3-10). Há várias outras nos profetas.
  • O livro de Cantares é uma alegoria representando o amor de Cristo para a sua igreja.
  1. Parábola – (Gr parabole). Uma comparação, um paralelo. Uma narração para ensinar uma verdade moral ou espiritual. Uma narrativa em que as pessoas e fatos corres­pondem às verdades morais e espirituais.

 

 

  1.                                   II.      O QUE É TIPOLOGIA
    1. Tipos.

(1)   Definição:

  • Tipos são “sombras”, ou seja, representações da realidade. Em Hb 10.1 lemos “... tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas...”
  • “Na ciência teológica significa estri­tamente a relação representativa preordenada que certas pessoas, acon­tecimentos e instituições do Antigo Testamento têm com pessoas, acon­tecimentos e instituições correspondentes do Novo” –  Terry
  • A definição que proponho para a palavra "tipo" em seu sentido teológico é a seguinte: Tipo é uma instituição, acontecimento ou pessoa histórica, ordenada por Deus, que prefigura inequivocamente algumas verdades ligadas ao cristianismo [...] Fritsch
  • O Tipo Bíblico é uma representação pré-ordenada, pela qual pessoas, eventos e instituições do Antigo Testamento prefiguram pessoas, eventos e instituições do Novo Testamento.
  • Símbolo, Fato ou personagem do Antigo Testamento considerado como símbolos dos fatos ou personagens do Novo Testamento (Rm 5.14; 1 Co 10.6; Hb 10.1)
  • São figuras, ou lições, pelas quais Deus tem ensinado a seu povo o seu plano redentor e seus elevados propósitos para a vida cristã. São uma mostra de coisas vindouras e não a verdadeira imagem dessas coisas

(2)   Termos relacionados aos Tipos Bíblicos:

  • Sinal (Jo 20.25)
  • Figura (At 7.43; Rm 5.14; 1 Co 10.11)
  • Forma (Rm 6.17)
  • Parábola, alegoria (Hb 9.9)
  • Modelo (At 7.44; Hb 8.4,5)
  • Sombra (Cl 2.14; Hb 8.5)
  • Exemplo (Fp 3.1; 1 Tm 4.12; 1 Pe 5.3; 2 Pe 2.6)

(3)   Alguns dos nomes para os antítipos:

  • Verdadeira figura (1 Pe 3.21)
  • Mesma imagem (Hb 10.1)
  • Coisas celestiais (Hb 9.23)
  • Verdadeiro (Hb 9.24)
  • Espírito (2 Co 3.6)

(4)   A Relação entre o Tipo e o Antítipo:

  • O tipo é o objeto da lição, a revelação temporária de uma pessoas, um acontecimento ou uma instituição vindoura. O antítipo é o cumprimento daquilo que havia sido predito.
  • São necessários um ou mais pontos de afinidade entre tipo e o antítipo (Cl 2.14-17; Hb 10.1)
  • O tipo precisa ser profético em todos os pontos de semelhança com o antítipo, e precisa verdadeiramente prefigurar as coisas vindouras (Jo 3.14; Rm 5.14; Hb 8.5; 9.23, 24; 1 Pe 3.21)
  • O tipo é sempre terrestre, enquanto o antítipo pode ser tanto terrestre como celestial (Hb 8.5; 9.24; 1 Pe3. 21)
  • Desde que tipo e antítipo, ou seja, figura e cumprimento necessitem ser pré-ordenados como parte de um mesmo plano divino, eles não podem ser escolhidos pelo homem (2 Tm 3.16). Por isso, a autoridade dos tipos e sua aplicação provém unicamente da Bíblia, que exige o endosso de pelo menos três testemunhos para confirmar uma verdade (2Co 13.1)

 

  1. 2.      Símbolos.

O que é um símbolo?
Alguém disse: “as palavras são veículos inadequados para transmitir a verdade. Quando muito, apenas revelam a metade das profundidades do pensamento” Deus achou por bem ilustrar com símbolos o que de outra maneira, devido à pobreza de linguagem humana, nunca poderíamos saber.
O símbolo é uma espécie de tipo pelo qual se representa alguma coisa ou algum fato por meio de outra coisa ou fato familiar que se considera a propósito para servir de semelhança ou representação.
Exemplos: O leão é considerado o rei dos animais do bosque; assim é que achamos nas Escrituras a majestade real simbolizada pelo leão. Do mesmo modo se representa a força pelo cavalo e a astúcia pela serpente. (Apoc. 5:5; 6:2; Mat. 10:16.) Considerando a grande importância que sempre tiveram as chaves e seu uso, nada há de estranho que viessem a simbolizar autoridade (Mat. 16:19).
Recordando que as portas dos povoados antigamente serviam como uma espécie de fortaleza, compreendemos por que, em linguagem simbólica, venha a representar força e domínio. (Mat. 16:18).
Tão numeroso é este tipo de símbolos que cremos conveniente colocar os mais comuns em seção à parte.
Quanto a fatos simbólicos, para representar a morte do pecador para o mundo e sua entrada numa vida nova pela ressurreição espiritual, temos a imersão e saída da água, no batismo. Representa-se também, como sabemos, a comunhão espiritual com Jesus e a participação de seu sacrifício na celebração da Ceia do Senhor. (Rom. 6:3,4; 1 Cor. 11:23-26.)

 

 

(1) Revelação profética por meio de símbolos. Há seis tipos de símbo­los de caráter profético:

  • pessoas,
  •  instituições,
  •  ofícios,
  • aconte­cimentos,
  • ações e
  • coisas. (Bernard Ramm, Protestant biblical interpretation, p. 147)

(2)    Alguns símbolos da Bíblia.

  • Alabastro. Símbolo de fragrância do quebrantamento e Sacrifício de Cristo. Vaso de Perfume. “Pedra Branca”.Mar 14.3; Mat 26.7; Luc 7.37.
  • Argila. Símbolo de fraqueza da carne humana, fraqueza da humanidade.Is 64.8; Jó 13.12; 10.9; Dn 2.33-45.
  • Babilônia. Símbolo de confusão do pecado, apostasia.Gen 11; Ap 17, 18; 14.3. Confusão.
  • Balança. Símbolo de honestidade e justo juízo. Um par de balanças. (Pv 11.1; 16.11; Jó 31.6; Dn 5.27.)
  • Cinza. Símbolo de completa destruição, desolação, lamentação, tristeza. (Ez 28.18; 2 Ped 2.6; Jó 2.8; Is 58.5; Ml 4.3; Mat 11.21.)
  • Dança. Símbolo de alegria, regozijo, rodopio.(Sal 30.11; Jó 21.11; Sal 149.3; Ec 3.4; Jer 31.13; Lm 5.15.)
  • Ênxofre.Símbolo de punição, tormento.(Ap 20.10; Dt 29.23; Jó 18.15; Pv 11.16; Is 30.33; Luc 17.29; Ap 9.17.)
  • Formiga.Símbolo de diligência, produção, sabedoria na preparação. (Pv 30.25; 6.6.)
  • Gafanhoto. Símbolo de força e ação. Símbolo de poderes destrutivos..  (Ap 9.3; 9.7;  Na 3.17; Isa 33.4    Jl 1.4; 2.25; Am 4.9.)
  • Harpa. Símbolo de louvor, adoração a Deus. “Som agudo”.(Sal 150.3; 33.2; 43.4; 71.22; 147.7; Apoc 14.2-3; 15.2.)
  • Incenso. Símbolo de fragrância, orações, intercessão. “Branco”.(Lev 2.1-2; Num 5.5; Ct 3.6; Ex 30.34; Ap 18.13; Mat 2.11.)
  • Jóias.Símbolo de tesouros especiais, o povo de Deus. Povo peculiar (Ml 3.17; 1 Cor 3.12; Ex 19.5; Dt 14.2; Sal 135.4; 1 Pd 2.9; Tt 2.14.)
  • Latão. Símbolo de julgamento contra o pecado de desobediência, força, Sofrimento.(Jó 40.18; Dn 7.19; Nm 21.5-10; Dt 33.25; Ap 1.15; Lv 26.19; Dt 28.23.)
  • Machado. Símbolo de julgamento, da guerra. “Cortar”. (Luc 3.9; Jer 51.20; Ez 26.9; Mat 3.10.)
  • Nuvem e coluna de fogo            Símbolo de cobertura divina, direção, controle, provisão. (Ex 13.21-22; Sl 18.11; 104.3; Is 19.1; Ez 1.4; Mt 24.30; Ap 1.7; 1 Ts 4.17.)
  • Oriente. Símbolo do nascer do sol, luz de Deus e a origem da glória.(Sal 103.12; Ap 7.21; Gen 3.24; Ap 16.12; Ez 43.1-2.)
  • Oriente. Símbolo do nascer do sol, luz de Deus e a origem da glória.(Sal 103.12; Ap 7.21; Gen 3.24; Ap 16.12; Ez 43.1-2.)
  • Pulseira. Símbolo da promessa de casamento, um penhor. (Gen 24.22, 30, 37; 38.18; Is 3.19; Ez 16.11)
  • Ramos (Palmeira). Símbolo de vitória, regozijo.(Lev 23.40; Ne 8.15; Jo 12.13; Sal 7.8. Festa dos Tabernáculos.)
  • Sangue. Símbolo da vida de toda a carne. (Lev 17.11; Gen 9.5; 49.11; Heb 2.12; Is 34.3; Mat 27.25.)
  • Trapo. Símbolo de pobreza. (Is 64.6; Pv 23.21; Jer 38.11-12.)
  • Veneno. Símbolo de mestres maus. (Sal 140.3; Dt 32.33; Jó 20.16; Sal 58.4; Rom 3.13; Tg 3.8.)

(3)   Símbolos da Bíblia.

  • Uma Luz: «Uma luz para o meu caminho» (Sal. 119:105). A mente e o coração do homem vivem em trevas, portanto, o homem natural não pode conhecer as coisas de Deus, «porque elas se discernem espiritualmente» (I Cor. 2:14). Eis a necessidade da luz.
  • Um Espelho: Em Tiago 1:23, a palavra é comparada a um espelho: «Quem ouve a palavra e não a pratica, é semelhante a um homem que mira no espelho o seu rosto.» Ela nos mostra o que somos.
  • Uma Pia: «Purificando-a com a lavagem da água pela palavra» (Ef. 5:26). A figura é da pia em que os sacerdotes se lavam antes de entrar no santuário para servirem a Deus. Neste sentido nos mostra como podemos ser limpos de nosso pecado. «Já estais limpos pela palavra» (João 15:3).
  • Uma Porção de Alimento: «As palavras da sua boca prezei mais do que meu alimento» (Jó 23:12). Sabemos que há diversas qualidades de alimentos. A Bíblia trata das qualidades necessá­rias para os crentes: (1) Leite para as crianças (I Cor. 3:2); (2) Pão para os famintos (Deut. 8:3); (3) Alimento forte para os homens (Heb. 5:12, 14); (4) Mais doces do que o mel (Sal. 19:10).
  • Ouro Fino: «Mais desejáveis são do que o ouro fino» (Sal. 19:10).
  • Fogo: «Não é a minha palavra como o fogo, diz o Senhor...» (Jer. 23:29).
  • Um martelo: «... e como um martelo que esmiúça a penha?» (Jer. 23:29).
  • Uma Espada: «A espada do espírito, que é a Palavra de Deus» (Ef. 6:17).

 

 

(4)   Símbolos da Igreja:

  • Edifício. ( 1 Co 3.9)
  • Um CorpoVivo (1 Co 12.27)
  • Um rebanho (Lc 13.32)
  • Uma Esposa (Ap 21.2)
  • Tesouros especiais (Ml 3.17)
  • Ramos de videira (Jo 15.2)
  • Um Templo (1 Co 3.16)

 

 

(5)   Símbolos do Espírito Santo.

 

  • Pomba. Por que uma pomba? Ela é cândida, pacífica e simples. Não nos esqueçamos de que foi uma pomba que trouxe a boa nova a Noé de que a terra já havia sido restaurada do dilúvio (Gn 8.6-12). Uma tradução judaica traduz Gn 1.2 da seguinte forma: “O Espírito de Deus como pomba pousava sobre as águas.”

“O Espírito Santo é como a pomba: manso, delicado, inocente, perdoador”.”
“Viu o Espírito de Deus, descendo  como pomba e vindo sobre ele” (Mt 3.16). A simplicidade das pombas ilustra a beleza espiritual e delicadeza do Espírito Santo, "...sede símplices como as pombas" (Mt 10.16b). Onde Ele domina, desaparece toda a malícia. Quando o aspecto da terra era um caos, sem forma e vazia (Gn 1.2), "...O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" (v. 2b). O sentido desta frase "sem forma e vazia" é assolação. Naquele ambiente, o Espírito estava como uma ave sobre os ovos, chocando ou incubando, dando vida ao mundo. O Espírito produz vida. Foi assim com os ossos secos da visão de Ezequiel (Ez 37.10) e será assim com os corpos das duas testemunhas (Ap 11.11). Deus nos deu o seu Espírito para termos conhecimento e vida espiritual com abundância de poder (1 Jo 3.24; 4.3). O crente guiado pelo Espírito Santo tem a simplicidade das pombas, não procura salientar sua pessoa ou sua habilidade, dá toda honra e toda glória a Deus, que nos dá tudo.
Água. Já que sem água não podemos viver, de igual modo é nos impossível a existência sem o Espírito Santo. Ele é o divino Consolador. Se por um lado dessedenta-nos a lancinante sede que temos do Deus Vivo, por outro purifica-nos através da Palavra de Deus.
“O Espírito Santo é como a água: purificador, refrescante, farto e gratuito.”

  • Vento. Jesus falou do vento como símbolo do Espírito Santo. O vento apesar de invisível, é real. Não podemos tocá-lo nem compreendê-lo, mas o sentimos. A sua ação independe do querer ou não do homem. Isto fala da ação soberana do Espírito Santo.
    • O vento fala de força impulsora, como nas velas dos barcos, nos moinhos, etc.
    • O vento separa a palha do grão. (Sl 1.4; Mt 3.12); o leve do pesado.
    • O vento move e movimenta água, árvores. O seu movimento é contínuo (Ec 1.6; Gn 1.2) e infalivelmente sentido, notado.
    • O vento fertiliza, levando o pólen, a vida (Cl 4.16; Jo 3.5,8)
    • O vento limpa árvores, campos, etc.
    • O vento não tem cor: favoritismo, individualismo, discriminação.
    • O vento não pertence a uma clima; é universal.
    • O vento não tem cheiro, mas espalha perfume; aqui é importante refletir sobre o papel do Altar do Incenso, no Tabernáculo. (2 Co 2.14,15)
    • O vento refresca e suaviza no calor.
    • O vento – o ar – alimenta e vivifica (pulmões, a vida orgânica). Em Ezequiel 37.8-10, naquela visão que Deus deu ao profeta sobre um vale de ossos, vemos nos corpos: ossos, carne, pele, mas não vida, até que o Espírito assoprou sobre eles. Há muitos crentes pro aí que têm de sobra “ossos, nervos, carne e pele”, porém falta-lhes a vida abundante do Espírito.
    • O vento é misterioso (Jo 3.8). Cabe aqui um aviso: devemos ter cuidado com as falsificações, isto é, os ventos nocivos, que não provém do Espírito de Deus (Mt 7.25; Ef 4.14)
    “Ele assopra-nos o vento da vida abundante e do reviçamento espiritual.”
    “O Espírito Santo é como o vento: independente, poderoso, observável em seus efeitos, vivificante.”

    "O Espírito Santo não deixa pegadas na areia." Es¬sas palavras são de Abraham Kuyper, em sua obra clássi¬ca sobre o Espírito Santo. Jesus deixou pegadas na areia. Ele era o Deus em carne, Deus dotado de natureza huma¬na. Quando os discípulos de Jesus andavam com ele, po¬diam ouvir a sua voz, tocar em suas mãos e observar a areia respingando sobre os seus pés, enquanto ele percor¬ria as praias do mar da Galiléia.
    Mas o Espírito Santo é como o vento. Disse Jesus: "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai" (João 3.8).
  •  Fogo.
    • O fogo alastra-se, comunica-se. (Ez 10.2)
    • O fogo purifica. Contra a impureza espiritual, a principal força é o Espírito Santo. São vários os rituais de purificação descritos em Levítico e Número. Podem ser divididos em duas categorias: (1) rituais para coisas que podem ser purificadas e (2) rituais para coisas que não podem ser purificadas. Todos os rituais da primeira categoria envolvem a água [...] A segunda categoria dos rituais de purificação destinava se a coisas cuja limpeza não era possível. Eram vários os materiais: vestes e couros com qualquer tipo de bolor destrutivo (Lv 13.47-59) ou uma casa da qual não fosse possível remover o bolor (Lv 14.33-53). Geralmente, tais coisas deviam ser destruídas (Lv 11.33,35; 14.40,41,45), freqüentemente pelo fogo (Lv 13.52,55,57).
    • O fogo ilumina. É o saber; o conhecimento das coisas de Deus.
    • O fogo aquece. A igreja é o corpo de Cristo. Todo corpo vivo é quente.
    • O fogo, para queimar bem, depende muito da madeira; se é boa ou ruim.
    • O fogo tanto estira o ferro duro, como a roupa macia.

    “O Espírito Santo é como fogo: purificador, iluminante, esquadrinhador.”

    “Quem nasce sob o fogo não esmorece sob o sol.”
  • Azeite.
    (1) A Utilidade do azeite:
    • Era usado na alimentação (I Rs 17.12)
    • Era utilizado na indústria dos cosméticos e na medicina (Sl 104.15; Lc 10.34)
    • Servia para a iluminação (Mt 25.4)
    • Era utilizado para a unção de reis, sacerdotes profetas e objetos sagrados (1 Sm 10.0; 1 Rs 19.15; Êx 28.4; 30.22-33)
    • No Novo Testamento, o azeite era empregado para ungir enfermos (Tg 5.14) e hóspedes (Lc 7.46)
    “O Espírito Santo é como azeite: próprio para curar, confortador, iluminante, consagrador.”

    O azeite, além de símbolo do Espírito Santo (Zc 4.3-6), é o ponto de contato para estimular a fé do doente. Mas o recebimento da cura não está relacionado com a unção, e sim com a oração da fé, em nome do Senhor: "E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará" (Tg 5.15).

 

  • Selo. O Selo era usado para designar a posse de uma pessoa sobre algum objeto ou coisa por ela selada. Por conseguinte, indicava propriedade particular, segurança e garantia. O selo é prova de propriedade, legitimidade, autoridade, segurança ou preservação. Estas palavras expressam a situação daqueles que foram selados pelo Espírito Santo. Este selo, portanto, não é o batismo com o Espírito Santo, mas a habitação do Espírito no crente, como prova de que o mesmo é propriedade particular de Deus.
    “O Espírito Santo é como o selo: imprime, assegura e comunica.”
  •  Roupa. Quando Adão pecou, descobriu que estava nu, e procurou fazer uma roupa para cobrir sua nudez. Para isso preparou uma faixa de folhas de figueira. Ouvindo a voz de Deus, escondeu-se entre as árvores, porque teve vergonha de aparecer. A roupa que ele fez não servia. Uma roupa digna do ambiente do céu só o próprio Deus pode conceder. A nossa justificação pela graça de Deus é comparada à roupa (SI 132.9; Ez 16.10; Ap 19.8).Jesus disse aos discípulos,falando do Espírito Santo, que seriam "revestidos de poder" (Lc 24.49b). Gideão teve de enfrentar inimigos mais fortes do que ele, e para isto "O espírito do Senhor revestiu a Gideão..." (Jz 6.34a). Revestido do Espírito é quem está de acordo com a vontade de Deus. "Se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus" (2 Co 5.3). Alguém pode se envaidecer com seu programa de trabalho, suas opiniões e seu relatório de atividades e não estar de acordo com o Espírito Santo. Os crentes de Laodicéia pensavam que não lhes faltava nada, mas Deus reprovou aquela Igreja e disse "Aconselho-te que de mim compres ...vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez..." (Ap 3.18a).
  • Penhor. O penhor era o primeiro pagamento efetuado na aquisição de uma propriedade. Mediante esse “depósito”, a pessoa assegurava o objeto como sua propriedade exclusiva. Assim, o Senhor deu-nos o Espírito Santo como garantia de que somos sua propriedade exclusiva e intransferível. O Senhor Jesus “investiu” em nós imensuráveis riquezas do Espírito como penhor ou garantia de que muito em breve Ele virá para levar para Si sua propriedade peculiar, a Igreja de Deus (Tt 2.14).
    “O Espírito Santo é como o penhor: é a nossa garantia dos bens vindouros que nos esperam.”

 

  1. 3.      Numerologia Bíblica:

 

Texto Bíblico:

(Gênesis 41.49): “Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que cessou de contar; porquanto não havia numeração”

(Salmo 40.5,12): “Muitas são, Senhor, Deus meu, as maravilhas que tens operado e os teus pensamentos para conosco; ninguém há que se possa comparar a ti; eu quisera anunciá-los, e manifestá-los, mas são mais do que se podem contar. Pois males sem número me têm rodeado; as minhas iniqüidades me têm alcançado, de modo que não posso ver; são mais numerosas do que os cabelos da minha cabeça, pelo que desfalece o meu coração.”

(Apoacalipse 7.9): “Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos;”

 

 

(1)   Definição - Numerologia Bíblica. O que ela não é?

  • A Numerologia Bíblica não tem nada haver com a numerologia ligada ao ocultismo:
  • A Numerologia e o Ocultismo: É um sistema Ocultista que atribui valores específicos e significados aos números para se determinar ou futuro ou conhecer os mistérios do universo físico. Letras específicas do alfabeto também recebem valores numéricos. Os analistas então determinam o número das coisas, como nível intelectual, estabilidade emocional e características físicas da pessoa que é examinada. A Numerologia tem uma longa história tanto na filosofia como no Ocultismo. O Filósofo Pitágoras influenciou profundamente o cabalista Cornelius Agrippa (1486-1535).

(2)   O que é gematria? É o sistema criptográfico que consiste em atribuir valor numérico às letras.

(3)   A Numerologia Bíblica:

1-      Os semitas, antigamente, escreviam os números como eram pronunciados; em geral usavam sinais especiais para designá-los.

2-      A maneira mais usada para indicar os números eram as letras do alfabeto; essa notação também era antiga em Israel.

3-      Parece ainda que os antigos hebreus utilizaram o sistema decimal dos egípcios (Gn 18.26-32; Nm 11.19) e o sistema sexagesimal dos mesopotâmicos (Mt 13.8)

4-      Na Bíblia, os números apresentam seu valor aritmético exato ou aproximado e também simbólico.

Vejamos alguns exemplos:

 

      • Um. Símbolo de começo, Deus, a origem de todos, unidade da Existência de Deus, soberania divina. (Jo 8.41, 50; 10.16; 18.13; +Dt 6.4; Sal 71.22; Is 60.9.)
  • “Uma mesma linguagem” (Gn 11.5)
  • “Uma única bênção” (Gn 27.38)
  • “Uma coisa peço ao Senhor” (Sl 27.4)
  • “Eu o Pai somos um” (Jo 10.30)
  • “Era um o coração e a alma dos que criam” (At 4.32)
  • “De um só fez toda a raça” (At 17.26)
  • “Somo um só corpo” (Rm 12.5)
  • Há um só Deus... um só Senhor (1 Co8. 6)
  • Há somente um só Espírito... um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus (Ef 4.4-6)

 

      • Dois: Companheirismo,
  • “Dois de cada espécie” (Gn 6.19)
  • Significa “alguns poucos” (Nm 9.22; Dt 32.30)
  • O Dobro é sinônimo de bastante ou mais do que suficiente (Is 40.2; 61.7; Jr 16.18; Zc 9.12; Ap 18.6)
  • “Melhor é serem dois do que um” (Ec 4.9)
  • “Os dois resistirão” (Ec 4.12)
  • Testemunho verdadeiro (Nm 35.20)
  • “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo” (Am3. 3)
  • “Então dois estarão no campo” (Mt 24.40)
  • “Depositou duas pequenas moedas” (Mc 12.42)
  • “Serão os dois uma só carne” (1Co 6.16)
  • Haverá duas testemunhas nos tempos do fim pregando aqui na terra (Ap 11.3-13)

 

      • Três:
  • É o número da Trindade. (Is 6.3; Ap 4.8)
  • Corresponde às três principais divisões do Tabernáculo: o pátio, o Santuário e o Santo dos Santos.
  • Indica perfeição e completação divina.
  • Significa “Ressurreição”, pois foi no terceiro dia que a terra surgiu do abismo, e que os frutos surgiram na face da terra. Por isso, também, Jesus ressurgiu no terceiro dia.
  • A vida de Pedro está repleta do número três:

1-      Pedro fazia parte de uma sociedade de três amigos na pescaria.

2-      Pedro fazia parte do círculo de amigos íntimo de Jesus composto por três apóstolos (Pedro, Tiago e João - Mt 17.1)

3-      O Núcleo da Igreja Primitiva era composto por três apóstolos (Pedro, Tiago e João – Gl 2.9)

4-      No Novo Testamento ele é chamado de Pedro, Cefas, e Simão (At 10.5)

5-      Pedro negou a Jesus três vezes.

6-      Pedro declarou seu amor a Jesus três vezes (Jo 21.15-17)

7-      Em seu sermão pentecostal, Pedro ganhou de uma só vez “quase 3 mil almas” (At 2.41)

8-      Pedro foi ao templo às três horas da tarde para orar (At 3.1)

9-      Pedro foi orar ao meio dia (At 10.9) (12= 4x3)

10-  Ele teve uma visão que se repetiu 3 vezes (At 10.16)

 

      • Três anos e meio:
  • Foi o tempo de seca na época de Elias.
  • Três anos e meio será o tempo da Grande tribulação propriamente dito, outras expressões que indicam esse período são: “Quarenta e dois meses”, “1260 dias” (Ap 13.5), “um tempo, dois tempos, e metade dum tempo” (Dn 7.24)

 

      • Quatro: É o número humano, o número do mundo, da totalidade cósmica.
  • Havia quatro letras em YHWH (Jeová), Expressão conhecida como “Tetragrama”
  • Esse número relaciona-se a terra e denota criação material no que diz respeito à terra. Ele significa as coisas que estão debaixo do sol.
  • Quatro braços do rio do Éden (Gn 2.10)
  • Está presente nas colunas da entrada do Tabernáculo, no número de cores do Tabernáculo.
  • O cordeiro da Páscoa tinha de ser sem mancha, e para verificar isto havia de ser guardado por quatro dias.
  • Quatro Reinos Mundiais do profeta Daniel.
  • Quatro Evangelhos. E quatro revelações de Jesus. Escrito para quatro tipos de povos.  Quatro animais que representam a Jesus. (Ap 4.8) Quatro cores:

1-      Mateus. Jesus é Rei. Foi Escrito para os judeus. Jesus é simbolizado pelo Leão. Cor: Púrpura (realeza)

2-      Marcos. Jesus é o Servo de Deus. Escrito para os Romanos. Jesus é simbolizado pelo Novilho. Cor: Carmesim (sangue, sacrifício)

3-      Lucas. Jesus é o Homem Perfeito. Escrito para os Gregos. Jesus é simbolizado pelo Homem. Cor: Linho fino (Perfeição e Justiça)

4-      João. Jesus é o Filho de Deus. Escrito para a Igreja. Jesus é simbolizado pela Águia. Cor: Azul (Céus, Divindade)

  • “Os quatro cantos da terra”
  • “Restituir quatro vezes” (Êx 22.1; 2 Sm 12.6; Lc 19.8)

 

      • Cinco:
  • Este número está presente nas medidas do Tabernáculo (50 côvados de frente por 100 de fundo, números que são múltiplos de cinco). Nas colunas revestidas de ouro na entrada do Lugar Santo.
  • Ele indica sempre a graça divina, como nas virgens prudentes (Mt 25.2), nos irmãos (Lc 16.28), nos maridos (Jo 4.18) e nas palavras (1 Co 14.19)

 

      • Seis:
  • É o número do homem. Esse número aponta sempre para o homem, que tem os seus dias e horas sempre divididos em seis.
  • Aparece nas fileiras de pães, no número de hastes que ladeiam a haste central do candelabro e, também, como múltiplo no número de tábuas do Tabernáculo (48 ou 6x8) e no número das colunas do Tabernáculo, que eram 60.
  • Atália usurpou o trono de Judá seis anos.
  • Os grandes homens que se têm levantado contra Deus, como Golias, Nabucodonosor e, futuramente, o Anticristo são enfaticamente marcados por esse número.

                      

      • Sete:
  • Aponta para a perfeição espiritual ou plenitude espiritual.
  • É o número que marca todas as obras do Espírito Santo. Como autor da Palavra de Deus, o Espírito Santo estampou essa marca através das páginas da Bíblia, como um fabricante estampa a sua marca de água num papel que não pode ser falsificado.
  • Ainda mais: o Espírito Santo é o doador da vida, e sete é o número que regula cada período de incubação e gestação em insetos, aves, animais.
  • Caim seria castigado 7 vezes e Lameque70 x 7 (Gn 4.15,24; Pv 24.16; Mt 18.21,22)
  • No Tabernáculo, esse é o número das peças principais, e é também o número de lâmpadas do candelabro.
  • Sete dias da semana.
  • Sete caminhos (Dt 28.25)
  • Aparece com freqüência em rituais (Lv 4.6-17)
  • Sete altares que Balaão pediu para Balaque edificar (Nm 23.1)
  • O Sétimo dia.
  • O verbo hebraico para jurar “nis ’ ba” significa “Pronunciar uma invocação sétupla, Istoé, invocar os sete poderes do céu e da terra como testemunhas (Sl 50.2; Is 1.2)
  • Sete é um número freqüente nas visões dos profetas (Is 4.1; Jr 15.9; Ez 39.9; Zc 4.2; Ap 3.1)
  • O Ano Sabático.
  • Sete semanas de anos (Gn 2.2,3; Êx 23.10,11; Lv 25.8)
  • Jeremias falou da salvação de Israel depois de 70anos (10x7).
  • Sete diáconos (At 6)
  • O inimigo usa o número 7 para enganar – Maria Madalena tinha 7 demônios.
  • O Apocalipse foi escrito em setenários:

1-      Sete Estrelas.

2-      Sete candeeiros.

3-      Sete igrejas.

4-      Sete Espíritos de Deus.

5-      Sete Anjos.

6-      Sete Selos.

7-      Sete Trombetas.

8-      Sete taças.

 

      • Oito: Dá a idéia de perfeição super-abundante.
  • Esse número denota ressurreição, regeneração, novo começo ou princípio. Jesus ressurgiu no oitavo dia, fazendo dele um novo dia.
  • O valor numérico do nome Jesus na língua grega é 888, e esse número, ou seus múltiplos, aparece sempre em conexão com os títulos, o povo e as obras de Jesus.
  • Esse número está presente no Tabernáculo como múltiplo das tábuas (8x6)
  • Oito salvos na arca.
  • Oito bem aventuranças (Mt 5)

 

 

      • Dez: É o número das possibilidades humanas.
  • A Base do sistema decimal e do dízimo. (Dt 14.22)
  •  Indica ordem perfeita e responsabilidade pessoal, como nos Dez Mandamentos.
  • Dízimo.
  • Dez Pragas.
  • Merecer 10 vezes o salário (Gn 31.7)
  • Provocar 10 vezes (Nm 14.22)
  • Insultar 10 vezes (Jó 19.3)
  • Dez Virgens.
  • Dez Dracmas.
  • No Tabernáculo aparece no comprimento das tábuas, no número de cortinas.
  • Aparece como múltiplo de 60 = 6x10 (sessenta colunas); 50 = 5 x 10 (cinqüenta côvados de largura); e 100 = 10 x10 (cem côvados de comprimento).
  • Haverá uma confederação de dez nações na Grande Tribulação (Dn7. 24). A área geográfica desses reinos é a mesma do antigo Império Romano.

 

      • Onze:
  • É o número das cortinas de pêlos de cabra (Êx 26.7-9), e representa fidelidade.
  • Após a traição de Judas Iscariotes, os remanescentes onze apóstolos permaneceram fiéis.
  • É também o número da lealdade, conforme Atos 2.14, quando os onze apóstolos (incluindo Matias) se levantaram em apoio a Pedro.
  • Finalmente, onze é a junção do cinco com o seis, conforme Êxodo 26.9

 

      • Doze:
  • O número doze sugere o perfeito viver, como número do povo de Deus: doze tribos de Israel e doze apóstolos do Cordeiro, e o seu múltiplo, 48, indica que o Tabernáculo representa todo o povo de Deus, incluindo tanto o do Antigo como o do Novo Testamento.
  • Aparece no número de pães e, como múltiplo, nas tábuas do Tabernáculo (vinte tábuas do lado sul, vinte do norte, seis do ocidente, e mais uma em cada canto ocidental da Tenda Ada Congregação, perfazendo 48 tábuas.)

 

      • Vinte e Quatro: Os vinte e quatro anciãos em Apocalipse 4.4: Não são anjos, pois cantam o cântico da redenção, como participantes dela (Ap 5.8-10). Eram santos já coroados. Coroa e trono são prometidos aos salvos; nunca a anjos (Mt 19.28.)

 

      • Quarenta:
  • 40 dias de chuvas provocou o Dilúvio.
  • O número de anos que Moisés passou no Egito+ 40 anos pastoreando em Mídiã + 40 anos com Israel no deserto.
  • 40 anos Israel peregrinou no deserto.
  • 40 dias foi o tempo que Deus ordenou para o povo de Nínive se arrepender, para não sofrer o castigo.
  • 40 dias durou a viagem de Elias para escapar de Jezabel.
  • Três homens jejuaram 40dias e 40noites: Moisés, Elias e Jesus.

 

      • Quarenta e Oito: O número 48, como 4 x 12, relaciona o povo de Deus como a plenitude da terra. Assim todo o povo de Deus, de toda a terra, está representado no Tabernáculo.

 

      • Setenta:
  • O Número dos anciãos de Israel (Êx 24.1)
  • O Número do cativeiro na Babilônia (Jr 25.11)
  • O Número dos discípulos de Cristo (Lc 10.1)
  • “Setenta vezes” (Gn 4.24; Mt 18.22)

 

      • Seiscentos e sessenta e seis: É número de homem ou humano. O homem foi criado no sexto dia. Ao homem foi determinado que trabalhe seis dias na semana. O escravo hebreu servia seis dias na semana. O homem cultivava a terra por seis anos. Encontramos o número 666 no Antigo Testamento, mas sem qualquer relacionamento com o da Besta (1 Rs 10.14; 2 Cr 9.13). É a identidade da besta. É nome de homem ou, possivelmente, um grupo de homens, ou uma instituição, chefiada por um homem ou grupo de homens. É um nome cujas letras consideradas como número, dão o valor numérico, dão o total de 666.
  • Em hebraico, o valor numérico das letras de “Nero Caesar”, quando somadas, é de 666.
  • Em hebraico Rômulo é “Rumith”, que soma 666.
  • Em grego, as letras de “Lateinos” dão o total de 666, Lateinos significa “O reino latino”
  • Na época de Moisés, surgiu um homem chamado Setur (Nm 13.13) que sublevou o povo a revolta e incredulidade, Setur tem valor numérico de 666.

 

      • Mil. Milênio é um período de mil anos em que Cristo reinará neste mundo com sua igreja, conforme as profecias do Antigo e do Novo Testamento.

 

      • 144 mil. Trata-se de um grupo de judeus, salvos e preservados na terra durante a Grande Tribulação para testemunharem de Cristo no lugar da Igreja. Certamente é o cumprimento de Is 66.19

 

 

  1.                                III.      A IMPORTÂNCIA DA TIPOLOGIA
    1. É importante para nosso ensino (Rm 15.4)
    2. É importante para nossa advertência.
    3. É importante para nossa esperança.

 

 

 

  1.                                IV.      CUIDADOS NO ESTUDO E USO DA TIPOLOGIA

 

  1. Nada pode ser dogmaticamente chamado um tipo sem que haja expressa autoridade para isso no Novo Testamento.
  2. Os tipos, em certos casos, aparecem associados aos eventos relacionados com o povo de Deus, como, por exemplo, a passagem de Israel pelo mar Vermelho (1 Co 10.1)
  3. Alguns objetos servem de tipo ou “sombra” daquilo que é real, permanente e de valor eterno, como por exemplo, o tabernáculo no deserto, o templo de Salomão, e o visto por Ezequiel nos capítulos 40-43 de sua profecia, simbolizam a Igreja (Ef 2.22). O Tabernáculo também representa, por tipos, a realidade suprema do Céu (Hb 9.24)
  4. Todos os tipos que carecem dessa autoridade devem ser reconhecidos como tendo apenas a autoridade de uma analogia.
  5. O que é simbolizado — o "antítipo"— é a realidade ideal ou espiritual, que corresponde ao tipo e ao mesmo tempo o transcende.
  6. O tipo pode ter seu próprio lugar e significado, independentemen­te daquilo que prefigura. Dessa forma a serpente de bronze trazia cura aos israelitas, mesmo à parte da libertação maior que ela simbolizava.
  7. Segue-se, logicamente, que naquela ocasião o tipo pode não ter sido entendido em seu caráter ou implicação maior.
  8. Em relação aos símbolos em geral, a essência de um tipo deve ser distinguida de seus acessórios.
  9. A única autoridade segura para a aplicação de um tipo deve ser encontrada nas Escrituras. A mera percepção de uma analogia não será suficiente. Os expositores muitas vezes imaginam correspondência onde nada de fato existe e, mesmo que existisse, nada haveria para provar uma intenção divina especial [...]
  10. Nas palavras do bispo Marsh: "Para estabelecer uma coisa como tipo da outra, no Sentido em que o termo é geralmente entendido com referência às Escrituras, é preciso algo mais que mera semelhança. O an­terior não deve apenas assemelhar-se ao posterior, mas deve ter sido pro­jetado para assemelhar-se ao posterior. Deve ter sido projetado na sua ins­tituição original. Deve ter sido projetado como uma preparação para o pos­terior. O tipo, assim como o antítipo, deve ter sido preordenado, e ambos devem ter sido preordenados como componentes de um mesmo plano da Providência Divina. Esse projeto prévio e essa conexão preordenada consti­tuem a relação do tipo com o antítipo". (Angus & Green, op. cit, p. 225-6.)

 

  1.                                   V.      TIPOS
    1. 1.      Tipos Humanos de Jesus.

(4)   Adão (Rm 5.14).

  • Adão, filho de Deus por criação (Lc 3.38) – Jesus, Filho de Deus por geração (Jo 1.14)
  • Adão recebeu o domínio de toda a criação (Gn 1.28) – Jesus recebeu todo poder no céu e na terra (Mt 28.18)
  • Adão era filho de Deus, mas era homem – Jesus é Filho de Deus, é homem e é Deus.
  • Adão é criatura - Jesus é Criador.
  • Adão, enquanto dormia, recebeu uma companheira: Eva (Gn 2.21-25) – Com a morte de Jesus, surge a Igreja, sua noiva (Ef 5.31,32)
  • Adão foi tentado no jardim e caiu em pecado (Gn 3) – Jesus foi tentado no deserto e venceu a tentação (Mt 4)
  • Em Adão, todos morrem – Em Cristo, todos podem ser vivificados (1 Co 15.22)
  • O primeiro homem: Adão foi feito alma vivente – O Último Homem: Jesus é espírito vivificante (1 Co 15.45)
  • Adão é da terra – Jesus é do Céu (1 Co 15.47)
  • O homem natural é a imagem de Adão – Os homens espirituais são a imagem de Cristo (1 Co 15.48,49)
  • O império da morte começou a partir de Adão (Rm 5.14,17) – Jesus venceu o Império da morte (Hb 2.15)
  • Pela ofensa de Adão muitos morreram (Rm 5.15) – Pelo dom de Cristo – muitos são vivificados (Rm 5.15)
  • Por uma só ofensa (de Adão) veio o juízo sobre toda a humanidade (Rm 5.18) – Por um só ato de justiça (de Jesus Cristo) veio a graça sobre todos (Rm 5.19)
  • Pela desobediência de Adão, todos se tornaram pecadores – pela Obediência de Cristo,muitos serão justificados (Rm 5.18)

(5)   Isaque:

1)      Abraão oferece Isaque (Gn 22)

  • Isaque era o único filho de Abraão (2) – Jesus, o Unigênito de Deus (Jo 3.16)
  • Isaque era o filho amado de Abraão (2) – Deus disse a respeito de Jesus: “Este é o meu Filho Amado” (Mt 3.17)
  • Isaque seria oferecido na terra de Moriá (2). Moriá significa “ordenado/considerado por Deus” É a mesma região do Calvário onde Jesus, por ordenação divina foi crucificado.
  • Em um trecho do caminho estavam apenas Abraão e Isaque (5). Jesus também foi abandonado pelos seus discípulos, só o Pai esteve com ele.
  • Isaque foi obediente a Abraão – Jesus foi obediente ao Pai, Obediente até a morte. (Fp 2.8; Mc 14.35,36)
  • Isaque elevou sobre si a lenha do holocausto (6) Jesus levou sobre si a cruz (Jo 19.17) Ele levou sobre si muito mais do que a cruz, levou “as nossas enfermidades”, “as nossas dores”, “o castigo que nos traz a paz”, “a iniqüidade de nós todos” (Is 53.4-11)
  • Isaque foi colocado em cima do altar (9).Jesus foi crucificado.
  • Para Isaque havia um carneiro substituto (13) – Mas para Jesus não havia substituto – Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29)
  • Isaque morreu e ressurgiu em figura – Jesus morreu e ressuscitou em realidade. (Hb 11.18,19)

2)      O Casamento de Isaque (Gn 23-24).

  • Abraão representa Deus, Sara havia morrido, ela representa Israel afastado de Deus –
  • Neste momento Abraão incumbe a Eliézer que vá a sua terra em busca de uma noiva para Isaque – Deus enviou o Espírito Santo para preparar a noiva de Cristo – a Igreja “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27).
  • Ele não foi de mãos vazias trouxe muitos presentes para rebeca – O Espírito Santo trouxe muito presentes espirituais para a igreja. 
  • Eliézer na viagem tomou dez camelos cheios de presentes, vasos de prata e vasos de ouro. Na Bíblia, o número dez significa perfeita ordem divina, onde nada falta. “De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7).
  • Vasos de prata – simbolizam redenção (Êx 30.12-16; Lv 5.15;Tt 3.5; 1 Jo 1.7)
  • Vasos de Ouro – O ouro indica a glória de Deus (2 Co 318)
  • Vestidos – A Igreja jamais poderá ser apresentada ao seu Noivo trajada dos trapos imundos da sua própria justiça. Por isso o Espírito santo dá-lhe vestidos apropriados – vestidos de salvação e vestidos de louvor (Is 61.3,10).
  • Rebeca deixou tudo para se casar com Isaque, a Igreja deixou tudo para se casar com Cristo.
  • O encontro de Isaque e Rebeca se deu ainda no caminho – Jesus se encontrará com a igreja, nos ares, Isaque conduziu Rebeca à sua casa – Jesus conduzirá a Igreja ao Céu.
  • Após o casamento de Isaque, Abraão casou-se com Quetura - Depois que Jesus receber a Igreja,Israel será restaurado por Deus (Rm 9-11)

 

(6)   José do Egito – o Mais Perfeito Tipo de Jesus.

 

  • José, O amado do pai : “Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos” (Gn 37.3). Deus disse acerca de Jesus: “este é o meu Filho Amado” (Mt 3.17)
  • O melhor dos irmãos. Sobre Jesus lemos: “Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade: por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros” (Hb 1.9)
  • O mais odiado e rejeitado pelos seus “aborreceram-no, e não podiam falar com ele pacificamente” (Gn 37.4,5). Uma profecia sobre Jesus: “odiaram-me sem motivo” (Jo 15.25). Em Isaías lemos: “Era desprezado e o mais rejeitado” (Is 53.3
  • Não suportavam as suas palavras (Gn 37.8). Disseram sobre a mensagem de Cristo: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (Jo 6.60)
  • Jacó enviou José para ver como estavam seus irmãos, porém eles não o receberam bem (Gn 39.12-17). Jesus veio para o que era seu, e os seus não o receberam (Jo 1.11)
  • Conspiraram para matá-lo “Conspiraram contra ele, para o matarem” (Gn 37.18) – O mesmo aconteceu com Jesus: “e deliberaram prender Jesus, à traição, e matá-lo” (Mt 26.4)
  • Arrancaram-lhe a túnica (Gn 39.23). Os soldados também se apoderaram da túnica de Jesus
  • Foi vendido por 20 moedas de prata. (Gn 39.28) – Jesus foi traído pelo preço de 30 moedas de prata (Mt 26.15)
  • Quem deu a ideia de vender José foi Judá (Gn 39.26), que traiu a Jesus foi Judas (Mt 26.14) – O Nome Judá é a forma hebraica e corresponde ao nome Judas no grego.
  • José sofreu grande tentação, sem pecar (Gn 39.7-19) – Jesus em tudo foi tentado mas nunca pecou (Hb 2.18;4.15)
  • Foi rebaixado e acusado falsamente. (Gn 39.19,20) – Jesus foi acusado falsamente – mesmo assim foi condenado.
  • José foi exaltado no cárcere (Gn 39.21-23) – Jesus triunfou na cruz (Cl 2.14,15)
  • José esteve entre dois presos, um foi perdoado pelo Faraó e o outro foi condenado (Gn 40.1-23) – Jesus foi crucificado ao lado de dois malfeitores, um foi perdoado por Deus e o outro morreu sem salvação (Lc 23.39-43)
  • José saiu do cárcere para ocupar o trono de governador do Egito – Jesus saiu da cruz e foi exaltado ao lado de Deus, e a partir deste momento Jesus será exaltado cada vez mais! (1 Co 15.24-28)
  • José predisse um tempo de grande fome que duraria 7 anos (Gn 41.1-37) – Jesus predisse um tempo de muitas aflições, conhecido como a Grande Tribulação (Ap 3.10)
  • Antes do início dos 7anos de fome, José se casou com uma estrangeira (Gn 41.45) Antes da Grande tribulação Jesus arrebatará a sua noiva, composta de judeus e gentios.
  • Através dos sofrimentos os irmãos de José se aproximaram dele e foram perdoados (Gn 42-50) – Após a Grande tribulação os judeus receberão a Jesus como o Messias e serão protegidos de uma grande destruição – A batalha do Armagedom. (Ap 19)
  • O lugar de destaque que ele ocupava fora determinado pelo rei (41.41) Como o domínio de Cristo foi determinado pelo Pai (At 5.31)
  • Fez provisão para o povo para uma necessidade imprevista. Uma provisão suficiente pata “todas as terras” (41.57) – Porém José não sofreu ao fazê-la. Jesus é o Pão da Vida (Jo 6)
  • Foi uma bênção para as nações, foi chamado de “O salvador do Mundo” - Tradução do nome Zafnate-Panéa.(Gn41,45). Jesus é o Salvador do Mundo!
  • A palavra então era “ide a José! Fazei tudo o que José vos disser!” e Hoje é “Vinde a Jesus! Ele é o único recurso”

 

(7)   Moisés.

Algumas semelhanças entre Moisés e Cristo.

  • Libertador (Is 61.1; Lc 4.18)
  • Divinamente escolhido (Êx 3.7-10; Jo 3.16)
  • Rejeitado por Israel, ele se volta para os gentios (Êx 2.11-15)
  • Durante a sua rejeição ele ganha uma noiva gentílica (Êx 2.16-21; 2 Co 11.2)
  • Mais tarde ele reaparece como o libertador de Israel, e é aceito (Êx 4.29-31; At 15.14-17)
  • Profeta (At 3.22,23)
  • Advogado (Êx 32.31-35; 1 Jo 2.1,2)
  • Intercessor (Êx 17.61; Hb 7.25)
  • Guia e rei (Dt 33.4,5; Is 55.4; Hb 2.10)
  • Moisés enviou 12 espias, Jesus enviou doze Apóstolos.
  • Moisés tinha 70 ajudantes, Jesus escolheu 70 discípulos.
  • Moisés Libertou Israel da escravidão do Egito e do domínio do Faraó, Jesus libertou a igreja do mundo e do domínio do diabo.
  • Moisés foi perseguido na infância por faraó, Jesus foi perseguido na infância por Herodes,
  • Moisés jejuou 40 dias e 40 noites – Jesus jejuou 40 dias e 40 noites.
  • Moisés deu o maná... Jesus é o Verdadeiro Pão do céu.
  • Moisés deu água extraída da rocha, Jesus é a Rocha, que ferida na cruz pela vara da Lei, tornou-se a nossa eterna fonte de salvação.
  • Moisés deu a Lei – Jesus estabeleceu a Graça!!!!
  • Moisés era pecador – Jesus é Santo!
  • Moisés era servo – Jesus é Senhor dos Senhores.
  • Moisés era mortal – Jesus venceu a morte pelo seu próprio poder!
  • Moisés fundou o tabernáculo – Jesus fundou a sua Igreja!!!
  • Moisés era criatura – Jesus é Criador!!!
  • Moisés era homem – Jesus é Homem e é Deus!!!
  • Moisés era adorador- Jesus é Adorado!!!

 

(8)   Aarão. O sumo sacerdote era uma figura de Cristo, nosso Sumo Sacerdote (Hb 7.26-28). Suas vestiduras falam-nos do seu caráter e sua obra.

 

  1. 2.      Tipos não-humanos de Jesus:

(1)   A Arca de Noé:

  • Assim como a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, assim também hoje Deus não quer que alguns se percam (2 Pe 3.9)
  • Assim como só havia uma arca, e esta só possuía uma porta, assim também só há uma arca de salvação hoje. Ela foi terminada no Calvário, e sua única Porta, Jesus Cristo, ainda está aberta a todos que queiram abrigar-se do juízo divino (Jo 10.9)

(2)   A Páscoa (Êx 12): A Páscoa é um tipo de Cristo, nosso redentor (Êx 12.1-28; Jo 1.29; 1Co 5.6,7;1 Pe 1.18,19)

  • O cordeiro tinha de ser sem mancha, e para verificar isto havia de ser guardado quatro dias (Êx 12.5,6) – Assim a vida pública de nosso Senhor sob a observação hostil dos adversários foi a experiência que provou a sua santidade (Lc 11.53,53; Jo 8.46)
  • O cordeiro, assim provado, havia de ser morto (Êx 12.6;Jo 12.24; Hb 9.22)
  • O sangue havia de ser aplicado (Êx 12.7). Isto corresponde à fé individual, e nega o universalismo (Jo 3.36)
  • O sangue assim aplicado, por si mesmo, sem acrescentar nada, constituía uma perfeita proteção do julgamento (Êx 12.13; Hb 10.10,14; 1 Jo 1.7)
  • A festa tipificava Cristo, o pão da vida, relacionando-se com a Santa Ceia (Mt 26.26-28; 1 Co 9.23-26)

(3)   A Rocha ferida (1 Co 10.4):

  • A Rocha ferida fornece a água desejada – Cristo ferido satisfaz a nossa sede espiritual (Jo 7.37)
  • A Rocha ferida fala também do derramamento do Espírito Santo como conseqüência da redenção consumada, e não se ocupa com nossa culpa.

(4)   A Vara de Aarão floresce (Nm 17). O sumo sacerdote, reprovado pelo povo insensato, é manifestamente aprovado por Deus, mediante um sinal milagroso. Isto faz-nos pensar em Cristo, nosso Sumo Sacerdote, reprovado pelos homens descrentes, mas elevado por Deus ao supremo lugar. Os expositores percebem na vara de Aarão um tipo de ressurreição – evidência de vida numa vara seca e aparentemente morta. Cristo nosso Sumo Sacerdote vive para sempre.

(5)   A Serpente de Bronze (Nm 21.6-9; Jo 3.14) A serpente de metal é um tipo de Cristo “feito pecado por nós” (Jo 3.14,15; 2 Co 5.20) e levando ao juízo que nós merecíamos.

(6)   As Cidades de refúgio (Nm 35. Hb 6.18) As cidades de refúgio são tipos de Cristo como abrigo do pecador do juízo vindouro (Êx 21.13; Dt 19.2-13; Sl 46.1; 142.5; Is 4.6; Rm 8.1, 33,34; Fp3.9; Hb 6.18,19). O refúgio era para o homicida involuntário, não para o homicida.

 

  1. 3.      Exemplos de Tipologia no Antigo Testamento:

(1)   Tipologia em Gênesis:

  • A Criação e reconstrução da terra (1.1)- Tipificam a história do homem, criado perfeito; arruinado e restaurado.
    • Inocência (1.1,27)
    • Ruína (1.2a)
    • Restauração (1.2b)
    • Iluminação (1.3-5)
    • Separação (1.6-8)
    • Libertação (1.9,10)
    • Fruto (1.11-13)
    • Testemunho (1.14-19)
    • O primeiro Adão é tipo de Jesus Cristo, o Último Adão (cap.2 e Rm 5.12-21)
    • O sacrifício de Gn 3.21, tipo do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
    • Caim e Abel, tipos das duas naturezas.
    • Abel e Sete, tipos da morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus (cap.5 e Hb 12.24)
    • Enoque, tipo da Igreja arrebatada, antes do Dilúvio, é tipo do dia da tribulação de Jacó (cap. 5 a 8.14)
    • Noé, tipo de Cristo.
    • A arca, tipo do meio de salvação e libertação na hora do juízo que virá sobre a terra.
    • Os oito salvos na arca são tipo do Restante de Israel que será salvo através da Tribulação.
    • Ismael e Isaque, tipos das dispensações da lei e Graça.
    • Abraão e Ló, tipos dos dois princípios da vida: fé e vista.

 

(2)   A Peregrinação de Israel como um Tipo da Vida Cristã: (1 Co 10.1-11

  • A Escravidão no Egito: Um tipo da escravidão do pecado.
  • Moisés como Libertador: Um tipo de Cristo.
  • O Êxodo. Um tipo do abandono da vida de pecado.
  • O Cordeiro da Páscoa. Um tipo de Cristo, o cordeiro de Deus.
  • A Perseguição de Israel por parte de Faraó (Êx 14.8,9). Um tipo das forças do mal que perseguem aos crentes.
  • A Divisão do Mar Vermelho (Êx 14.21). Parte dos impedimentos é removida.
  • A Coluna de nuvem e fogo (Êx 14.19,20). Um tipo da presença divina com os crentes.
  • O Cântico de Moisés (Êx 15.1-19). Um tipo dos cânticos de vitória espiritual.
  • A multidão mista (Êx 12.38). Um tipo da gente mundana na igreja. Corresponde aos membros não-convertidos na igreja, era um elemento de fraqueza e divisão, então, como agora (Nm 11.4-6). Manifestara-se o poder divino, e muitos foram atraídos sem haver qualquer mudança nos seus corações.
  • Mara e Elim (Êx 15.23-27). Um tipo das experiências amargas e doces da vida espiritual.
  • As Panelas de Carne (Êx 16.3).Um tipo dos prazeres sensuais da vida passada.
  • O Maná (Êx 16.4). Um tipo de Cristo, o Pão da Vida (Jo 6)
    • O Pão do Céu é uma coisa que podemos no princípio estranhar (Êx 16.15), um gosto carnal pode não querer (Nm 21.5). Mas quanto mais nos alimentamos de Cristo, mais satisfação achamos nele.
    • O Maná estava no deserto, mas não era do deserto. Era “pão “do céu”.Seu sabor não era terrestre. Era uma figura de Cristo na sua humilhação aqui no mundo.
    • O trigo era “da terra” (Js 5.12). Seu sabor era do lugar onde se encontrava. Era uma figura de Cristo exaltado na glória.
    • A Água da Rocha (Êx 17.6). Um tipo de Cristo, a Água da Vida (1 Co 10.4).
    • Amaleque (Êx 17.) Amaleque, neto de Esaú (Gn 36.12), que “nasceu segundo a carne” (Gl 4.22-29), é progenitor dos amalequitas, inimigos constantes de Israel, e é um tipo da carne no crente.Quando livre do Egito (o mundo), mas não no pleno gozo da terra Prometida (as nossas bênçãos espirituais em Cristo Ef 1.3), o inimigo que assalta o cristão é a carne.
    • Sustentar erguidas as mãos de Moisés (Êx 17.12). Um tipo da necessidade da cooperação entre os líderes.
    • Na estrutura do Tabernáculo – seus utensílios, suas ordenanças, as vestes sacerdotais, a arca da aliança,etc – estão muitos tipos de Cristo e da igreja. O Tabernáculo havia de ser em todas as suas partes um tipo de Cristo, que era “o verdadeiro tabernáculo que o Senhor armou, e não o homem” (Hb 8.2) Cristo veio “por meio do maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos de homens” (Hb 9.11)

 

(3)   Tipologia Extraída do Livro de Josué:

 

  • A Travessia do Jordão: representa a morte.
  • Canaã: Um tipo da vida cristã mais elevada, que deve ser ganha através da luta espiritual. Simboliza também o Céu.
  • Os cananeus: Um tipo de nossos inimigos espirituais (Ef 6.12)
  • A luta de Israel: Um tipo da luta da fé (1 Tm 6.12)
  • O Descanso de Israel após a conquista (Js 11.23). Um tipo do descanso da alma (Hb 4.9).
  • Os cananeus parcialmente subjugados, um tipo dos pecados persistentes ainda não conquistados (Hb 12.1)

 

(4)   Tipologia Extraída do Livro de Neemias:

A reconstrução dos muros de Jerusalém considerada como um tipo do crescimento do reino de Deus na terra.

  • Os Muros Derrubados (1.3) Podem tipificar as defesas debilitadas do reino de Deus.
  • A temporada preliminar de jejum e oração (1.4-11) pode ser tipo da atitude mental que deve precedera todos os grandes empreendimentos espirituais.
  • O sacrifício de Neemias de um importante posto pelo bem da causa (2.5) pode ser um tipo do serviço sacrificial sempre necessário quando se leva a cabo uma grande obra.
  • A inspeção da cidade à noite (2.15-16) pode tipificar a necessidade de enfrentar os fatos antes de começar o trabalho construtivo.
  • A busca de cooperação (2.17-18). Pode ser tipo de um elemento essencial em toda obra bem sucedida.
  • O recrutamento de todas as classes (cap.3). Pode ser tipo da importância de uma organização completa.

 

TABERNÁCULO

 

INTRODUÇÃO.

  1. 1.                          O Tabernáculo e todos os seus pertences agora se fabricam, exatamente conforme as especificações dadas nos capítulos 25 a 31 de Êxodo.
  2. 2.                          Uma Visão Panorâmica do Tabernáculo:

(1)   Medidas: 15 metros de comprimento por 5 de largura e 5 de altura.

(2)   As Tábuas: Era feito de tábuas perpendiculares e coberto de cortinas.

(3)   Posição: Tinha a frente para o Ocidente.

(4)   As tábuas, de 20 de cada lado norte e sul, 6 na extremidade ocidental, mediam de comprimento 5 m  e quase 1 m de largura. Eram madeira dura de acácia, de fibra compacta, e cobertas de ouro. Tinham cada uma 2 espigas para se ajustarem entre si,levantadas sobre 2 bases de prata; e presas com 5 barras que passavam por argolas de ouro nas tábuas.

(5)   Cortinas: As cortinas,eram número de 10, cada uma 14 metros de comprimento por 2 de largura, eram feitas de linho finíssimo, azul,púrpura e escarlate, com querubins primorosamente trabalhados nelas; eram ajuntadas aos pares com colchetes de ouro em laçadas de azul para formarem um só cortinado. Estes cortinado, assim constituído de 10 cortinas, media 20 m ao leste e ao oeste, 14 m ao norte e ao sul, caindo os 5m excedentes sobra a parte posterior do Tabernáculo. Este cortinado estendia-se sobre o espaço delimitado pelas tábuas de ouro, formando o Tabernáculo propriamente dito.

(6)   A Tenda: A tenda cobria o Tabernáculo. Era feita de tecido de pêlos de cabras: 11 cortinas, cada uma de 15 m de comprimento por 2 de largura:ajustadas com grampos de bronze, todo o conjunto medindo 22m ao leste e ao oeste, 15 m, ao norte e ao sul. Sobre isto havia uma coberta de peles vermelhas de carneiros. E por cima, uma terceira coberta de peles de animais marinhos (focas? Ou toninhas?). A tenda tríplice, de tecidos de pêlos de cabras, peles vermelhas e peles de animais marinhos era provavelmente sustentado por um pau de cumieira, com os lados em declive.

(7)   O Lugar Santíssimo ou Santo dos Santos: Eram os 5 m ocidentais, um cubo perfeito, este representava o lugar da habitação de Deus. Continha apenas a arca. Nele só entrava o Sumo sacerdote uma vez por ano. Era a “figura do céu” (Hb 9.24)

  1. 3.                          Estatísticas sobre O Tabernáculo: 50 capítulos na Bíblia contêm instruções ou informações sobre o Tabernáculo: 13 em Êxodo, 18 em Levíticos, 13 em Números, 2 em Deuteronômio e 4 em Hebreus. O Tabernáculo era o local onde Deus se encontrava com seu povo (cf. 25.8; 29.45), e prefigurava a perfeita aproximação de Deus pelo sangue de Jesus Cristo, que “tabernaculou” entre os homens (Jo 1.14; Hb 10.19-20).
  2. 4.                          Outras Informações:

 

  1.                                      I.      LUGARES DE ADORAÇÃO RELIGIOSA.
    1. O Altar. Era uma estrutura elevada sobre a qual o adorador oferecia sacrifícios ou queimava incenso. Esta era a forma mais simples e mais antiga de expressar a fé em Deus, o desejo de adorá-lo, e a necessidade de um sacrifício pelo pecado

(1)   Imediatamente após deixar a arca, Noé erigiu um altar e ofereceu sacrifícios ao Senhor. Deus aceitou este ato e, como resultado, abençoou o mundo com uma bênção que perdura para todos os tempos. Desde os tempos de Noé, pessoas piedosas continuaram edificando altares de adoração.

(2)   Abraão erigia altares nos diferentes lugares onde permanecia (Gn 12.7-8.13,18)

(3)   Jacó foi um edificador de altares (Gn 33.20; 35.7)

(4)   Moisés, Josué, Samuel, Davi e outros crentes da antiguidade edificaram altares de sacrifícios em comemoração a grandes eventos.

 

  1. O Tabernáculo. Era uma tenda sagrada com diversos utensílios, tudo feito de acordo com o plano divino dado a Moisés (Hb 8.5).
  • O altar aprovado pela revelação divina deveria satisfazer as necessidades da nação para o sacrifício e a adoração.
  • O Tabernáculo propriamente dito estava dividido em duas partes: o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.
  • O Lugar Santo media vinte côvados (9,15m) de comprimento por dez (4,57m) de largura. Continha a mesa para o pão da proposição, o candelabro de ouro, e o altar do incenso.
  • O Lugar Santíssimo era quadrado, de dez côvados (4,57m) de cada lado, e nele estava a arca da aliança, um cofre sagrado que simbolizava a presença divina.
  • Uma cortina, ou véu, de um material de tecido fino dividia as duas seções.
  • Somente o sumo sacerdote, e apenas uma vez no ano, no dia da Expiação pelos pecados, entrava no Santo dos Santos a fim de fazer expiação pelos pecados do povo.

 

  1. O Templo.

(8)   Definição. O Santo Templo construído por Salomão não pode ser visto como um assombro arquitetônico; é a concretização de um ideal que, tendo início com os patriarcas, fez-se realidade com o suntuoso edifício que o folho de Davi ergueu em Jerusalém. O Santo Templo é o Santuário por Excelência do povo Israelita, onde não somente este como também os gentios, deveriam adorar e buscar ao Deus Único e Verdadeiro (Mc 11.17)

(9)   Conceito Teológico: Edificado em Jerusalém, possuía o Santo Templo uma função teologicamente missionária: atrair os gentios ao Deus de Abraão (2 Cr 6.32,33; Mt 12.42), fazendo com que estes, juntamente com os judeus, viessem a construir-se num só povo em Cristo Jesus. Infelizmente, o Santo Templo foi transformado, por reis infiéis e apóstatas, num centro ecumênico, onde cada povo tinha ali um altar para o seu deus (1 Rs 11.1-13); Dessa forma, Israel perdeu a sua maior oportunidade de expandir Reino de Deus até aos confins da terra.

(10)                O Templo de Salomão. A construção do Santo Templo teve início por volta do ano 940 a.C. O autor sagrado dedica a este empreendimento três capítulos do 1º Livro de Reis. Terminada a obra, que consumiu os sete primeiros anos do glorioso reinado de Salomão, e que mobilizou todo o Israel e os países vizinhos (2 Cr 5.13,14). Salomão, que tão bem começara o seu reinado, desvia-se do Senhor para seguir os deuses de suas muitas mulheres gentias (1 Rs 11.1-13). E, assim, induz Israel à apostasia. Em conseqüência, o Senhor decide destruir Jerusalém e, com esta o Santo Templo (Jr 7.1-16). Antes, porém, que viessem os exércitos babilônicos, retira Ele a sua glória do lugar santíssimo (Ez11. 23). Como haviam predito os profetas, a Casa de Deus é posta em desolação por 70 anos (Dn 9.25)

(11)                O Templo de Esdras. Terminados os 70 anos de exílio suscita, o Senhor o espírito de Esdras, a fim de que reconstrua o Santo templo (Ed 6.13-22).

(12)                O Templo de Herodes. Passados quase cinco séculos,eis que Herodes põe-se a reformá-lo, objetivando transformá-lo numa das mais notáveis edificações do Império Romano. Neste empreendimento, o perverso monarca compromete quarenta e seis anos de seu governo (Jo 2.20). A construção era sobremodo majestosa, servindo de introdução ao Sermão Profético de Nosso Senhor (Mc 13.1). No ano 70, os exércitos romanos, sob o comando de Tito, destroem completamente o Santo Templo, conforme antecipara o Senhor Jesus (Mt 24.2). Desde então, os judeus, privados de seu santuário, não mais puderam oferecer a Deus os sacrifícios prescritos no Antigo Testamento. Mas com muito anelo aguardam a reconstrução do santo Templo em Jerusalém.

(13)           O Templo da 70ª Semana. Eis as profecias que fazem referência à reconstrução do templo da 70ª Semana (Dn 9.27; t 24.15; 2 Ts 2.3-9)

(14)           O Templo do Milênio: Este templo, por suas características descritas por Ezequiel, difere do templo da 70 ª Semana, pois será edificada sobre um monte localizado na parte central do território sagrado dos sacerdotes (Ez 40.2) Os seus átrios serão murados para se evitar a sua profanação (Ez 48.8-22). Neste templo, a glória do Senhor haverá de manifestar-se a Israel e ao mundo. E sobre ambos os povos estará governado o Cristo de Deus e como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Apesar da importância profética do Santo templo, nós que recebemos a Cristo Jesus como o nosso Salvador e Redentor, devemos ter sempre em mente as apalavras de Cristo àquela samaritana que se achava mui preocupada com o verdadeiro lugar de adoração: “Ma a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.23,24)

 

  1. A Sinagoga. É um lugar judaico de adoração. Esta instituição parece haver surgido durante o exílio, ou pouco depois. Os judeus dispersos entre as nações sentiram a necessidade de lugares de adoração religiosa, e edificaram sinagoga onde quer que havia uma colônia judaica. Estas se diferenciavam do templo de Jerusalém pelo fato de serem geralmente simples retangulares, sem móveis adornados ou altares para sacrifícios. Os cultos do dia de repouso realizados nelas eram relativamente simples, consistindo em grande parte da leitura das Escrituras, oração, alguma classe de instrução religiosa, e às vezes um discurso expositivo. As sinagogas foram, em certo sentido, precursoras da Igreja. Jesus Cristo assistiu aos seus cultos, e Paulo falava com freqüência nas reuniões que nela eram levadas a efeito.

 

  1. A Igreja. Podemos ver o progresso no desejo de adoração espiritual através dos passos sucessivos da construção de altares, do tabernáculo, do templo e das sinagogas. Esta adoração alcança a sua etapa mais elevada de desenvolvimento na instituição da igreja fundada por Cristo.

 

  1.                                   II.      O QUE É TABERNÁCULO
    1. Definição Secular. Templo portátil. Usado como santuário pelos hebreus, durante sua peregrinação no deserto.
    2. Definição Bíblica.
  • O Tabernáculo (hebraico Mishkãn) significa lugar de habitação, indicando o lugar da presença de Deus na Luz, que por sua vez é chamada de Shekinah. Antes do Tabernáculo havia a tenda, ou Tenda da Congregação, erigida como um lugar especial de adoração.
  • Tenda portátil onde os hebreus, durante a peregrinação pelo deserto, prestavam cultos a Deus. Era o símbolo da presença de Deus entre o povo. No tabernáculo, ficava o Santo dos Santos: aqui encontrava-se a arca da aliança com os Dez Mandamentos.
  1. 3.      O Uso do termo na Bíblia. O termo se refere:

(1)   Ao Tabernáculo de Moisés.

(2)   Ao de Moloque (Am. 5.26; At 7.43). Sicute (ou Sakute) era ídolo adorado pelos assírios, desde os tempos remotos; representava o deus da guerra e da luz, equivalente ao planeta Saturno; Quium era outro nome do mesmo planeta. Amós refere-se aqui ídolos associados a divindades atrais que eram carregados em procissões cúticas. A Septuaginta traduz a expressão “Sicute vosso rei” como “tabernáculo de Moloque” (as consoantes hebraicas são as mesmas).

(3)   Ao corpo do crente. (2 Co 5.1)

  1. A Planta do Tabernáculo: O Tabernáculo foi feito de acordo com o “Modelo” que Deus mostrou a Moisés. (Êx 25.9)

 

 

  1.                                III.      OS MATERIAIS DO TABERNÁCULO

 

  1. 1.      Os Materiais:

(1)   As Ofertas: Uma das importantes lições está nas ofertas do povo, atendendo ao apelo divino através de Moisés (Êx 25.2-7; 35.29). As ofertas espontâneas foram tão abundantes que os artífices interromperam seu trabalho para dizer a Moisés

Logo os construtores encarregados da construção do Santuário procuraram Moisés. Disseram eles: "Já temos muito, mais que o necessário para construir o que Deus mandou!" Por isso Moisés mandou fazer correr uma mensagem pelo acampamento. A mensagem dizia: "Ninguém traga mais nenhuma oferta para a construção do Santuário." Assim, foi preciso proibir o povo de dar mais ofertas! Já havia mais do que o suficiente para a obra”. (Êx 35. 4-7 Bíblia Viva) Que lição precisosa!Cada um deu espontaneamente do que possuía, e não foi necessário descer ao Egito em busca de ajuda. Quando cada crente entende que a oferta é parte vital na comunhão com Deus e dá liberalmente, a Igreja não precisa descer ao “Egito” (ao mundo) e mendigar a ajuda dos infiéis!

 

(2)   Os metais:

  • Ouro: Divindade manifesta, glória divina. O Lugar Santíssimo estava separado do Lugar Santo, por cinco colunas de ouro que sustentavam as cortinas da entrada, as bases dessas colunas eram de bronze. O ouro revestia a mesa, as colunas e a arca.Também eram de ouro: os colchetes, o candelabro, o propiciatório, os querubins. Foram utilizados cerca de 1.300 quilos de ouro no Tabernáculo.

 

  • Prata: Redenção (Êx 30.11-16).Estava presente em todos os ganchos que ostentavam as cortinas do tabernáculo, e também, formavam as faixas que ornamentavam essas cortinas. Também todas as tábuas do Santuário estavam apoiadas em bases de prata (Êx 30.12-16; Lv 5.15). A prata é o símbolo de resgate, e o mesmo preço seria pago por todo o israelita, independentemente de suas posses. O preço pago era um só, e isso aponta para o sacrifício expiatória de Jesus, que nos comprou com o seu precioso sangue, pagando um preço único para o nosso resgate, e também mostra que todas as vidas têm valor igual diante de Deus. (1 Pe 1.18).Se tirarmos a prata do Tabernáculo, ele perderá a sua base de sustentação, e também todas as suas cortinas cairão por terra.sem a obra expiatória de Jesus na cruz,a Igreja não é nada, ela perde seus ornamentos, a sua beleza, a manifestação do fruto do Espírito, deixa de ser igreja. Alguns líderes religiosos têm procurado enfraquecer ou diminuir a importância do sacrifício expiatório de Jesus no Calvário. Cada ação legalista, cada esforço puramente na base de obras, significa o enfraquecimento desta verdade bíblica – a Redenção das nossas almas. Utilizou-se cerca de 3.400 quilos de prata no tabernáculo.

 

  • Latão ou cobre: Figura do juízo, como no altar de bronze, a pia e a serpente de bronze. As passagens de Êxodo 27.17:Nm 21.9 Jr 1.18; 1 Co 3.1; 2 Co 5.21 indica esse metal como o tipo de julgamento, de juízo. Os cravos, ou pregos usados nesse Santuário eram desse mesmo material e apontavam para a crucificação de Jesus. O total de bronze utilizado no tabernáculo foi de aproximadamente 2.400 quilos.

 

 

  1. 2.      As Madeiras:

Nem sempre haviam sido tábuas. No estado natural eram árvores que deviam ser derrubadas, serradas, aparelhadas para remover tudo o que havia de obstar chegassem a ser tábuas boas e lisas. Depois foram novamente levantadas, colocadas sobre as bases de prata, e revestidas de ouro. É uma figura do homem no seu estado natural para construir a Casa de Deus, mas derrubados pela convicção do pecado, aparelhados pelo ensino da Palavra, firmados sobre a redenção que há em Cristo, revestidos de ouro, de um caráter irrepreensível, revestidos de Cristo – colocados por Deus mesmo na sai Igreja (1 Co 12.28), ligados uns aos outros,e, assim unidos, constituindo um santo templo do Senhor (2 Co 6.16)

(1)   Sua Origem. Elas vieram da floresta, e cada uma delas representa o cristão. Como crentes, fomos cortados e derrubados aos pés de Cristo pelo arrependimento, quando ouvimos o Evangelho. A palavra de Deus como espada nos colocou por terra, e depois de derrubados, fomos trazidos à Casa de Deus (Ef 2.1-3)

(2)   Seu Despojamento. Embora tenhamos sido trazidos à Casa de Deus no estado bruto, passamos pelo despojamento. Para esse trabalho, o escultor, ou carpinteiro, usa as ferramentas apropriadas para o desbaste da casca e dos nós. Tudo precisa ser despojado pelas afiadas ferramentas do carpinteiro de Nazaré.

Do que ele nos despojou? (Cl 2.11; 3.8,9)

  • Da ira.
  • Da Cólera.
  • Da maledicência.
  • Das Palavras torpes da vossa boca
  • Da Mentira.
  • Dos maus hábitos.
  • Dos Vícios.

(3)   Seu Revestimento. As tábuas foram revestidas de ouro (Êx 26.29) que é um símbolo da glória de Deus (Ap 1.6)

(4)   Suas Bases. As Bases eram de prata, símbolo da redenção.

(5)   O Seu Estado Final: Há outro interessante aspecto relacionado com as tábuas: é que embora as madeiras fossem muito diferentes entre si quando trazidas ao Tabernáculo, agora, depois de trabalhadas, ficaram todas iguais. Aos olhos de Deus não há uns melhores que os outros. Deus não faz acepção de pessoas. (Cl 3.11; Rm 2.11)

  1. 3.      As Travessas: As travessas que mantinham as tábuas de pé e unidas, eram revestidas de ouro (Êx 26.26-28). Essas travessas apontam para a união espiritual descrita no Salmo133 e em João 17.22,23. As travessas, por serem em grupos de cinco, apontam para os ministérios descritos em 1Co 12.5; Efésios 4.9-13. Esse ministério sustenta a Igreja.
  2. 4.      A Cobertura:

(15)                Peles de golfinho. Por serem rústicas, quem olhasse a Tenda estando do lado de fora do Tabernáculo nada veria de especial a chamar-lhe a atenção. Além de parecidas com o deserto – cuja areia retinham – eram simples e sem beleza. Esta primeira cobertura indica a pessoa de Jesus segundo Isaías 53.2. Os que olham a Cristo sem tê-lo antes conhecido e recebido como seu Salvador, nada podem ver de extraordinário. Comparam-no a Buda, Zoroastro, Confúcio, Aristóteles, a um dos profetas bíblicos, ou consideram-no apenas um espírito aperfeiçoado por sucessivas encarnações, ou um revolucionário. Somente o cristão verdadeiro pode exclamar: “Vimos a sua glória, como glória do Unigênito do Pai” (Jo 1.14)

(16)                Peles de carneiro tintas de vermelho. Esta cobertura simboliza a expiação, pois o vermelho, como já vimos, tipifica o sangue de Cristo derramado no Calvário, e aponta para Ele como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29)

(17)                Crina de cabras. A terceira cobertura, de onze cortinas de crina de cabras não tingida, indica a pureza da justiça de Cristo (Jo 8.46)

(18)                Linho fino. A quarta cobertura do santuário era construída de dez cortinas de linho fino branco, como bordados primorosos em azul. Mais uma vez nos deparamos aqui com o caráter celestial de Jesus, figurado na cor do céu, de onde ele veio e para onde vai nos levar, conforme sua promessa. (Jo 14.1-3)

  1. 12.  As Cores:

(1)   Azul: O que é celestial, em natureza ou origem.

(2)   Púrpura: Realeza.

(3)   Escarlata ou carmesim: sacrifício.

(4)   Linho fino: Pano fabricado de um linho cultivado nas margens do rio Nilo. Notável por sua maciez extraordinária e alvura deslumbrante. Ao tato parecia seda. Simboliza a Justiça dos santos (Ap19.8)

 

  1.                                IV.      A POSIÇÃO DO TABERNÁCULO

Como um templo destinado a acompanhar os israelitas no deserto, o Tabernáculo era desmontável e podia ser conduzido de um lugar a outro. Para o honroso trabalho de cuidar e transportar os objetos componentes foram escolhidas as famílias de Gérson, Coate e Merari.

  • Os Gersonitas se acamparam atrás do santuário, ou seja, ao ocidente, e cuidaram do exterior da tenda, como vigias.
  • Os Coatitas ficaram ao sul, e eram responsáveis pelo cuidado da Arca, da mesa, do candelabro, dos altares e de todos os vasos sagrados.
  • Os Meraritas situaram-se do lado norte, e respondiam pela conservação e transporte das tábuas, das travessas, das colunas, das cordas, das estacas e das bases.
  1. O Tabernáculo Ocupava uma Posição Central.
  • Oriente: Guardando a porta de entrada do Tabernáculo, ficava Judá, Issacar e Zebulom. O fato de a tribo de Judá guardar a porta do Tabernáculo é muito significativo, pois, nas bênçãos de Jacó a seus filhos, ele diz em Gênesis que Judá era como um leão, figura que aparece também no último livro das Escrituras, onde Jesus nos é apresentado como o Leão da Tribo de Judá.
  • Sul: Rúben, Simeão e Gade.
  • Norte: Dã, Aser e Naftali
  • Oeste: À retaguarda do Tabernáculo: Efraim Manasses e Benjamim.
  1. 2.      O Tabernáculo Ocupava Uma Posição Determinada.

O Tabernáculo estava sempre voltado para o oriente, isto é, para o lugar do nascimento do sol, certamente apontando para a pessoa de Jesus, anunciado pelo Profeta Malaquias, como o Sol da Justiça (Ml 4.2). As peças principais desse santuário tomavam a forma de uma cruz,também apontando para Jesus (2Co 5.18).

  1. 3.      O Tabernáculo Ocupava Uma Posição Distinta.

(1)   Separação e Comunhão: O tabernáculo estava separado da congregação por uma cerca constituída de 60 colunas de bronze, sobre as quais apoiava-se um cortinado de linho branco, de dois metros e meio de altura. Isso fala da separação entre Deus e o pecador (Êx 39.10-15; 19,31: Is 59.2)O número 6 e seus múltiplos, como no caso dessas colunas, associam-se ao número 7, que é o número de peças do Tabernáculo. Como o 6 se relaciona com o homem e o 7 com Deus, temos no Tabernáculo a comunhão, ou encontro do homem com a Divindade.

(2)   As Colunas: As quatro colunas da entrada do Tabernáculo têm também um significado muito importante (Êx 27.16). Estas quatro colunas representam ou falam da oportunidade para todos, pois, o número quatro está sempre relacionado com a plenitude da terra. Todos têm a oportunidade de entrar no Santuário (Mt 24.31; Jo 3.16)

(3)   Os véus: Os quatro véus que cobrem as quatro colunas de entrada da tenda, e por suas cores significativas, apontam para os quatro Evangelhos, pela ordem em que estes aparecem no Novo Testamento.

  • Púrpura. Esta cor era obtida de um molusco gastrópode da família dos muricídeos. Por ser um produto caro, era utilizado pelos reis e pelas pessoas ricas. A púrpura aponta para a realeza. Indica o Evangelho de Mateus, que apresentam a Jesus como O Messias e rei de Israel.”Eis aí te vem o teu Rei” (Zc 9.9 ARA). Por isso Mateus registra a genealogia de Jesus, pois um rei precisa provar a sua ascendência real. Jesus é simbolizado como o Leão da Tribo de Judá. Mateus focaliza a pessoa de Jesus do ponto de vista de sua realeza, e isto nos leva ao Lugar Santíssimo do Tabernáculo, onde Deus habitava sobre o propiciatório, entre os querubins da glória.

 

  • Carmesim. O Evangelho segundo Marcos está relacionado com a cor carmesim, ou seja, com o sangue que aponta para o servo sofredor, para o Messias na cruz, conforme a profecia de Isaías 42.1: “Eis ao o meu servo...”. Um servo não precisa de genealogia, por isso Marcos não trata da ascendência do Senhor. Marcos apresenta os traços de Jesus do ponto de vista da cruz, e isto nos leva ao altar de bronze, ou dos holocaustos. Jesus é simbolizado pelo Boi, animal que serve ao homem.

 

  • Linho Branco. No Evangelho segundo Lucas temos o linho branco apontando para o Homem perfeito, para o caráter justo de Jesus. É o Evangelho do Filho do Homem. E como todo homem perfeito, ilustre e nobre precisa de uma genealogia, o médico Lucas registra a ascendência de Jesus. O Senhor, em Lucas, cumpre a profecia de Zc 6.12: “Eis aqui o homem”

 

  • Azul. Essa cor era obtida de mexilhões azul-celeste molusco bivale da família dos mitilídeos. O azul era um produto caríssimo pelo fato de a sua extração exigir a morte de milhares de mexilhões. Essa cor, que adornava os palácios reais e as mansões dos milionários, indica sempre o céu, ou aquilo que é celeste.vemos em João o Evangelho do Filho de Deus. Jesus, como Filho de Deus, cumpre Isaías 40.9: ”Eis aqui o vosso Deus” João não registra a genealogia de Jesus, pois Deus não tem genealogia.

 

O azul, por ser um dos principais símbolos do céu, revela o propósito profundo de Deus, de conduzir o seu povo a uma atitude de comunhão com o Pai.

 

O Cordão Azul (Nm 15.38-40): Fixados nas franjas das vestes dos israelitas, deveria lembrar-lhes da responsabilidade de obediência à Lei do Senhor. Assim nós também devemos buscar “as coisas que são de cima” e “pensar nas coisas que são de cima” (Cl 3.1,2). Nos vestidos de salvação (Is 61.10) não deve faltar o memorial do corpo de Cristo – “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22.19; 1 Co 11.24,25). Os fariseus foram reprovados por Jesus, por que alargavam as franjas azuis de suas vestes para se exibirem diante da sociedade (Mt 23.5). Assim como os israelitas foram além do mandamento, hoje ocorre com o memorial da ceia do Senhor, transformado por muitos em transubstanciação (transformação dos elementos no corpo, sangue, alma e divindade de Jesus) e por outros em consubstanciação (união de dois ou mais corpos numa mesma substancia). Assim como o memorial celestial dado aos israelitas transformou-se numa triste e egoísta profanação do sagrado, o solene memorial instituído por Jesus também foi por muitos convertido em orgulho religioso.

 

 

  1.                                   V.      A DIVISÃO DO TABERNÁCULO

Uma Viagem ao Interior do Tabernáculo.

  1. 1.      Entrada proibida: As cortinas brancas contrastam com as tendas cinzentas ao redor. Transmitem a impressão da pureza e santidade que se requer lá dentro. E que altura dois metros e meio! Assim ninguém pode olhar por cima. Deus não se deixa ver. É como se essas cortinas altas e brancas dissessem: “Entrada Proibida” Mas do lado oriental há uma porta aberta:
  2. 2.      A Porta: Deus providenciou uma porta. (Êx 27.16)

Ela aponta para Jesus o nosso único acesso ao Pai (Ef 2.18; 3.12; 1 Tm2. 5)

(1)   Uma Única Porta: No Tabernáculo havia uma só porta. Ela aponta para Jesus, o Único Caminho para Deus (Jo 10.9; 14.6)

(2)   Uma Ampla Porta: 20 côvados, cerca de 10 metros. A entrada é livre para todos – quem quiser pode vir (Ap 22.17)

(3)   Uma Bonita Porta: É Magnífica.  São 4 cores: Azul, púrpura, carmesim e branco, elas deixam a porta atrativa, convidando a entrar.

(4)   Uma Acessível Porta. Ela não é de madeira ou metal, é uma cortina de 20 côvados de largura e 5 de altura. Até mesmo uma criança pode entrar, jovens e velhos são bem vindos.

(5)   Uma Porta que um dia será fechada.  A porta para Salvação, na Arca de Noé, também se fechou (Gn 7.16-23) Os que não entraram se afogaram. A porta da festa se fechou, no caso das Bodas, em Mt 25.1-10. As 5 moças néscias, que queriam estar nas Bodas, chegaram tarde demais.

(6)   Uma Porta que decide: Só há duas possibilidades: Ou você está dentro ou fora. É uma questão de Salvação ou condenação, de vida ou morte, de luz eterna ou noite sem fim. De que lado você está?

  1. 3.      O Cristão no Pátio.

O israelita piedoso, querendo aproximar-se do Senhor para o servir, descobriria imediatamente que a Casa de Deus estava cercada; e para chegar mais perto, havia de entrar pela porta do átrio (Jo 10.9). A primeira coisa que ele encontrava dentro do átrio era o altar.

(1)   O Cristão é Filho de Deus (Jo 1.12)

(2)   É servo do Senhor (Jo 15.15)

(3)   O Pai está sobre ele (Ef 4.6)

(4)   Idade: O Cristão é uma criança. “Filhinhos, eu vos escrevo, por que os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome” (1 Jo 2.12),

1-      A Criança é Fraca: No seu estado de infantilidade espiritual, o crente ainda é carnal e por isso gera contendas (1 Co 3.1-4)

2-      A Criança é Instável. O crente na sua primeira dimensão espiritual está sujeito a ser enganado (Ef 4.14), são os alvos prediletos das seitas. (1 Pe 2.1,2)

3-      A Criança não tem Experiência. Como criança, o crente nunca sai dos rudimentos da fé: não tem experiência (Hb 5.12,12) “O Conhecimento da teologia cristã sem a experiência, ou caráter cristão, equivale a um curso sobre o relacionamento conjugal sem matrimônio. (1 Pe 1.7)

4-      A Criança não sabe Discernir (Hb 5.14)

5-      A Criança se embaraça com as coisas desta vida (Hb 12.1)

(5)   Virtude – a Fé: A Fé está representada pelo primeiro véu – “Agora, pois, permanecem a fé...” (1 Co 13.13). O pecador apossa-se da primeira das três maiores virtudes do cristianismo ao adentrar o átrio do Tabernáculo. (Rm 5.1,2; Hb 11.1)

(6)   Frutificação: (Mc 4.8) 30%. O crente é um ramo que dá fruto (Rm 15.2; Sl 92.13-15)

(7)   Iluminação: Natural – o sol. No pátio, embora o crente tenha a luz da Palavra de Deus (Sl 119.105), ele corre o risco de se deixar guia pela luz natural da razão

(8)   Conhece a Jesus (Rm 1.4; Fp 2.11)

1-      Como o Salvador. No pátio, o crente conhece Jesus como seu Salvador (Fp 2.11).

2-      Como o Bom Pastor. (Jo 10.1).

3-      Como o Caminho (Jo 14.6)

(9)   Está em Cristo. “E assim, se alguém está em Cristo, é nova Criatura” (2 Co 5.17; Rm 5.1)

(10)                Conhece o Pai sobre todos (Ef 4.6) Na primeira dimensão espiritual, o crente ainda não conhece plenamente a Deus (1 Co 15.34), devendo, portanto, prosseguir nesse conhecimento (Os 6.3)

(11)                Celebra a Festa da Páscoa (1 Co 5.7)

(12)                Possui a Luz da Palavra (Sl 119.105)

(13)                É justificado (Rm 5.1)

(14)                Gloria-se na Esperança da Glória (Rm 5.2)

(15)                Está vestido de Salvação (Is 61.10; Lc 15.22)

(16)                Sua consagração começa pelo espírito (1 Ts 5.23)

(17)                A Vontade de Deus é boa (Rm 12.2)

(18)                Seu Sacrifício espiritual é vivo (Rm 12.1)

(19)                Batizado na nuvem (Êx 13.21,22; 1Co 10.1,2)

(20)                Pede (Mt 7.7,8)

(21)                Oração e súplica (Fp 4.6; Cl 4.2)

(22)                Deixando o Egito (Êx 12.37)

(23)                O Espírito Santo.

Começamos pelo Espírito Santo. Começamos nossa carreira cristã tendo em nós a pessoa bendita do Espírito Santo (Gl 3.3)

1-      Possui a presença do Espírito Santo (Gl 3.3)

2-      Possui os Dons do Espírito Santo (1 Co 12.4,8-11)

As Obras do Espírito Santo em nós:

  • O Espírito Santo chama e convence (Ap 22.17; Jo 16.8-11)
  • Ele produz fé (Rm 10.8)
  • Ele nos lava (Tt 3.5; 1 Co 6.11)
  • Ele produz vivificação (Ef 2.5)
  • Ele guia (Sl 143.10).
  • Ele sustenta (Sl 51.11,12).
  • Ele prevalece (Zc 4.6).
  • Ele dá liberdade (2 Co 3.17)
  • Ele mortifica o pecado (Rm 8.13).
  • Ele ajuda obedecer (1 Pe 1.2,22)
  • Ele ajuda a conservar a graça de Deus (2 Tm 1.14)
  • Ele testifica com o nosso Espírito (Rm 8.16)
  • Ele dá poder (At 1.8)
  • Ele dá dons espirituais (1 Co 12.4)
  • Ele dá gozo (Rm 14.17)
  • Ele ensina (Jo 14.26)
  • Ele dá acesso ao Pai (Ef 2.18)
  • Ele intercede por nós (Rm 8.26)
  • Ele fortalece o nosso espírito (Ef 3.16) – A maturidade cristã está caracterizada muito mais pelo fruto do Espírito do que pela posse dos dons espirituais (Gl 5.22,23)

 

  1. 4.      O Cristão no Lugar Santo.

Em sua caminhada em direção ao Santo dos Santos, o crente deixa para trás o altar do holocausto e a pia de bronze transpõe o segundo véu e penetra no Santuário, entrando assim na segunda dimensão espiritual

(1)   Idade: O Cristão é Jovem (1 Jo 2.13,14). A Palavra de Deus nele permanece, suas orações são mais eficazes (Jo 15.7)

(2)   Virtude: A esperança (Sl 40.1). Este segundo véu corresponde a segunda maior virtude do cristianismo – a Esperança (1 Co 13.13; 1Tm 4.11) A esperança produz corações fortes (Sl 27.14) Agostinho afirmou que, “tirando-se a esperança ao peregrino, ele perderá as forças para a marcha” Thomas Müller, quando diz que as grandes esperanças fazem os grandes homens, concorda com a célebre frase de William Carey: “Espera grandes coisas de Deus e empreende grandes coisas para Deus” A esperança do crente é bem diferente daquela referida por Coelho Neto, quando diz que as esperanças são como as estrelas; brilham, mas não trazem luz, lindas, mas ninguém as alcança.” A esperança do crente é a consumação futura da obra de Deus iniciada pela conversão, e que inclui a ressurreição do corpo, a herança dos santos, a vida eterna, a glória e a visão de Deus.”

 

(3)   A Páscoa e o Pentecoste: No Lugar Santo, ou Santuário, o crente celebra a segunda das três grandes festas, a do Pentecoste (Lv 23.15-21)

 

  • Os sete cordeiros significam uma entrega perfeita, total e voluntária; o novilho é o símbolo da mansidão e do serviço, e os dois carneiros significam uma convicção maior do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz.
  • A partir do Novo testamento, o Pentecoste passou a significar unção, poder, capacitação. Em Jerusalém, no dia de Pentecoste, atendendo à pregação de Pedro, houve a primeira colheita de almas para Cristo, quando três mil pessoas se converteram

 

(4)   Frutificação. 60%. No Santuário, o crente dá mais fruto (Jo 15.2) Se no Pátio damos 30 por um, no Santuário, passamos para 60 por um (Mc 4.8).

(5)   Alimentação. No Santuário o crente alimenta-se de pães asmos. (Lv 24.7). Aqueles doze pães, cada um preparado sem fermento e com cerca de oito litros de flor de farinha, eram colocados sobre a mesa apropriada, em cada sábado. Em seguida o sacerdote derramava sobre eles o incenso puro, tornando-os santos.  Permaneciam na mesa de um sábado a outro. A cada sábado os sacerdotes se reuniam no lugar santo e os comiam. Era o alimento deles como um tipo de Cristo, o Pão da Vida. Os pães também representam a plenitude do povo de Deus diante de seu Redentor – Somos um só pão. A comunhão fraterna entre irmãos cheios do Espírito Santo fala Ada restauração da mesa e da feliz reunião dos sacerdotes no Lugar Santo para se alimentar dos pães da proposição.

(6)   Iluminação Artificial – o Candelabro. Há um progresso notável aqui. Enquanto no pátio o cristão sofre uma tremenda influência da luz natural, tão abundante, aqui sua visão está voltada para a luz espiritual do candelabro. A finalidade do candelabro está descrita em Êxodo 25.37, os seis braços laterais apontam para a comunhão dos salvos com Jesus, formando com Ele sete hastes. Jesus é o tronco, a videira, e nós as varas. O Candelabro era feito de ouro batido, o que nos ensina que a glória é mediante o sofrimento e a provação (Jo 15.20). No santuário o crente não apenas apara e limpa os pavios para que a luz do candelabro brilhe cada vez mais intensamente, mas ele mesmo continua sendo purificado, num processo contínuo. O sacerdote tinha de usar o espevitador e o apagador, para fazer com que todas as lâmpadas brilhassem normalmente, sem problemas. Para isso ele tinha de puxar o pavio e escová-lo, ou cortá-lo, a fim de remover o carvão. Os meios usados por Deus para fazer nossa luz brilhar são dolorosos, porém necessários (Mt 5.16)

(7)   Conhecimento ampliado:

1-      Cristo, o Capacitador: No Lugar Santo, o crente conhece a Jesus como Salvador e como o Cristo (Fp 2.11). Os Dons ministeriais são distribuídos por Jesus Cristo, enquanto os dons espirituais o são pelo Espírito Santo (Ef 4.11,12). Esses ministérios são a mão de Deus operando na Igreja. O apóstolo corresponde ao polegar, por seu íntimo e fácil relacionamento com todos os demais. O profeta corresponde ao dedo indicador. O evangelista pode ser representado pelo dedo médio – o maior da mão, pois ele se sobressai entres os outros. O pastor é o anular, o dedo da aliança, pois ele está casado com a igreja local. Finalmente, o mestre corresponde ao mínimo, o menor dedo da mão, o preferido para remover pequenas dificuldades, principalmente do ouvido. O fato de esses cinco dons ministeriais terem sido dados à Igreja para a sua edificação espiritual é bastante significativo no estudo da tipologia do Tabernáculo. A tenda da congregação estava de pé graças às cinco travessas que mantinham suas 48 tábuas unidas nas três paredes (ao sul, ao norte e ao oeste) e às cinco colunas ao leste, que suportavam o segundo véu.

2-      Cristo, o Grande Pastor. No Lugar Santo o crente conhece a Jesus (Hb 13.20).

3-      Conhece melhor o Pai: (Ef 4.6)

(8)   Adoração. Representada pelo Altar de Ouro (Hb 9.3,4; I Rs 6.22; Êx 37.25-27).  Deus está à procura dos verdadeiros adoradores. (Jo 4.23,25). O Altar de Ouro possuía um chifre em cada um dos seus quatro cantos, significando que há grande poder no louvor (2 Cr 20.22).

1-      O Culto ideal na igreja deve ser uma combinação de adoração inspirada por parte do povo e pregação inspirada por parte do pastor.

2-      A adoração não é ocasional, devemos adorar a Deus em todo o tempo.

3-      A adoração não depende de lugares especiais. A mulher samaritana quis saber qual o local de adoração, se no monte de Gerezim ou em Jerusalém. A resposta de Jesus foi contundente: “Nem neste monte nem em Jerusalém” 

4-      Razão da Nossa Adoração.

  • Deus é Criador. É muito justo que a criatura reverencie o Criador. (Sl 115.1)
  • Deus é o nosso Pastor. Deus não somente nos criou, como também nos preserva, sustenta e fortalece. “Somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio”
  • Deus é bom. Deus é o valor supremo do Universo inteiro.
  • Deus é misericordioso.
  • Deus é fiel. “De geração em geração a sua fidelidade”

5-      Meios de Adoração.

  • Através da Meditação. Quando você medita, pensa nos assuntos de Deus, não somente para estudá-los e aprendê-los, mas também para apreciá-los e permitir que eles influenciem a sua vida. Você pode adorar a Deus não somente com a sua voz, como também com o silêncio do seu coração e da sua mente.
  • Por meio da oração. A oração significa que você faz a sua vida inteira inclinar-se em direção a Deus, ansioso por sentir a comunhão com Ele. É a conversa entre a sua alma e o eterno Espírito.
  • Pelo cântico. Quando o coração está comovido com emoções de adoração, você não pode achar melhor maneira de expressar sua devoção do que mediante a música e canção espirituais. Não admire que o avanço espiritual da igreja tenha sido acompanhado pela música de louvor espiritual. Os hinos vigorosos de Lutero tinham tanto conteúdo vital, espiritual e teológico quanto os seus escritos que tanta coisa fizeram para implantar a Reforma. O reavivamento wesleyano ainda sobrevive em nosso meio através dos hinos de Charles Wesley.
  • Pela leitura das Escrituras. Infelizmente em muitas igrejas você pode ouvir apenas alguns poucos textos avulsos. Porções apropriadas das Escrituras, lidas com a expressão piedosa da unção da fé, podem ser uma bênção para a congregação.
  • Participação da Santa Ceia do Senhor. Como dramatização ou demonstração visível da obra de Cristo que morreu na cruz para expiar os nosso pecados e nos dar a vida Eterna mediante o sacrifício dEle, a Ceia do Senhor tem o poder de despertar em você a mais profunda adoração.
  • As Contribuições e ofertas. A contribuição dada por você é um ato de culto porque é assim que você revela reconhecer Deus como dono de todas as coisas (Sl 24.1) “Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos” (1 Cr 29.14)

6-      Os Serafins - Uma Lição de Adoração.

  • As asas que cobriam o rosto sugerem a profunda reverência.
  • As asas que cobriam os pés sugerem a humildade.
  • As asas com as quais os anjos voavam sugerem a idéia de serviço. É claro que você pode voar alto a grandes velocidades como os querubins, mas pode e deve “correr com perseverança a carreira que lhe está proposta” (Hb 12.1)

Cada religião tem os seus lugares sagrados de adoração.

  • Os judeus têm a sinagoga e Jerusalém.
  • Os muçulmanos têm a mesquita e Meca.
  • Os hindus têm os seus templos e um rio sagrado
  • Os católicos têm o Vaticano, Juazeiro e Aparecida do Norte no Brasil, Fátima em Portugal, Loudes na França, Montesserat na Espanha, etc., além de incontáveis templos.

 

(9)   Anda na Luz de Deus (Jo 1.12)

(10)                Possui o Espírito Santo e o Filho. (Jo 14.20; Gl 4.19)

1-      O Espírito Santo.

  • Possui a paixão do Espírito Santo (Gl 5.17)
  • Possui o Espírito Santo como representante de Cristo (Ef 3.17)
  • Possui o fruto do Espírito Santo (Gl 5.22)

2-      Jesus:

  • Conhece o Filho como Jesus e Cristo (Rm 1.4; Fp 2.11)
  • Conhece o Filho como a Verdade (Jo 14.6)
  • Conhece o Filho como o Grande Pastor (Hb 13.20)

(11)                O Crente no Lugar Santo:

  • Celebra a festa do Pentecoste (At 1.8)
  • Possui a luz do Espírito Santo (Mt 5.16)
  • É Santificado (Hb 10.10,14)
  • Dá mais fruto (Jo 15.2)
  • Sua frutificação é 60 por um (Mc 4.8)
  • É amigo do Senhor (Jo 15.15)
  • É jovem (1 Jo 2.13,14)
  • É filho (1 Jo 2.13)
  • Possui a virtude da fé e da esperança (1 Co 13.13)
  • É vivificado e ressuscitado em Cristo (Ef 2.6)
  • Leva a sua própria cruz (Mc 8.34)
  • Gloria-se nas tribulações (Rm 5.3)
  • Anel da restauração (Lc 15.22; Gn 41.42)
  • Sua consagração continua na alma (1 Ts 5.23)
  • A Vontade de Deus é Agradável (Rm 12.2)
  • Seu sacrifício espiritual é santo (Rm 12.1)
  • Possui os ministérios dado pelo Filho (1 Co 12.5)
  • Batizado no mar (Êx 14.21; 1Co 10.1,2)
  • Busca (Mt 7.7,8)
  • Ação de Graça (Fp 4.6; Cl 4.2)
  • No deserto (Êx 15.22)

 

  1. 5.      O Cristão no Lugar Santíssimo.

Ao transpor o terceiro véu, que simboliza o amor como a maior de todas as virtudes, o crente entra no Lugar Santíssimo. Esta terceira divisão do Tabernáculo corresponde a terceira e maior dimensão do nosso desenvolvimento espiritual. O mesmo véu que separa ao Lugar Santo do Lugar Santíssimo representa o corpo de Jesus rasgado no madeiro da cruz (Hb 10.19-22)

(1)   Idade: O Cristão é Adulto (1 Jo 2.13,14). É maior o seu conhecimento de Jesus. Ele o conhece agora como o Supremo Pastor das ovelhas (1 Pd 5.4). Paulo reprova alguns crentes dizendo: “alguns ainda não têm conhecimento de Deus. Isto digo para vergonha vossa” (1 Co 15.34)

O Cristão como pai:

  • O pai gera filhos. João Hyde levou a Cristo 100 mil almas, direta e indiretamente. Ele como Paulo, podia dizer de seus milhares de filhos na fé: “Eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus” (1 Co 4.15)
  • O pai possui autoridade. O livro de Atos mostra a autoridade de Pedro (At 3.6; 5.1-11) e Paulo (At 13.6-12). Anel na Bíblia significa autoridade (Gn 41.42; Lc 15.22)
  • O pai toma posse do Evangelho. “o nosso evangelho” (1 Ts 1.5), “o meu evangelho” (2 Tm 2.8)
  • O pai sustenta. “Dai-lhe vós de comer” (Mt 14.16); “ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co 4.1) ler 1Pedro 4.10.

(2)   O Véu:

1-      O Véu Inexpugnável: De acordo com autoridades em assuntos judaicos, nem um par de bois poderia rasgar o véu do Templo de Herodes, que era de material resistente e possuía cerca de 1º centímetros de espessura. Ao homem era impossível rasgá-lo; muito menos de cima para baixo. Só Deus poderia fazê-lo!

 

2-      O Véu Tipifica o Corpo do Senhor Jesus. O véu interior é tipo do corpo humano de Cristo (Mt 26.26; 27.50; Hb 10.20). Este véu, vedando a entrada ao Santíssimo, era um símbolo expressivo da verdade que “pelas obras da Lei nenhuma carne será justificada” (Hb 9.8; Rm 3.20).

3-      O Véu Rasgado: Rasgado por mão invisível quando Cristo morreu (Mt 27.51), dando assim acesso imediato a Deus para os que chegassem pela fé, significa o fim de todo o legalismo: o caminho para Deus ficou aberto.

4-      O Véu Remendado: É significativo que os sacerdotes devem ter remendado o véu que Deus rasgara, pois os serviços do templo continuaram por quase mais de 40anos. Esse véu remendado é o legalismo reprovado na Carta aos Gálatas, é a tentativa de colocar o crente sob o regime da Lei (Gl 1.6-9). Tudo que anuncia outra coisa a não ser “a graça de Deus” é “outro evangelho” e esta sob anátema.

A Lei e a Graça.

1)      Propósito da Lei:

  • Revelar o caráter excessivamente maligno do pecado (Rm 3.20; 7.7)
  • Revelar a santidade de Deus e sua lei (Lv 20.26; Rm 7.12)
  • Mostrar a impossibilidade do homem por si mesmo cumprir a Lei, e assim revelar a necessidade de um Salvador e Redentor – isto é, conduzir-nos a Cristo (Gl 3.24)

2)      Cristo, pois, é o fim da Lei (Rm 10.4). O mal dos judeus (e dos legalistas modernos), é que tiveram a lei como meio de salvação. A lei que os conduzia, chegou ao fim da sua viagem, mas eles permaneceram a bordo!

3)      Os fiéis de Deus do Antigo Testamento - Também foram salvos pela graça de Deus. (At 15.10,11)

4)      A Lei é baseada em Obras (Rm 10.5; Gl 3.10b). A Graça é baseada na fé (Ef 2.8; Gl 2.16). Em suma a Lei diz: “Fazei e Vivei” (Lv 18.5); a Graça diz: “Crede e vivei” (Jo 6.47)

5)      Jesus veio cumprir a Lei (Mt 5.17). No sentido de cumprir seus tipos, profecias, promessas, e completá-la (Mt 5.22,28, 32,39. 44). Como cidadão judeu exemplar, Jesus observou os ritos da Lei, é claro.

6)      A parte moral da Lei é eterna e universal. A parte pactual (entre Deus e Israel) era transitória, pois além de ter sido quebrada por eles (Jr 31.32), foi abolida por Cristo no Calvário (Ef 2.15; Cl 2.14-17)

7)      A Lei e a Graça: Não se confundem na Bíblia (Mt 9.16,17). Jesus é o caminho para Deus, não u’a mera continuação da Lei. É um novo e vivo caminho (Hb 10.20; Rm 6.14)

ü      A lei condena o melhor homem; a Graça salva o pior (Lc 23.43; 1 Tm 1.13-15)

ü      A Lei expressa a vontade de Deus; a Graça, a bondade de Deus.

ü      A lei não pôde aperfeiçoar cousa alguma; Jesus por sua graça, sim (Cl 2.10; Hb 10.20; Rm 6.14)

ü      Lei: Deus proibindo e exigindo (Êx 20.1-17) – Graça: Deus rogando e concedendo (2 Co 5.18-21)

ü      Ministério de condenação (Rm 3.19) – Graça: Ministério de perdão (Ef 1.7)

ü      A Lei condena (Gl 3.10) – A Graça redime da condenação (Gl 3.13; Dt 21.22,23)

ü      A Lei mata (Rm 7.9,11) – A Graça vivifica (Jo 10.10)

ü      A Lei fecha todas as bocas perante Deus (Gl 3.19) – A Graça abre as bocas para louvá-lO. (Rm 10.9, 10; Sl 107.2)

ü      A Lei põe uma grande distância de culpa entre o homem e Deus (Êx 20.18,19) – A Graça aproxima de Deus o homem culpado (Ef 2.13)

ü      A Lei diz “Olho por olho, dente por dente” (Êx 21.24) – A Graça diz: ”Não resistais ao perverso; mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” (Mt 5.39)

ü      A Lei diz: “Faze, e viverás” (Lc 10.28) – A Graça diz: “Crê, e viverás” (Jo 5.24)

ü      A Lei Condena totalmente o melhor dos homens (Fp 3.4-9) – A Graça justifica gratuitamente ao pior (Lc 23.34; Rm 5.6; 1 Tm 1.15; 1 Co 6.9-11).

ü      A Lei é um sistema de provação (Gl 3.23-25) – A Graça é um sistema de favor (Ef 2.4,5)

ü      A Lei apedreja uma adúltera (Dt 22.21) – A Graça diz: “Nem eu tampouco te condeno” (Jo 8.1,11)

ü      Na Lei a ovelha morre pelo pastor (1 Sm 7.9; Lv 4.32) – Na Graça o Pastor morre pela ovelha

ü      Na promulgação da Lei quase 3mil almas morreram – Na manifestação da Graça no dia de Pentecoste quase 3 mil almas foram salvas.

 

(3)   Virtude: Amor.

(4)   Frutificação: 100% (Jo15. 5; Mc 4.8)

(5)   Iluminação Espiritual – a Glória de Deus. No Santo dos Santos o crente é iluminado não apenas pela Palavra e pelo Espírito, mas também pela glória de Deus (Êx 40.34; 2 Co 3.18). No Santo dos Santos somos fortalecidos “com todo o poder, segundo a força da sua glória” (Cl 1.11)

  • A glória em Jesus (Mt 17.2)
  • A glória sobre Estevão (At 6.15; 7.2.55.56)

(6)   Jesus – Salvador, Cristo e Senhor. No Santíssimo Lugar o crente recebe Jesus como Senhor de toda a sua vida. (Fp 2.11). Nos estágios anteriores ele conheceu Jesus como o seu Salvador, depois como o seu Cristo, mas agora se submete ao seu pleno senhorio. Na época do Novo Testamento as pessoas ao chamar o Cezar de Senhor, estavam reconhecendo-o com um deus. A Palavra Senhor aplicada a Jesus, significa a sua Divindade.

(7)   Jesus o Caminho, a Verdade e a Vida: À medida que o crente avança em direção ao Santo dos Santos, ele tem um conhecimento cada vez maior dos atributos da Jesus.

(8)   Possui o Espírito, Jesus e o Pai. (Jo 14.23) Paulo, depois de falar da plenitude de Deus no crente em Efésios 3.19, escreve que o Pai está “em todos” (Ef 4.6)

(9)   É servo, amigo e irmão do Senhor. (Jo 15.15; 20.17)

  • Servo: Apenas recebe ordens, por obrigação.
  • Amigo: Serve por amor e sabe dos planos e razões do seu Senhor (Êx 33.11; Jo3. 29)
  • Irmão: Goza de privilégios ainda maiores (Gn 18.17.18; Sl 25.14; At 20.23)

Quais as características de “irmãos na Bíblia?”

1-      Devem amar (Jo 13.34; 15.12)

2-      Viver em concórdia (Gn 13.8; Sl 133)

3-      Perdoar (Gn 50.17; Mt 18.21)

4-      Visitar (At 15.36)

5-      Ser abnegado (2 Co 8)

6-      Restaurar os desgarrados (Gl 6.1)

7-      Admoestar (2 Ts 3.15)

(10)                Conhece Deus – Pai.

(11)                Festividade: No Santo dos Santos o crente celebra a terceira grande festa: a dos Tabernáculos (Lv 23.34; Dt 16.13). Esta maior festa dos judeus era realizada de 15 a 21 de Tisri, o sétimo mês do calendário religioso de Israel.

(12)                O Cristão no Lugar Santíssimo

  • Possui o poder do Espírito Santo (Lc 4.14; At 4.33; 10.38)
  • Conhece o Filho como Supremo Pastor (Jo 10.11)
  • O pai está nEle (Ef 4.6)
  • Celebra a Festa dos Tabernáculo (Jo 14.23)
  • Possui a luz da glória (2 Co 3.18)
  • É glorificado (Rm 8.30)
  • Dá muito fruto (Jo 15.5)
  • Sua frutificação é 100 por um (Mc 4.8)
  • É irmão do Senhor (Jo 20.17)
  • É adulto (1 Co 13.11)
  • É pai (1 Jo 2.13,14)
  • Possui a virtude da fé, da esperança e do amor (1 Co 13.13)
  • É vivificado, ressuscitado e elevado em Cristo (Ef 2.6)
  • É crucificado com Cristo (Gl 2.20)
  • Gloria-se na própria pessoa de Deus (Rm 5.11)
  • Sandálias do evangelho (Lc 15.22; Ef 6.15)
  • Seu viver é piedoso (Tt 2.12)
  • Sua consagração alcança o corpo (1 Ts 5.23)
  • A vontade de Deus é perfeita (Rm 12.2)
  • Seu sacrifício espiritual é agradável a Deus (Rm 12.1)
  • Possui as realizações do Pai (1 Co 12.6)
  • Batizado no Jordão (Js 4.22,23; Sl 66.6)
  • Bate (Mt 7.7,8)
  • Adoração (Jo 4.23)

 

  1.                                VI.      OS OBJETOS DO TABERNÁCULO

 

  1. 1.      A Descrição das Peças:  

 

(1)   As argolas e os varais: Que aparecem em todas as peças do tabernáculo, indicam o caráter ambulante desse santuário.

 

(2)   O Altar de Bronze. Também conhecido como “altar do Holocausto”, e “altar de transferência”, era a maior peça do Tabernáculo e apontava para a cruz de Cristo. O Altar era suficientemente grande para sobre ele serem imolados os animais do sacrifício. Media 2,50 x 2,50m x 1,50m, era feito de madeira de cetim revestida de bronze. Era oco e côncavo por dentro, para permitir a ventilação, e possuía uma grelha, quatro argolas para os varais de transporte, uma ponta (ou chifre) em cada canto, e diversas outras peças, como caldeiras para recolher as cinzas, tenazes, garfos, braseiros e varais. Esses chifres foram aspergidos com sangue (Lv 4.30; 8.15). Assim como Moisés derramou o sangue da vítima à base do altar (Lv 4.30), Jesus derramou a sua alma no Calvário (Is 53.12).

 

(3)   Chifres: Símbolo do poder. Desenvolveu-se entre os israelitas, o costume de recorrer a esses chifres do altar, a fim de escapar à vingança humana, considerando a pessoa protegida pelo poder divino (Êx 27.2)

 

(4)   Um altar Substituto? A Bíblia registra que o rei Acaz viu um altar em Damasco, fez uma planta e um modelo do mesmo e o mandou ao sacerdote Urias, o qual edificou o altar segundo tudo que o rei lhe havia ordenado, o rei sacrificou nele, removeu o altar do Senhor da sua posição original e o colocou ao lado do seu (1 Rs 16.10-15). Quantos estão substituindo a mensagem da cruz, por um outro “evangelho”? Estão agindo segundo doutrinas de homens e não de Deus. Quantos estão colocando as suas doutrinas, tradições e revelações em pé de igualdade com a Bíblia? Quantos estão tentando remover a doutrina Bíblica da sua posição original e a colocando de lado?

1- As Cinzas: As

 

(5)   A Bacia de Bronze. Simbolizando a Palavra de Deus, esta peça continha água na qual os sacerdotes teriam de lavar cada vez que ministrassem no altar de bronze (Hb 4.12,13).Tipo de Cristo purificador de toda a contaminação (Jo 13.2-10; Ef 5.25-27). É significante que o sacerdote não podia entrar no santuário depois de servir ao altar de bronze, até ter lavado as mãos e os pés. Para prosseguir na sua caminhada cristã, o crente precisa lavar-se no lavatório (Êx 38.8). – O Valor da Santificação:

  1. Lavar-se é renunciar: Com aquele gesto de doar os seus objetos de toalete, as mulheres estavam renunciando o mundo e a vaidade mundana (1 Jo 2.15-17). Aquelas mulheres sacrificavam a sua beleza artificial, exterior em busca da beleza interior.
  2. Maior limpeza, mais fruto: Jesus disse que a vara que dá fruto precisa de limpeza, para dar mais fruto (Sl 119.9).
  3. A Importância de Bronze; É impossível prosseguir a caminho do Santo dos Santos sem passar pela água, sem passar pela pia de bronze (Êx 30.17-21; Hb 12.14)
  4. A Santificação é aqui na terra: O fato de a bacia

 

(6)   A Mesa dos Pães da Proposição. Ou Mesa da presença, tinha um metro de comprimento por 50 centímetros de largura e 75 de altura. Sobre ela ficavam os 12 pães da presença, representando Todo o povo de Deus. Esses pães eram comidos pelos sacerdotes a cada sábado, e no mesmo dia substituídos. Este pão consagrado era para ser comido somente pelos sacerdotes, mas em certa ocasião Davi e seus companheiros o comeram (1 Sm 21.6; Mt 12.4), o que nos ensina que, em momentos de necessidade maior, o ritual pode ficar suspenso para que”o ungido de Deus” seja alimentado.Esses pães indicam a pessoa de Jesus como o Pão da Vida, o alimento espiritual do povo de Deus.

 

(7)   O Candelabro. Assim como nas moradias humanas há comida e luz artificial, Deus consentiu em haver as mesmas coisas na casa Dele. Porém visto que Deus não precisa comer o pão, isso era dado aos sacerdotes para seu sustento (Lv 24.9); e a luz do candeeiro, que pode falar de testemunho, faz-nos pensar que a luz que brilha no povo de Deus para a iluminação do mundo (Mt 5.14) brilha, ao mesmo tempo, perante Deus no seu santuário (Rm1. 9; 2 Co 2.15). O candelabro de ouro localizava-se no lado esquerdo de quem entrasse no Lugar Santo. Foi feito de ouro batido, e pesava cerca de 34 quilos. Ele indica a iluminação e a direção do Espírito Santo. Neste castiçal não se faz menção de outra coisa que não seja de ouro (Êx 25.36). As sete lâmpadas, as quais se acenderiam para alumiar diante dele, exprimem a perfeição da luz e energia do Espírito, baseadas e ligadas com a eficácia perfeita da obra de Cristo. Para o templo que construiu, Salomão colocou dez candelabros (1 Rs 7.49). No templo de Herodes, nos dias de Jesus, havia um só candelabro, segundo informa Josefo.

 

Em Roma foi construído o Arco do Triunfo, pelo imperador Tito em comemoração da captura de Jerusalém, uma escultura do sagrado castiçal dos judeus, tirado então, por suposto, do templo de Herodes, mas provavelmente, conservando o mesmo aspecto do castiçal primitivo do Tabernáculo.

 

 

(8)   O Altar de Ouro. Tipo de Cristo nosso intercessor (Jo 17.1-26; Hb 7.25) por quem nossas orações e louvores sobrem a Deus (Hb 13.15; Ap 8.3,4). Tipo também dos sacrifícios de culto e louvor dosa crentes-sacerdotes (Hb 13.15) Representando as nossas orações e a nossa adoração, o altar do incenso era uma peça de amadeira toda coberta de ouro. Embora o altar do incenso pertencesse ao santo dos Santos (Hb 9.5), ele foi posto diante do terceiro véu, no Lugar Santo, talvez tendo em vista a necessidade de os sacerdotes oferecerem nele, diariamente o incenso sagrado.

 

(9)   O Incenso – um tipo da oração (Êx 30.34-37; Ap 5.8):

 

1-      Incenso- Singular.

  • Era Único.
  • Era Sagrado.
  • Era Inimitável.

2-      Os elementos da Composição do Incenso:

 

  • Resina. Ou estoraque, era extraída sem incisão, espontaneamente, de um arbusto do mesmo nome. O nosso louvor e adoração devem ser espontâneos (Ez 44.16-18)
  • Onicha ou âmbar: Ou ainda craveiro. Extraído de um molusco marinho, ele nos ensina que a nossa oração ou louvor deve partir das profundezas da alma. (1 Sm 1.9-18) “Das profundezas clamo a ti, Senhor” (Sl 130.1)
  • Gálbano. Um arbusto do deserto. Suas folhas deviam ser quebradas para extração do perfume. A adoração deve brotar de um coração quebrantado e contrito (Sl 51.17) Stanley Jones registra a experiência de um escritor muito apreciado que orou pedindo o fim de seus muitos sofrimentos. Um amigo, ao ouvir as palavras da oração, pôs a mão sobre o ombro do escritor e disse-lhe: “Se esta oração for atendida, será o fim do seu estilo”. Paulo e Silas, como cordas distendidas pela cravelha do sofrimento, oravam e cantavam hinos no cárcere de Filipos. Tão alto subiram os seus louvores, que Deus enviou uma nota baixa – um terremoto – nascendo daí talvez a primeira igreja da Europa, uma igreja forte e cooperadora no Evangelho de Cristo.

3-      Incenso estranho: Incenso não feito segundo a ordem divina (Êx 30.9,34-38). E não oferecido por sacerdotes consagrados (Nm 16.40). É semelhante a oração que não é feita em Nome de Jesus (Jo 14.13) e repetida sem arrependimento e sem fé, sem o amor de Cristo e a esperançada salvação.

 

 

(10)                A Arca.

1-      O que era a Arca. Era uma peça de madeira de acácia toda revestida de ouro por dentro e por fora. Ela representava a base do trono de Deus, pois sobre ela ficava o propiciatório com os querubins da glória. Medidas: 125 centímetros de comprimento por 75 de largura e 75 de altura. Ela pertencia ao Santo dos Santos (Êx 26.33)

 

2-      Nomes da Arca.

  • Arca do testemunho (Êxodo 25.22)
  • Arca do concerto (Nm 10.33)
  • Arca do concerto do Senhor (Js 3.11)
  • Arca do Senhor (Jo 3.13)
  • Arca do concerto de Deus (Jz 20.27)
  • Arca do concerto do Senhor dos Exércitos (1 Sm 4.4)
  • Arca do Senhor Deus de Israel (1 Sm 5.7)
  • Arca do Senhor Deus (1 Rs 2.26)
  • Arca de nosso Deus (1Cr 13.3)
  • Arca de Deus, o Senhor (1 Cr 13.6)
  • Arca da tua força (2 Cr 6.41; Sl 132.8)
  • A santa arca (2Cr 35.3)

 

 

3-      A Posição da Arca. A Arca pertencia ao Santo dos Santos (Êx 26.33). Em Isaías 53.2 temos a humanidade de Jesus representada na acácia, madeira do deserto

 

4-      O Conteúdo da Arca.

  • As tábuas da Lei (Êx 25.16) Elas representavam a vontade de Deus para com o povo de Israel, elas apontavam para Jesus, que tinha feito a vontade de Deus (Sl 40.8) e também para o crente (Jr 31.33)
  • A vara de Arão (Nm 17.5-9). Fala da ressurreição de Cristo, e também de um ministério aprovado que dá flores e frutos.
  • O maná (Êx 16.32-34). Indica a provisão de Deus para o seu povo. Aponta para a pessoa de Jesus (Jo 6.58)

 

5-      Fatos Importantes sobre a Arca

  • Ela foi a frente deles até o meio do rio Jordão, fazendo com que as águas se detessem.
  • Era o ponto de reunião de Israel em todas as guerras de conquista de Canaã.
  • Era a garantia infalível do poder divino para onde quer que fosse.
  • A arca não deveria viajar para sempre. (Sl 132.8)
  • Ela esteve em repouso nos dias de Salomão (1 Rs 8.6-8). Havia chegado finalmente, para a arca, os tempos em que a areia do deserto deveria ser substituída pelo piso dourado do Templo (I Rs 6.30; 4.24,25)

6-      Os Significados.

1)      Ela apontava para o testemunho de Deus. E por isso indicava a pessoa de Jesus (Jo 5.36,37)

2)      Ela tipificava a presença de Deus com o seu povo (Êx 25.22; Mt 1.23).

3)      Ela pertencia ao Lugar Santíssimo, que por sua vez representa o céu (Hb 8.2; 9.24)

4)      Ela foi a primeira coisa mencionada por Deus quando ordenou a Moisés a construção do Tabernáculo (Êx 25.10; Cl 1.19,2; Hb 9.8)

(11)                O Propiciatório. Esta peça, feita de ouro representa o trono de Deus (Is 6.1). Era um trono de misericórdia, pois a palavra propiciatório significa “onde Deus nos é propício”, “nos é favorável” (1 Jo 2.2).

  • O propiciatório representa a Cristo (Rm 3.25)
  • O propiciatório era guardado pelos querubins, símbolo do poder de Deus (Gn 3.24) – Nos querubins resplandecia o fogo da glória de Deus, fazendo sombra sobre o propiciatório (Hb 9.5)
  • Deus aparecia sobre ele na nuvem (Lv 16.2). O propiciatório estava coberto pela nuvem no Dia da Expiação (Lv 16.13)
  • Deus falava de cima dele (Êx 25.22; Nm 7.8,9)
  • Foi aspergido com sangue (Lv 16.14,15)
  • Representa o trono da graça (Hb 4.16)
  • É no propiciatório que o Deus justo e o ser humano pecador se encontram como amigos e mantém mútua e plena comunhão, porque o sangue ali salpicado solucionou tudo para sempre. Tendo a justiça de Deus representada pelo conteúdo da arca, e a misericórdia de Deus representada pelo sangue aspergido no propiciatório, Deus pode ser perfeitamente glorificado, e o pecador pode ser perfeitamente salvo! Leia Sl 85.10,11.

3. Unção e Aspersão (Lv 8.10,11; Nm 19.4). O número de aspersões (sete) indica unção e aspersão plenas. Somente na pessoa de um Salvador ungido e crucificado pôde Deus habitar entre os homens. Jesus foi ungido no Jordão e aspergido no Calvário.                                                                       

 

A Escola de Deus no Deserto

 

“Deus transforma deserto em Oportunidades”

 

Deus fundou uma escola profissionalizante em pleno deserto! Com professores habilitados e capacitados. Com alunos dedicados e talentosos. Havia um mega projeto a ser realizado: A Construção de um Santuário portátil no deserto. Havia materiais diversos e disponíveis. Havia detalhes minuciosos a serem executados.

 

  1.                             VII.      OS ARTÍFICES DA OBRA DO TABERNÁCULO (Êx 31; 35 30-36.1 Leia também o Livro de Neemias)

 

Deus agora chama por nome os obreiros humanos que deviam levar adiante seus planos pelo poder do Espírito. Em Bezaleel, Judá vem à frente na obra do santuário, de acordo com o sentido do seu nome “na sombra de Deus”, e com a profecia de Jacó (Gn49.9,10). Dã fornece seu ajudante na pessoa de Aoliabe. Mas, além disso, Deus pôs nos corações de todos os homens hábeis (6) e os empregou na construção da sua morada.

  1. 1.      Bezaleel e Aoliabe:

(1)   Aqui se vê que toda a habilidade, a inteligência, o conhecimento e o artifício, ou seja, a perícia técnica estão nas mãos de Deus, para distribuir aos homens segundo lhe apraz.

(2)   Deus não somente capacitou os dois para fazerem o serviço, mas também para ensinarem outros a fazê-lo também. E aí aprendemos que:

1-      Deus chama homens para a sua obra. Cada membro do povo de Deus tem sua vocação individual e o Bom Pastor os conhece um por um (Jo 10.1-5)

2-      Deus capacita os chamados.

3-      A obra de Deus não é feita por ninguém sozinho. Deus colocou Aoliabe, ao lado de Bezaleel. Jesus enviou seus discípulos de dois em dois. Paulo tinha diversos cooperadores.

(3)   A inspiração através da plenitude do espírito Santo não é apenas algo de que se fala aos domingos, mas também deve nos tornar bons servos de Deus na vida quotidiana.

(4)   Há sacerdotes vocacionados e inspirados, e aqui temos operários, oficiais e técnicos igualmente inspirados para a obra da construção do tabernáculo e todas as peças descritas nos capítulos 25-27 e 30 de Êxodo.

  1. A Igreja também é um Projeto de Deus. “Edificarei” Jesus disse.
  2. 3.      A Igreja também é uma Construção (Ef. 2.22)

(1)   A Edificação conta com os meios da graça – As ferramentas que Deus usa para edificar a sua igreja:

  • Administração dos sacramentos: Batismo e Santa Ceia.
  • Comunhão dos santos.
  • Oração.
  • O usufruto da fé. (Jd 20)
  • A graça de Deus (At 20.32)
  • Os dons espirituais (1 Co 14.3,4)
  • O próprio crente (1 Ts 5.11)
  • O Amor (1 Co 8.1)

(2)   O Objetivo da Edificação: tem como objetivo fazer que com que o organismo (corpo místico de Cristo) sobreponha-se sempre à organização (igreja visível)

  1. O Alicerce principal é Jesus. Sem o fundamento não pode haver nenhuma verdadeira edificação. Mas embora não sejamos salvos pelas obras, somos “criados em Cristo Jesus, para as boas obras” (Ef 2.9,10), e estas obras são contempladas aqui como construção sobre o fundamento. (1 Co 3.14)
  2. Nós também somos construtores. A obra de Deus cresce quando nós trabalhamos unidos (Ne 3)
  3. Deus chama trabalhadores. Ainda há vagas (Mt 20.1-16)
  4. 7.      Segredos de uma Construção Espiritual de Sucesso:

(1)   Descobrir a vontade de Deus (Ne 2.11-20)

(2)   Considerar a sós (Ne 2.22-16)

(3)   Consultar (Ne 2.17,18)

(4)   Apresentar motivos (Ne 2.17,18)

(5)   Resolver energicamente (Ne 2.18)

(6)   Desprezar a zombaria (Ne 2.19-20)

  1. 8.      O método de trabalho (Ne 3)

(1)   Seguir bons líderes.

(2)   Utilizar vários talentos (3.8)

(3)   Prosseguir para um bom alvo.

(4)   Prestar atenção aos pormenores (3.6)

(5)   Não se desanimar com os rebeldes.

(6)   Dar a devida honra, segundo os feitos de cada um (Rm 13.6)

  1. O Material da Construção. Obras boas ou más são consideradas aqui como material bom ou inferior. Ouro, prata, pedras preciosas representam bom material, visto que resistirão ao fogo; enquanto madeira, feno, palha, que o fogo destrói, figuram má construção, doutrina errada, trabalho sem valor.

(1)   Ouro. Atos valiosos e duradouros. As coisa de procedência divina, as coisas celestiais, obras feitas em Deus, ou conforme a sua Palavra (Jó 22.23-25; Ap 22.18-21; Sl 119.10,11; Jo 3.21; 1Co 4.6)

(2)   Prata. Símbolo de redenção (Êx30. 11-16) Obras de Prata significam que foram feitas pela fé em Cristo, e não através da força natural do homem. Paulo disse que trabalhava pela graça de Deus (1 Co 15.10)

(3)   Pedras preciosas: Simbolizam o Espírito Santo dado pelo Senhor como adorno à sua Noiva (Jo 17.22), pois antigamente os noivos adornavam as noivas com jóias (Gn 24.22,53; Ct 1.10,11; 4.9). As obras figuradas por pedras preciosas significam que são feitas pelo poder do Espírito Santo (Rm 15.19; Fp3.3; Cl 1.29)

(4)   Madeira. Aquilo que em última análise, é efêmero e sem valor. Simbolizam as coisas humanas, pois cresce de “si mesma”.

(5)   Feno. Simboliza tudo que carece de renovação. É triste viver e trabalhar sem receber renovação.

(6)   Palha.  Significa a instabilidade, pois é muito fraca (Ef 4.14) “Que tem a palha com o trigo?” (Jr 23.28) Palha fala também de escravidão (Êx 5.7). Devemos, portanto, servir a Deus na liberdade do Espírito, e não em uma escravidão imposta por nós mesmos ou por outros.

  1. O Teste de Fogo: O fogo provará qual seja a obra de cada um. O fogo pode simbolizar a perscrutação do Senhor, cujos olhos são como chamas de fogo, perante o Tribunal de Cristo, onde todos os crentes comparecerão (Rm 14.10; 2 Co 5.10)
  • A natureza deste fogo: Este fogo dura apenas um dia, é futuro, não presente; Não purificador; Destrói doutrinas, não pessoas; Causa perda e não lucro.

 

  1. O Resultado da Construção.

(1)   Esta prova de doutrina e obra pelo fogo não afetam a salvação do crente; ainda que suas obras sejam destruídas, ele será salvo como pelo fogo.

(2)   Galardões: A salvação é um dom gratuito. A qualidade de nosso serviço é o critério. Os galardões são freqüentemente chamados de coroas (1 Co 9.25; 1 Ts 2.19; 2 Tm 4.8; Tg 1.12; 1Pd 5.4; Ap 2.10; 3.11; 4.4,10)

  1. 12.  Prestação de Contas: O Senhor nos julgará quanto à mordomia ou à administração:
  • Da nossa vida – espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23)
  • Da nossa vontade, pois nos deu livre-arbítrio (1 Co 6.12)
  • Do nosso tempo! (Ef 5.16)
  • Do nossos talentos (1 Pe 4.10)
  • Dos nossos bens (Lc 12.16-20)
  • Do trabalho que Ele nos entregou.
  1. 13.  Ensinamentos práticos – aprendemos que:

(1)   A cidade de Deus, e Seu Templo, têm a participação de todos os fiéis, tanto no desfrutar dos privilégios, como no seguir ao longo da caminhada dos deveres (1 Co 3.6-0; 14.26; 1 Pe 2.9)

(2)   Os líderes religiosos devem ser sempre os heróis e os inspiradores em qualquer obra valiosa e construtiva.

(3)   Que os fiéis levam a obra avante mesmo onde eles próprios não esperam desfrutar vantagens. (No livro de Neemias, foram os oradores de cidades distantes que estavam fortificando Jerusalém)

(4)   Os ricos e os poderosos devem ser os primeiros a empregar seus talentos e a sua influência na obra de Deus (Ne 3.9,12, 15)

(5)   Cada um deve ser fiel em melhorar a própria situação onde reside: cada um “defronte de sua casa” (Ne 3.10,23, 28 e 29)

(6)   Não podemos edificar de qualquer maneira. A Bíblia diz: “Veja como edifica” (1 Co 3.10).

(7)   Precisamos trabalhar com ferramentas adequadas! Tem muita gente trabalhando só com o cabo do machado!(2 Rs 6.1-7)

(8)   Quando nós abandonamos a obra de Deus, priorizamos os nossos interesses pessoais. Deixamos de prosperar: “Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado” (Ag 1.6)

(9)   O nosso trabalho tem uma recompensa (1 Co 15.58)

 

 

  1.                          VIII.      A CONSAGRAÇÃO DO TABERNÁCULO (Êx 35-40)
    1. A Construção do Tabernáculo (Êx35-39). Estes capítulos descrevem a construção do Tabernáculo, referindo-se: as cortinas, as tábuas, arca mesa, castiçal, altares, etc. Notemos:

(1)   A Contribuição dos materiais (Êx 35.4-9).

O que a Bíblia ensina sobre a Contribuição Cristã?

1-      A Contribuição Cristã deve ser voluntária (2 Co 8.3)

2-      A Contribuição Cristã deve ser uma entrega pessoal (2 Co 8.5).

3-      A Contribuição Cristã deve ser uma prática e um desejo (2 Co 8.10).

4-      A Contribuição Cristã deve ser de acordo com as nossas posses (2 Co 8.12).

5-      A Contribuição Cristã deve ser de boa vontade (2 Co 8.12).

6-      A Contribuição Cristã deve ser transparente (2 Co 8.20,21).

7-      A Contribuição Cristã deve ser com prontidão (2 Co 9.5).

8-      A Contribuição Cristã deve estar à altura do que desejamos colher (2 Co 9.6).

9-      A Contribuição Cristã deve ser conforme o propósito no coração.

10-  A Contribuição Cristã deve fazer parte de uma vida equilibrada (2 Co 8.7)

11-  A Contribuição Cristã deve ser sistemática (1 Co 16.2).

12-  A Contribuição Cristã deve ser com alegria.

13-  A Contribuição Cristã deve ser destinada principalmente a socorrer os irmãos na fé (Gl 6.10).

14-  A Contribuição Cristã é uma obrigação moral e sua falta mostra ausência do amor de Deus (1 Jo 3.17).

15-  A Contribuição Cristã tem como finalidade o afastamento dos crentes da miséria (2 Co 8.14).

16-  A Contribuição Cristã deve motivar um espírito de gratidão (2 Co 8)

 

(2)   O Trabalho (35.10), não somente dos dois artífices principais, mas de todo homem hábil, cooperando as mulheres também (35.25).

(3)   E nós ainda podemos contribuir e trabalhar para a construção do templo espiritual do Senhor.

  1. A Ordem Divina: Deus manda levantar o Tabernáculo, e Ele escolhe o dia da inauguração exatamente depois de ter completado um ano desde a saída do Egito (17). Tudo está posto no seu devido lugar, e o véu dividindo o Santo do Santíssimo.
  2. As Partes e o Todo Harmonioso: É evidente que o conjunto harmonioso de todo o Tabernáculo dependia de cada tábua, cada cortina estar no seu lugar. E é assim com a Casa de Deus hoje? Um só crente que não esteja no seu lugar junto com os outros, faz falta, e a casa está defeituosa.
  3. O Piso do Tabernáculo: O Teto era de cortinas, as paredes de madeiras revestidas de ouro, e o piso? O piso era de areia. O significado é que o povo de Deus está numa viagem pelo deserto, o qual nada tem a oferecer à nova vida do cristão. A caravana prossegue. Há dificuldades, tristezas e desapontamentos, enfermidades e morte à nossa volta. Mas não estamos sós, “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.18-20)
  4. A Cobertura. As figuras que temos aqui são expressivas. A cobertura “de linho fino torcido, de púrpura violácea, vermelho e carmesim”, com figuras de querubins, apontam para a perfeita harmonia da pessoa de Jesus.

(1)   As cortinas estavam dispostas em dois grupos de cinco peças cada. A união desses dois grupos era feita de colchetes de ouro aplicados a cada um dos 50 pares de presilhas. Em Jesus acentua-se o equilíbrio, tanto nos seus ensinos como nas suas obras. Ele realizou milagres de formas tão diferentes e variadas, de modo a não estabelecer um padrão fixos ou uma receita mágica a ser seguida por nós. Cada vez que ele operava um milagre, usava uma forma distinta. A graça de Deus é multiforme.

(2)   As cortinas simbolizam a nossa fidelidade. O número 11, que vem a ser o número do colégio apostólico menos o traidor Judas Iscariotes, é o que indica fidelidade. As onze cortinas requerem a nossa fidelidade

(3)   As cortinas simbolizam a nossa união. É impossível ser cristão verdadeiro e alimentar desunião, inimizade, ou viver isoladamente.

(4)   As cortinas indicam a graça de Deus sobre os homens. A junção desses dois grupos de cortinas, um de cinco e outro de seis, revela o efeito da graça divina no homem, simbolizado pelo número seis. (1 Co 15.10)

(5)   As cortinas falam-nos de renúncia: A pessoa que entrassem no Tabernáculo e olhasse para cima não veria a cortina de pêlos de cabra, mas a de linho fino torcido, que indica a Cristo. A cortina de pêlos de cabra não podia ser vista. Estava lá fora. Assim aqueles que contemplam o cristianismo do lado de fora, nenhum atrativo podem notar. As belezas de Cristo estão ocultas, somente podem contemplá-las, aqueles que entram no santuário de Deus.

  1. Separação: Afinal “erigiu o átrio ao redor do tabernáculo e do altar, e pendurou o anteparo da porta do átrio” (33). O átrio separava a Casa de Deus do arraial de Israel, como a Igreja de Deus hoje deve estar separada do mundo em redor.
  2. 7.      O que a Bíblia ensina sobre a Posição da Igreja Perante o mundo?

(1)   A Igreja está no mundo – Mas o mundo não pode estar na Igreja (Jo 17.11)

(2)   A Igreja não pertence ao mundo (Jo 17.16). Ela pertence a Jesus (Mt 16.18)

(3)   A Igreja não deve ser associar-se com o mundo (1 Jo 2.15)

(4)   O envolvimento da Igreja com o mundo, chama-se adultério espiritual (Tg 4.4)

(5)   O mundo deve estar crucificado para com a Igreja, tanto quanto a Igreja deve estar crucificada para com o mundo (Gl 6.14)

(6)   A Igreja deve exercer uma influência sobre o mundo – que tipo de influência?

1-      Como o sal da terra.

  • O sal apenas é usado sobre o que está morto. O mundo está espiritualmente morto.
  • O sal é usado para preservar. A Igreja é a agência espiritual de Deus que preserva os valores morais da Bíblia. Os valores morais da Bíblia são:
  • O sal é usado para temperar. Sem a presença da igreja o mundo já teria a muito perdido o sentido da existência.
  • O sal é elemento essencial. Quando não há sal todos notam. A presença da Igreja neste mundo deve fazer a diferença!
  • O sal deve agir na medida certa. Pouco sal, a comida fica sem sabor. Sal em excesso, a comida fica indigesta. Tenha equilíbrio!
  • O sal age melhor quando invisível. Se o sal ficar visível sobre o alimento, este ficará salgado. O sal realça o sabor, mas ele mesmo não deve ser visto. Quem tem que aparecer não é o pastor, nem o pregador, nem o conferencista, nem o músico, nem o cantor, etc... Jesus é que deve ser notado, glorificado e adorado!!!
  • O sal deve provocar sede! É muito bom quando as pessoas querem nos ouvir novamente, é sinal que provocamos nelas – a sede de Deus. É mal quando sinal, quando as pessoas enjoam do pregador. Há pregadores que cansam a igreja, cansam os ouvintes, e cansam até a Deus (Is 1.14). O mesmo se pode dizer de alguns cultos. São uma canseira e sofrimento até para Deus!!! Leia Isaías 1.10-17
  • O sal deve se misturar no alimento, sem perder as suas propriedades. Caso ele as perca, não servirá para mais nada. A igreja deve agir na sociedade – MAS NÃO PODE PERDER A SUA IDENTIDADE.!!!!

2-      Como a Luz do mundo.

  • A luz se projeta sobre todas as coisas, mas não se contamina por nenhuma delas. Assim deve ser a igreja se misturando no mundo, mas preservando a sua natureza santa. Não podemos viver isolados, como os fariseus – precisamos interagir com as pessoas. Mas não esqueçamos as nossas raízes. Daniel e seus amigos, mudaram de país, mudaram de nomes, mas não mudaram a sua fidelidade a Deus, no meio daquela geração idólatra.
  • A Igreja deve iluminar – o mundo está em trevas.
  • A Igreja deve trazer a proteção.
  • A Igreja deve aquecer. A luz transmite calor. A temperatura da igreja deve ser quente. Deus não aceita o crente morno – o que se caracteriza por uma vida dividida entre Deus e o mundo. Entre a santidade e o pecado. Entre a verdade e a mentira. Saia de cima do muro e assuma a sua posição de cristão autêntico.
  1. Sem repouso: O trabalho do Tabernáculo era constante, milhares de sacrifícios se realizam todos os dias, os sacerdotes não tinham tempo para descansar, por isso no santuário não existia cadeiras (1 Rs 8.63;Hb 10.11). Porém,visto que Jesus ofereceu um sacrifício Eficaz, Eterno, Singular – agora Ele está assentado á destra de Deus (Hb 9.26; 10.12)

(1)   Antes, um sacerdote terreno – Agora, o Sacerdote celestial.

(2)   Antes, um sacrifício animal – Agora, o Cordeiro de Deus.

(3)   Antes, muitos sacrifícios – Agora, somente Um.

(4)   Antes, muitas ofertas repetidas – Agora, uma só oferta.

(5)   Antes, de pé – Agora, sentado.

(6)   Antes, nunca se concluía- Agora, está consumado para sempre.

(7)   Antes, não se removia pecados – Agora, remissão completa.

(8)   Antes, o perdão era temporário – Agora, o perdão é total, de uma vez por todas.

O Senhor Jesus está sentado, Ele descansa (Hb 1.3) Ele entrou em Seu repouso (Hb 4.10). Na cruz, depois das três horas de sofrimento amargo, Ele exclamou: ESTÁ CONSUMADO!

  1. A Glória do Senhor: Encheu o Tabernáculo, e sem isso toda a riqueza de ouro, púrpura e linho fino de nada valia. O Tabernáculo, havendo sido construído de acordo com o modelo divino, foi enchido da divina glória, mas somente depois de ter sido espargido com sangue precioso (Nm19.4), e ungido de azeite santo (Lv 3.10).
  2. Na Dispensação da Graça: Somente na Pessoa de um Salvador crucificado e ungido, pode Deus habitar entre os homens. “O que a glória divina era para o Tabernáculo e o Templo, é o Espírito Santo para o “santo templo” que é a Igreja, como também para esse “templo” que é o corpo do crente (1 Co 6.19)
  3. A Glória de Deus. Houve manifestação da glória de Deus, quando Moisés levantou o Tabernáculo. Davi planejou a edificação do Templo e reuniu os materiais necessários. Mas foi Salomão, seu sucessor, que o erigiu ( 1 Cr 29.1,2) E Deus manifestou a sua glória.Assim também, Jesus planejou a Igreja durante seu ministério terreno (Mt 16.18). Preparou os materiais humanos, porém deixou ao seu sucessor e representante, o Espírito Santo, o trabalho de erigi-la. Foi no dia de Pentecoste que esse templo espiritual foi construído e cheio da glória do Senhor (Êx40.34,35; 1 Rs 8.10,11; Ef 2.20)

 

  1.                                IX.      A RESTAURAÇÃO DO TABERNÁCULO DE DAVI

Deus prometeu levantar o Tabernáculo de Davi, e isto significa que o louvor e a adoração seriam restaurados (Am 9.11; At 15.16,17)

  1. No Século XVI, com a Reforma Protestante, a verdade acerca do sacerdócio universal dos crentes foi restaurada, o que aponta para o altar do holocausto.
  2. Dois séculos mais tarde, surge Wesley com o Metodismo, restaurando à Igreja Cristã a doutrina da santificação, simbolizada na pia de bronze.
  3. Depois, em fins do século XIX e início do XX, tivemos a restauração da doutrina pentecostal representada no candelabro.
  4. Em nossos dias, como resultado do último despertamento espiritual, estamos assistindo ao levantamento da Tenda de Davi.  Preocupado com a arca da aliança, o rei e poeta de Israel construiu uma tenda em Jerusalém e introduziu nela a arca. Depois organizou cantores e preparou músicos para adorarem o Criador. O fato de Deus prometer levantar o Tabernáculo de Davi, e não o de Moisés revela seu interesse em restaurar a adoração e o louvor, que só a Ele pertencem.

 

  1.                                   X.      O SACERDÓCIO

O propósito do sacerdócio era servir a Deus “a fim de que me sirvam no ofício sacerdotal” (Êx 29.1). Para o serviço ser aceitável, era preciso haver sacrifício, e o sangue ser aplicado na orelha, no dedo polegar e no pé –Santificação no ouvir,no trabalhar e no andar – santificação da cabeça aos pés! – A obra expiatória de Cristo aplicada a todas as nossas atividades. Além da expiação, tinha de haver purificação (Jo 13.10; Tg 3.5).

Os servos de Deus deviam ser revestidos dignamente. O aspecto exterior, é evidente, havia de ser o que Deus pudesse aprovar.

Os sacerdotes eram nutridos com a carne dos sacrifícios (Êx 29.28;Jo 6.54-56)

Expiação: A palavra hebraica “Kaphar” geralmente traduzida por expiação significa “cobrir”. Segundo o ensino bíblico, o sacrifício prescrito pela Lei “cobria” o pecado do ofertante e conseguia o perdão divino.Deus cobriu ou “deixou de lado” (Rm 3.25) o pecado, na perspectiva do sacrifício de Cristo, porque “não era possível que o sangue de touros e de bodes tirasse pecados” (Hb 10.4). Apalavra não se encontra no N.T.

 

  1. 1.      Definição – O que é um sacerdote?
  • Em Hebreus 5.1-3 temos uma definição do ofício sacerdotal: Um sacerdote é “constituído a favor dos homens nas coisas pertencentes a Deus”, isto é, ele entra na presença de Deus a favor dos homens.
  1. Pré-Requisitos para o sacerdócio: “Para que o homem de Deus seja perfeito...” (2 Tm 3.17). Para servir no Evangelho com pureza espiritual, como os sacerdotes da antiga aliança, o pastor não pode apresentar nenhuma deformidade como descrita em levítico 21.18-20. Estas imperfeições são caracterizadas espiritualmente:

(1)   Cego. A cegueira diz respeito à falta de visão, e os que não podem ver aquilo que é divino, não podem servir à obra (Ap 3.18)

(2)   Coxo. São os que não possuem andar firme e que por isso mesmo não oferecem nenhuma firmeza, não podendo confiar em tais pessoas (Hb 12.12)

(3)   Nariz chato. Defeito dos mais visíveis, e certamente se refere aos que entram em questões alheias (1 Pe 4.15)

(4)   Membros demasiadamente compridos. Dando-se sentido espiritual aos que possuem essa deformidade física, refere-se aos que crescem inconvenientemente fora da graça e adquirem todas as deformidades (Tt 1.11; 2 Tm 4.14)

(5)   Pe quebrado. Assim como aquele que tem o pé quebrado e está impossibilitado de andar, espiritualmente refere-se aos que não Adam dignamente na presença de Deus (Ef 4.1)

(6)   Mão quebrada. Significa a inatividade de servir, de trabalhar. Espiritualmente, é desolador ter as mãos quebradas para o serviço do Senhor e, em especial, no servir a Deus com o dízimo (Ml 3.10)

(7)   Corcunda. Os que sofrem desse defeito não têm condições de olhar para cima, mas somente para baixo, e no sentido espiritual são os que não buscam as coisas que são de cima (Cl 3.1) Mas somente o que é desta vida (1 Tm 6.9,10; Lc 12.17-21) O ministério está cheio de corcundas!

(8)   Anão. São os que não crescem, e no campo espiritual simbolizam os que não crescem convenientemente no conhecimento de Cristo (2 Pe 3.18; Hb 5.13,14)

(9)   Belida no olho. A belida no olho é uma névoa ou mancha esbranquiçada na córnea do olho, e que pouco a pouco vai enfraquecendo a visão. Os que têm visão curta somente vêem as coisas que estão perto. Assim é com os que só enxergam o que está ao seu redor, isto é, têm visão curta da obra de Deus, e o pastorado de sua igreja é um fracasso (2 Pe 1.4-9; Ap 3.18)

(10)          Sarna. A sarna é uma afecção cutânea contagiosa, parasitária e que fala naturalmente dos que contaminam os outros (Tt 1.10,15; Jd 17,19; Is 59.3)

(11)          Impigens. As impigens são um mal estático, imóvel, e representam as impurezas de mente e de coração (Tt 1.15; Lc 11.39-41; Sl 24.3,4; Ef 5.3,5)

(12)          Quebradura. Fala dos defeitos ocultos na vida da criatura, são roturas e quebraduras internas. Em tais pessoas não se pode confiar, visto que são prejudicadas da graça (Fp 3.17-19; Rm 16.17,18)

  1. 3.      A Separação dos Sacerdotes.

(1)   A Igreja deve ser como um sacerdócio, a fim de oferecer sacrifícios espirituais a Deus (1Pe 2.5)

(2)   Os sacerdotes precisavam ser parentes do sumo-sacerdote e vestirem-se formosamente (Hb 2.11). Eles haviam de ser revestidos exteriormente com “vestiduras, para glória e formosura”. O crente renascido que é bem “revestido de Cristo” pode melhor oferecer sacrifícios de louvor (Hb 13.15). O crente tem de pertencer à família de Cristo pelo novo nascimento, e de estar vestido com vestes de justiça e de glória, Jesus deixou isso bem claro na parábola das bodas (Mt 22.12). O Novo nascimento é a veste nupcial do crente (Jo 3.5-7). A mesma lição aprendemos da parábola do filho pródigo, onde o pai provê primeiramente o melhor vestido para aquele que se arrependerá e voltara ao lar paterno.

(3)   Os sacerdotes eram constituídos em favor dos homens nas coisas pertencentes a Deus. Os crentes, como sacerdotes, também entram na presença de Deus em favor dos homens. O sacerdócio universal dos crentes foi uma das doutrinas basilares da Reforma Protestante.

  1. 4.      A Consagração dos sacerdotes.

(1)   Preparativos para a Consagração.

1-      Cristo não é sacerdote para o mundo, mas para a Igreja (Jo 17.9,20)

2-      Os sacerdotes não se consagravam a si mesmos. Eles são consagrados por outrem (Rm 12.1)

3-      Os sacerdotes tinham de ser lavados com água

  • A água simboliza purificação. (Is 52.11; Jo 13.10; 2 Co 7.1)
  • A água simboliza batismo (Mt 3.14,15)

4-      A Consagração de Aarão:

  • Aarão foi primeiramente lavado e depois ungido (Êx 29.7) – Jesus, seguindo a ordem da consagração dos sacerdotes, foi primeiro batizado na águas, e depois ungido com o Espírito Santo (Mt 3.16; Sl 133.1,2)
  • A unção do sumo sacerdote indicava que ele havia de estar cheio do Espírito Santo para edificação e alegria do povo

(2)   O Bezerro da Consagração (Êx 29.10)

1-      Jesus identificou-se conosco. O bezerro aponta para a pessoa de Jesus como o servo sofredor, cheio de mansidão. O fato de Aarão e seus filhos porem as mãos sobre a vítima indica a sua identificação com ela.

2-      Jesus sacrificou-se por nós (Êx 29.11-13).

3-      Jesus comprou-nos com o seu sangue. O bezerro degolado, cujo sangue derramava-se à base do altar, aponta para Jesus (Is 53.12; Lv 17.11)

4-      Jesus deixou-se consumir por amor a nós. As entranhas do animal eram queimadas sobre o altar, dentro do arraial. Jesus deixou-se gastar em favor do seu povo de Israel.

5-      Jesus morreu por todos os homens. O restante do bezerro, como a carne, apele, o esterco, etc, tudo deveria ser queimado fora do arraial, por ser oferta pelo pecado (Êx 29.14; Hb 13.11,15, 16)

(3)   Os carneiros da Consagração.

1-      O primeiro Carneiro: Depois de imporem as mãos sobre o primeiro carneiro, que é um tipo de Cristo como ofertante, degolam-no, partem-no em pedaços, lavam-lhes as entranhas e pernas e em seguida queimaram-no totalmente (Êx 29.15-18). As entranhas e as pernas lavadas com água, falam da plena santidade de Cristo, tanto íntima como exteriormente (Hb 13.20,21)

2-      O Segundo Carneiro: Tipo de Cristo como oferta – o qual, mediante imposição de mãos, era degolado, e com o seu sangue ungia-se a orelha direita e o dedo polegar da mão e do pé direito de Aarão e de seus filhos (Êx 29.19-2)

  • Unção da orelha. Indica que os ouvidos dos sacerdotes estavam ungidos e prontos para ouvir a Palavra de Deus.
  • Unção do polegar da mão. Indica a prática do bem.
  • Unção do polegar do pé. Indica preparação para andar pelo caminho reto.
  • Unção do lado direito. Os identifica como os escolhidos de Cristo (Mt 25.33,34)
  • Unção da orelha à ponta dos dedos dos pés: Indica as extremidades do corpo, nos ensina que devemos entregar toda a nossa vida a serviço de Deus (Sl 103.1,2)
  1. 5.      O Alimento dos Sacerdotes.

(1)   Graça, afetos e poder (Êx 29.22).

  • O crente, como sacerdote, alimenta-se da graça de Deus representada pelas gorduras,
  • Dos afetos de Cristo simbolizados pelas entranhas do animal, e,
  • Vence pela força dos ombros de Cristo.

(2)   Pão vivo, descido do céu (Êx 29.23-25) Esses alimentos sem levedura, que eram inteiramente consumidos sobre o holocausto, indicam o Senhor Jesus como o Pão Vivo e Santo.

 

  1. 6.      As Veste Sacerdotais:

A ocupação dos sacerdotes era servir a Deus (Êx 28.1) e a dos levitas, servir aos sacerdotes (Nm 3.5-9; 9.19). No cristianismo, toda a igreja local deve ser como um sacerdócio santo, a fim de oferecer sacrifícios espirituais (1 Pe 2.5) e os crentes que têm ministério de proveito e ajudam os “sacerdotes” no seu serviço espiritual são comparados aos levitas do Velho Testamento. As roupas santas apontavam para a justiça de Cristo (Ap 19.8) e indicam que os sacerdotes eram homens ativos e preparados para a obra de Deus.

(1)   A Túnica (Êx 28.39) A túnica de linho fino era uma peça interior, representando o evangelho, que não pode ser partido ou fragmentado (Jo 19.23,24).

(2)   A Sobrepeliz (Êx 28.6-12). O manto do éfode, ou sobrepeliz, era uma peça curta, feita em azul, usada por baixo da estola. Possuía uma abertura para a cabeça e era bordada com romãs em azul, púrpura e carmesim. Era entretecida com fios de ouro (Êx 39.3) o ouro fala da glória celestial. Havia também campainhas de ouro entre uma Romã e outra (Êx 28.31-35)

  • Os frutos só podem surgir de uma vida redimida (carmesim), santificada (fundo branco), glorificada (a púrpura) e assentadas nos lugares celestiais (o azul) Leia Ef 2.5,6.
  • As campainhas de ouro, que falam da adoração, ou glorificação, estão acompanhadas das romãs, um tipo da frutificação. O verdadeiro louvor e a verdadeira adoração só acontecem, só se tornam efetivos, quando há frutificação. Era o sinal audível para que o sacerdote não ousasse entrar no santuário sem estar vestido com as vestes da consagração sacerdotal:para que o povo, fora, no átrio, soubesse que o seu sacerdote estava ali cumprindo as várias partes do culto, sem ter morrido naquele lugar tão sagrado, por causa dos pecados da nação.

(3)   O Éfode era a parte das vestimentas sacerdotais que ia sobre os ombros do sumo sacerdote e nele havia duas pedras de ônix, cada uma gravada com os nomes de seis tribos de Israel. Estava dividida em duas partes: frente e costas, unidas por duas pedras. Sobre seus ombros Jesus suporta com o seu poder todo o seu povo, é como faz o bom pastor, que traz a ovelha sobre seus ombros quando a leva para casa.

(4)   O Peitoral. Era quadrado, e também entretecido com fios de ouro.No peitoral havia as doze pedras diferentes, cada uma com o nome de uma das tribos. Assim vemos a totalidade do povo de Deus revelada nos ombros do sumo-sacerdote e no lugar de poder – e, individualmente, cada tribo com uma distinta preciosidade atribuída, e levada no peitoral “sobre seu coração” (Êx 28.30) no lugar de afeição. Jesus disse: “Como o pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor” (Jo 15.9) “Quem nos separará do amor de Cristo?” (Rm 8.35)

O significado tipológico dessas pedras:

  • Aqui, cada nome está gravado numa pedra separada. Não é como nas ombreiras, onde havia duas pedras iguais. Aqui são doze pedras diferentes. Aquelas simbolizam a nação como um todo; estas têm cada nome gravado numa pedra à parte. O Senhor Jesus suporta a Igreja em sua totalidade (nos ombros); mas Ele também sabe o nome de cada um dos Seus ( o peitoral).
  • Uma pedra preciosa possui a capacidade de refletir a luz que sobre ela incide. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12).Nós também devemos ser Luz do mundo (Mt 5.14-16)
  • Todo o povo de Deus, tanto o menor como o maior, é levado à presença de Deus nos ombros e no peito de Jesus. A igreja descansa no poder de Jesus, representado pelos ombros, e no amor de Jesus, representado pelo peito do sumo sacerdote.
  • Os judeus eram representados através do sumo sacerdote. A igreja é representada por Jesus.
  • A cidade celeste se fundamenta sobre pedras preciosas com os nomes gravados dos apóstolos de Cristo (Ap 21.14,19,20)
  • Deus nos vê sobre o coração de Jesus (1 Co 3.18)
  • O mundo não pode perceber a glória que as pedras preciosas possuem, mas Deus sim. O mundo, ao olhar para nós, não pode ver nada além de nossas imperfeições e defeitos, e por isso o juízos dele a nosso respeito é sempre falso e parcial. Mas Deus no vê como jóias brilhantes, de grande valor, uma vez que fomos comprados pelo preço incalculável do preciso sangue de Cristo (Ml 3.17,18; 1Jo 3.2)
  • Uma vez que você é salvo, seu nome é conhecido no céu. Mas isto não vale para os incrédulos. Pela Escritura, entendemos que o nome deles é desconhecido por Deus. Considere a história do home rico em Lucas 16. Seu nome nem é mencionado. Lázaro, sim; seu nome significa “Deus é o meu amparo”. Era desconhecido na terra, porém bem conhecido no céu.
  • Os nomes dos crentes foram gravados: nunca mais podem ser apagados.

 

(5)   Urim e Tumim.

  • “Urim e Tumim” significam ‘luzes e perfeição’. Eram usados para saber a vontade divina em certos casos difíceis (Nm 27.21; Dt 33.8; 1 Sm 28.6; Ed 2.63)
  • Quando alguém tinha de tomar uma decisão importante e não sabia claramente o que Deus queria que fizesse, ele ia ao sumo sacerdote. Este, por meio dos Urim e Tumim, podia dizer qual era a vontade de Deus. Por meio deles, Deus respondia à pergunta e a pessoa recebia luz perfeita sobre como agir.
  • Estavam no peitoral do juízo (Êx 28.30). Que linda figura! Jesus leva o nosso julgamento sobre seu coração diante do Senhor!
  • O nosso Sumo Sacerdote está no céu, e mediante oração temos comunicação direta com Ele.

(6)   O Cinto (Êx 28.8,28)

  • É um tipo da verdade. A figura do cinto foi usada pelos escritores do Novo Testamento (1 Pe 1.13; Ef 6.14). A verdade confere estabilidade ao caráter, unindo todas as virtudes. A Palavra de Deus impõe disciplina, prudência e modifica a nossa maneira de andar e viver (Tt 2.12,13).
  • Fala também de trabalho e vigilância (Jo 13.4,5; Lc 12.35,42 e 43)

(7)   Calções de Linho. Cobriam dos lombos às coxas, e indicavam que todo o serviço devia ser espontâneo (Êx 28.42; Ez 44.18)

(8)   A Mitra (Êx 28.36-38). Era um turbante de linho, apropriado para cobrir a cabeça do sumo sacerdote, que tinha, na parte dianteira, uma placa de ouro com a inscrição: “santidade ao Senhor”.Paulo escreve: “Tomai também o capacete da salvação” (Ef 6.17)

O Sumo Sacerdote não podia se apresentar diante de Deus sem estar assim adequadamente vestido. E você como está a sua vestes? “e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu. Então ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 22.13)

“Bem aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.” (Ap 22.14)

Se você não tem veste dignas, se volte agora para Deus, Ele tem para você “o melhor vestido... um anel...e sandálias” (Lc 15.22)

 

  1. 7.      O Sacerdócio de Jesus

(1)   Segundo a Ordem de Melquisedeque. O sacerdócio de Jesus é segundo a ordem de Melquisedeque e não de Aarão. Somente o sacerdócio de Melquisedeque foi constituído com juramento (Hb 7.20,21; Sl 110.4)

(2)   O Sacerdócio de Melquisedeque era superior ao sacerdócio de Aarão.

1-      Recebeu dízimos de Abraão, e tomando em conta a solidariedade entre filhos e pais, também de Levi.

2-      Melquisedeque abençoou a Abraão (Hb 7.6,7)

3-      O texto bíblico não fala da morte de Melquisedeque. Neste ponto, ele tem a dignidade de ser comparado a Cristo, sacerdote eterno “sem princípio de dias nem fim de existência”

(3)   A Superioridade do Sacerdócio de Jesus sobre o sacerdócio levítico.

1-      As Exigências do sacerdócio Levítico

  • Humanidade.
  • Ser escolhido por Deus.
  • Ser representante dos homens.
  • Oferecer dons e sacrifícios.

Cristo cumpriu plenamente todas elas.

2-      Mudança de sacerdócio – mudanças de leis (Hb 7.12): A implicação na mudança do sacerdócio é que a lei que controlava as cerimônias judaicas forçosamente mudará também.

3-      Um sacerdócio Eterno. O sacerdócio levítico era constantemente substituído por causa da morte. O Sacerdócio de Jesus é Singular e Eterno- Ele venceu a morte (Hb 7.23,24)

4-      O Caráter de Jesus como Sumo Sacerdote:

  • Ele responde por nós no julgamento.
  • Ele é santo – separado dos pecadores. (Hb 4.15)
  • Ele é inculpável (Lc 23.14,22; Jo 8.46)
  • Ele é Imaculável (Hb 9.14)

 

5-      Um sacrifício Ímpar. A cruz de Cristo marca o sacrifício ímpar, ponto central do plano salvador dentro da história humana. Fecha o período longo da preparação (Hb 1.1,2; Gl 4.4;Rm 3.26) e inaugura a nova era escatológica. Toda a esperança de salvação flui do sacrifício de Cristo oferecido uma vez para sempre. Cristo é incomparável em glória e serviço (Hb 8.1-13)

6-      Um Mediador Singular. Cristo é o único mediador, sendo que Ele é verdadeiro homem e verdadeiro Deus (Jo m9.33), capaz de realizar a Nova Aliança.

7-      Uma Aliança Singular.

  • Foi anunciada pelos profetas (Jr 31.31-34)
  • É nova (Kainos) não apenas em tempo mas em qualidade.
  • Abrange maior amplidão – não somente Judá, mas Israel – as dez tribos que se misturaram com os gentios (Rm 9.24-27).
  • Realiza transformação interior (Hb 9.10).
  • Não apenas conformidade exterior com as leis.
  • Oferece perdão total, não cobertura passageira (Hb 9.12)

 

8-      O Sangue do Cordeiro de Deus (Hb 9.10-10.18)

O trecho de Hb 9.10-10.18, apresenta as características do sacrifício de Cristo. Infinitamente superior aos sacrifícios do A.T, o sangue de Cristo:

  • É pessoal, não animal (9.13)
  • É purificador da consciência do crente ( 1 Pe 3.21)
  • É definitivo, uma vez para sempre (9.25,26)
  • Foi oferecido no Tabernáculo Celestial (Hb 9.24)
  • Foi sacrifício voluntário (9.14; Jo 10.17)
  • Foi realizado pelo seu Espírito Eterno (9.14; 1Pe 3.18)
  • É eficaz para sempre (10.11)

9-      Um Tabernáculo Singular (Hb 9.11) Uma referência ao corpo de Cristo, que nos permite aproximar de Deus (Jo 14.6,9; Ap 21.22)

 

  1.                                XI.      AS FESTAS DOS JUDEUS
    1. 1.      A Páscoa.

(1)   Análise de Êxodo 12.

1- (12.2). O verdadeiro aniversário do povo de Deus. Pode-se ver neste capítulo as instruções para a saído do Egito, junto com as instruções de celebrar a Páscoa dali em diante. É como o ato de Cristo, ao fazer os discípulos participarem com Ele da última ceia, e, ao mesmo tempo, deixar-lhes uma cerimônia sagrada, que seria a Nova Páscoa até a Sua vinda (1 Co 11.23-32; Lc 22.14-20)

(2)   Páscoa. – A Primeira Celebração (Êx 23.14). Aponta para o Cordeiro de Deus na Cruz, corresponde ao Novo Nascimento. Em Cristo somos novas criaturas, compradas por seu preciso sangue.

(3)   Ervas Amargas (12.8) Certos congêneres da alface. Talvez por falta de meios de cozinhar e temperar, ou talvez pela necessidade de recolher ervas do campo, em vez de comprarem verduras.

(4)   Hissopo (12.22). Uma planta usada para aspergir (Sl 51.7)

(5)   Que culto é este? (12.26). Cada culto, cada rito, cada sacramento tem a finalidade de ensinar a palavra de Deus, instruir os participantes nas coisas que Deus tem feito, ordenado e prometido. Hoje infelizmente a pergunta tem sido diferente: “Que novela é esta?” “Que filme é este?” “Que jogo é este?”

(6)   Cristo, Nossa Páscoa. A Bíblia afirma: “Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7). Cada cordeiro morto apontava para Jesus, o verdadeiro “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” Na cruz cumpriu-se esta profecia messiânica: “Atai a vítima da festa com cordas, e levai-a até os ângulos do altar” (Sl 118.27) Ler também Sal 50.14,23. O Pai foi glorificado pelo Filho, quando este triunfou no Calvário (Jo 12.27,28)

1-      O cordeiro tinha de ser sem defeito (12.5) – Cristo cumpriu esta exigência (1 Pe 1.18-19)

2-      Tinha de ser separado para o sacrifício quatro dias antes da festa (12.14) – Assim como Jesus entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro, e morreu no mesmo dia do sacrifício.

3-      Precisava ser imolado pela congregação inteira, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis, religiosos de Israel e de Roma e pela vontade da turba popular, em pro, do mundo inteiro (12.6)

4-      Nenhum osso do cordeiro podia ser quebrado (12.46) – Os ossos de Jesus não foram quebrados (Jo 19.33 e 36)

5-      O sangue do cordeiro era o símbolo do sangue do Cordeiro de Deus e fazia estar sobre o povo a proteção divina contra a escravidão do pecado e o castigo (12.13) – Assim também, o sangue de Jesus nos liberta da escravidão de satanás e da punição eterna.

  1. Dia da Expiação (Lv 16

(1)   Expiação. (Heb. Kipper: “encobrir”). Um sacrifício expiatório cobre a transgressão, para nunca ser considerada e, portanto punida. Este foi feito por Cristo de maneira eficaz, quando sacrificou em prol dos pecadores a Sua própria vida, imaculada, de perfeita obediência a Deus, pagando assim uma penalidade que encobre os pecados dos que crêem. O justo sofreu vicariamente pelos injustos (2 Co 5.5.21; 1 Pe 2.24). O mesmo pensamento jaz na palavra “reconciliação” no Novo Testamento; traduz a palavra grega Katallage e significa a reparação legal e moral pelos danos causados pelos pecadores (Rm 5.11).

(2)   No dia da Expiação, os homens tomavam parte numa cerimônia que prenunciava a morte de Cristo; o sangue dos animais não removia o pecado (Hb 10.4), mas sim, a obra de Cristo, da qual era símbolo, é o que removia. Cada sacrifício era uma “nota promissória” do pagamento completo que Cristo havia de fazer para liquidar as dívidas eternas dos pecadores.

(3)   Este dias se repetia anualmente, quando o sumo sacerdote tinha que levar sangue para fazer expiação por si mesmo e por todo o seu povo (Hb 9.7)

(4)   Cristo fez uma expiação eterna, uma vez para sempre, com Seu próprio sangue, e, sem ter pecados próprios, cumprindo a plenitude do significado daquelas ofertas, tornou-as obsoletas (Hb 9.12-28)

(5)   O Bode Emissário, em certo sentido é um tipo de Cristo. Cristo tendo levado nossos pecados para longe, não haverá mais memória deles (Hb 10.17; Jr 31.34)

(6)   O ato de o sumo sacerdote entrar no Santo dos Santos era uma prefiguração da entrada de Cristo nos céus, depois da Sua morte e ressurreição (Hb 9.11-12). O propiciatório (Hb kapporeth), lit. “cobertura”. A tradução grega o chama de hilaterion, “propiciação”, a mesma palavra usada para descrever o Senhor Jesus Cristo em Rm 3.25. Era a tampa da arca, e o lugar da expiação.

(7)   A antiga Expiação era anual; a verdadeira Expiação, eterna, feita por Jesus Cristo, é um ato que é suficiente para sempre (Hb 9.25-26)

  1. A Festa dos Tabernáculos: É semelhante à Ceia do Senhor para a Igreja, tanto memorial, como profética – memorial da redenção do Egito- profética do descanso milenial de Israel depois da sua restauração, quando a festa virá a ser outra vez um memorial, não somente para Israel, mas para todas as nações (Zc 14.16-21) Nesta festa eram sacrificados:
  • 70 novilhos (7x10) significando plenitude de trabalho e frutificação.
  • 98 cordeiros (2x7x7) = Entrega total e voluntária.
  • 14 carneiros (2x7): Uma plena visão da hora de Cristo e de nossos hediondos pecados.
  • 7 Bodes: Indicando morte plena, pelo poder de Deus do velho Adão, pois o bode tipifica o pecador (Mt 25.33; Gl 2.20)
  1. 4.      O Jubileu: Este sistema de sabatismo está cheio de instrução. Significa que todo o tempo pertence a Deus. E a lei do ano sabático ensina também que a terra lhe pertence. Durante esse ano, a terra na era lavrada. Aprendemos de Deuteronômio (31.10-13) que este ano era empregado para dar instrução religiosa. Durante os 490 da monarquia esta festa não foi observada, como devia ter sido 70 vezes. Por isso forma dados 70 anos de cativeiro (Lv 26.34,35). O ano do Jubileu era um período importante em Israel. Sete vezes sete anos consumavam todas as estações apontadas, e traziam alívio e libertação ao povo. Era o ano “aceitável do Senhor” e era uma figura da dispensação do Evangelho. Então, era liberdade da escravatura; a gora, liberdade do pecado. Então, perdão de dívidas; agora perdão de pecados. Seguia-se imediatamente o Dia da Expiação, porque o jubileu da alma agora e na eternidade é o resultado da Cruz. Todas as estações e cerimônias de Israel têm seu paralelo agora em Cristo, que é a consumação de todas elas (Cl 2.16,17)
  2. 5.      Sacrifícios:

(1)   A Oferta Queimada. O holocausto simboliza Cristo oferecendo-se sem mácula a Deus (Hb 9.14), no seu desejo de fazer a vontade do Pai, mesmo até a morte. Tem valor expiatório, porque o crente nem sempre tem tido esse prazer de fazer a vontade de Deus; tem valor se substituição, porque Cristo morreu em vez do pecador.

1-      Os animais aceitáveis para sacrifícios são quatro:

1)      O Novilho ou boi. Simboliza o Servo paciente (1 Co 9.9.10; Hb12.2,23), obediente até a morte (IS 52.13-15; Fp2. 5-8). A oferta neste caráter é como substituto, visto que o ofertante não tem sido obediente assim.

2)      A ovelha. Simboliza Cristo submisso, mesmo nessa fase da morte sobre a cruz (Is 53.7; At 8.32-35)

3)      A cabra. Simboliza o pecador (Mt 25.33), e quando empregada em sacrifício, simboliza, Cristo “contado com os transgressores” (Is 53.12; Lc 23.33) e “feito pecado” e “maldição” (2 Co 5.21; Gl3. 13)

4)      Pombinhos. Símbolos de tristeza e inocência (Is 38.14; 59.11; Mt 23.37; Hb 7.26), associados com a pobreza em Levítico 5.7; falam de quem por amor de nós se fez pobre (Lc 9.58) e cujo caminho de pobreza começou com o lagar “a forma de Deus” e terminou com o sacrifício pelo qual fomos enriquecidos (2 Co 8.9; Fp 2.6-8)

 

(2)   Oferta de Cheiro Suave e Manjares.

As ofertas de suave cheiro são assim chamadas porque tipificam Cristo na sua própria perfeição e na sua dedicação à vontade do Pai. As ofertas sem cheiro tipificam Cristo levando toda a culpa do pecador. Ambas têm o caráter de substituição. Por amor de nós, Cristo no holocausto supre a falta da nossa devoção, e nas ofertas pelo pecado e pela transgressão, sofre por nossas desobediências.

(3)   Sacrifícios de paz ou Pacíficos. A oferta pacífica fala de paz com Deus consumada, do homem reconciliado, e da salvação realizada. Por isso, a oferta, em vez de subir a Deus como o holocausto, ou ser dada ao sacerdote como a oferta de manjares, fornece, em figura, uma refeição em que Deus, o sacerdote e o ofertante se encontram. É a oferta de louvores.

(4)   Sacrifícios Por Transgressão e Culpa (Lv 5.1-7; 7.1-7). Eles mostram a necessidade de confissão.

1-      O Novo Testamento ordena a confissão de pecados (Tg 5.16)

2-      A confissão de pecados ao Pai garante o nosso perdão (1 Jo 1.9)

3-      A verdadeira confissão exige tristeza pelo pecado (Sl 38.18)

4-      A confissão exige humilhação (Jr 3.25)

5-      A confissão exige pedido de perdão (Sl 51.1)

6-      A confissão exige restituição (Nm 5.7)

7-      A confissão exige aceitação da correção divina (Ed 9.13)

8-      A confissão exige o abandono do pecado (Pv 28.13)

 

 

  1.                             XII.      O TABERNÁCULO NO APOCALIPSE
    1. Os sete castiçais: No tabernáculo havia um castiçal com sete lâmpadas, simbolizando unidade, no Apocalipse sete diferentes candeeiros, simbolizando diversidade.
    2. 2.      O Maná (Ap 2.17)
    3. A arca (Ap 11.15-19). A última vez que a Bíblia fala da arca indica uma época em que nem a loucura humana nem o pecado perturbarão mais o seu permanente repouso – um tempo em que ela não mais será guardada num Tabernáculo de cortinas tampouco num templo feito por mãos humanas.
    4. O Incenso (Ap 5.8). Um tipo da oração e do louvor.
    5. Pedras Preciosas. A cidade celeste se fundamenta sobre pedras preciosas com os nomes gravados dos apóstolos de Cristo (Ap 21.14,19,20)

 

 

CONCLUSÃO

 

BIBLIOGRAFIA

Bíblia Explicada – Tipos.

Manual de Escatologia J. Dwight Pentecost, Th.D.

As verdades Centrais da Fé Cristã – Claudionor de Andrade.

Dicionário Teológico CPAD

Manual Bíblico H.H.Halley

Introdução à teologia – Eurico Bergstén CPAD

 

Wilson de Jesus Alves